Sobre o Infinito na Idade Clássica em Michel Foucault

Revista Ideação 27 (1):157-186 (2013)
  Copy   BIBTEX

Abstract

Nos textos escritos por Foucault durante os anos 60, a problemática antropológica amparava-se, dentre outros fatores, no argumento segundo o qual a modernidade se constitui a partir de uma “finitude constituinte” a substituir um “infinito originário”. A questão do infinito teria, portanto, duas funções: a descrição da epistémê clássica e a própria comparação desta com a epistémê moderna. Entretanto, em As Palavras e as Coisas o capítulo que abre as considerações sobre o período clássico não considera, em suas linhas maiores, a questão do infinito. O argumento gira em torno da “representação”. Nesse contexto, o presente artigo tenta articular as questões do “infinito” e da “representação”, considerando os escritos foucaultianos e a literatura secundária. //////////////////////// En considérant les textes de Foucault écrits pendant les années 60, le problème anthropologique impliquait, parmi d’autres facteurs, l’argument selon lequel la « modernité » serait constituée par une «finitude constituante» qui a remplacée « l’infini originaire » classique. Donc, la question de l’infini aurait au moins deux fonctions: la description de sa propre fonction classique et la comparaison de cette epistémê avec l’epistémê moderne. Par contre, dans l’argumentation de “Les Mots et les Choses”, le chapitre qui ouvre les considérations relatives à la période classique ne tient pas compte, dans ses grosses lignes, de la question de l’infini. L’argument tourne autour de la question de la «représentation». Dans ce contexte, cet article essaie d’articuler les questions de l’infini» et de la «représentation», en considérant les écrits de Foucault et la littérature secondaire. //////////////////////// In the philosophical texts written by Michel Foucault in the decade of 1960, the so called anthropological problem was based, among other subjects, on the argument that the modernity is composed by a “constitutive finitude” that replaced the “originary infinity” of the classical age. Therefore, the question about “infinite” has in this period two functions: the description of the classical episteme itself and its comparison with the modern episteme. However, when one consider The Order of Things (one of the more important texts on this subject), the chapter that opens the argumentation about the classical age does not focuses, in its major lines, the question about the infinite. The argument revolves around the concept of “representation”. In considering this context, this article attempts to articulate the issues of “infinity” and representation”, considering Foucault’s writings and secondary literature.

Author's Profile

Marcio Miotto
Universidade Federal Fluminense

Analytics

Added to PP
2016-10-28

Downloads
230 (#60,321)

6 months
52 (#70,031)

Historical graph of downloads since first upload
This graph includes both downloads from PhilArchive and clicks on external links on PhilPapers.
How can I increase my downloads?