The basic assumption present in these articles is that naturalism is highly compatible with a wide range of relevant philosophical questions and that, regardless of the classical problems faced by the naturalist, the price paid in endorsing naturalism is lower than that paid by essentialist or supernaturalist theories. Yet, the reader will find a variety of approaches, from naturalism in Moral Philosophy and Epistemology to naturalism in the Philosophy of Language, Philosophy of Mind and of the Aesthetics.
O objetivo desta publicação é incentivar a produção filosófica de excelência por parte de pesquisadores notadamente influenciados pela filosofia de Wittgenstein e cujos temas possam suscitar um debate aprofundado. Além de desafiar o empreendimento filosófico contemporâneo, os temas aqui apresentados abordam questões que muitas vezes estão além daquelas consideradas por Wittgenstein em seu tempo. O leitor encontrará neste volume questões relacionadas ao ceticismo semântico e epistêmico, ao relativismo ético, às leituras literárias de Wittgenstein, ao problema das outras mentes e percepção (...) de aspectos, a intersubjetividade e o caráter contrassensual do Tractatus Logico-Philosophicus, e, também, relacionadas ao Paradoxo de Moore. (shrink)
As notas que compõem a obra Da Certeza (Über Gewissheit) expressam nitidamente a preocupação de Ludwig Wittgenstein com os problemas clássicos da epistemologia, em especial o uso dos termos epistêmicos tradicionais e os erros costumeiros dos filósofos que negligenciam suas profundas estruturas gramaticais. Em diversas passagens é fácil observar a tentativa de esclarecer os erros de realistas, idealistas e céticos no que diz respeito às nossas alegações ordinárias de conhecimento em contextos céticos moderados. A questão do ceticismo sobre a justificação (...) é um tema recorrente na epistemologia analítica contemporânea e, de certo modo, as soluções ofertadas a este problema ainda não são completamente adequadas. Existem muitas passagens de Da Certeza que possuem o potencial de lançar luz sobre questões fundamentais que encontram-se imbricadas neste debate, cuja discussão contemporânea tem sido fomentada pela instigante análise de Daniele Moyal-Sharrock (2005, 2007). O objetivo deste artigo é justamente tentar esboçar uma reposta wittgensteiniana ao problema do regresso epistêmico. (shrink)
This paper aims to show that Wittgenstein’s approach to the concepts of sensation and emotion can shed light on many philosophical dilemmas that remain present in the contemporary debate. My analysis will start by characterizing Jesse Prinz’s approach to emotions (heavily influenced by the physiological theory of William James) and, then, it will proceed to show that Prinz is subject to the same criticisms that Wittgenstein expressed about William James’s theory. Finally, I will argue that Wittgenstein, in Philosophical Investigations, advocated (...) for a peculiar kind of expressivism that, while having profound differences from traditional expressivism, is able to appear as a non-cognitivist position. I will argue further that William James’s error (and hence also Prinz’s) is disregarding the multiple uses of psychological terms (that is, to think that psychological terms have a uniform use). (shrink)
Offering a engaging and accessible portrait of the current state of the field, A Companion to Naturaslim shows students how to think about the relation between Philosophy and Science, and why is both essencial and fascinating to do so. All the authors in this collection reconsider the core questions in Philosophical Naturalism in light of the challenges raised in Contemporary Philosophy. They explore how philosophical questions are connected to vigorous current debates - including complex questions about metaphysics, semantics, religion, intentionality, (...) pragmatism, reductionism, ontology, metaethics, mind, science, belief and delusion, among others – showing how these issues, and philosopher’s attempts to answer them, matter in the Philosophy. In this sense, this collection is also compelling and illuminating reading for philosophers, philosophy students, and anyone interested in Naturalism and their place in current discussions. (shrink)
Neste trabalho, avaliamos as implicações que o debate filosófico acerca das explicações em termos de função e objetivo podem ter no contexto educacional, particularmente no ensino e aprendizagem de biologia. Para alcançar este objetivo, investigamos como três obras didáticas de biologia do Brasil utilizam a linguagem teleológica na formulação de explicações para os assuntos que são objeto de estudo dessa ciência. Na análise das obras, exploramos os enunciados teleológicos e funcionais a partir de dois projetos explanatórios discutidos na filosofia da (...) biologia contemporânea, a saber: (i) etiológico, que fornece uma abordagem essencialmente histórica de explicação biológica; e (ii) organizacional, que orienta o estudo acerca das capacidades de sistemas complexos mediante o apelo às funções de seus componentes, ou seja, a contribuição das partes para a realização de uma capacidade global. Nossos resultados mostram que poucas explicações podem ser qualificadas como etiológicas, em razão de que os autores preterem a discussão de temas segundo um tratamento evolutivo. Associado a esse resultado, a maioria dos enunciados foi localizada no contexto do projeto organizacional de explicação científica. Na análise das explicações, destacamos os principais problemas que elas apresentam, como a falta de clareza na identificação do explanandum e explanans, situação que pode prejudicar a compreensão dos assuntos pelos estudantes. Por fim, colocamos que a recontextualização das duas abordagens centrais sobre as explicações funcionais na filosofia da biologia, a perspectiva etiológica e a organizacional, podem fornecer um embasamento epistemológico consistente para as explicações biológicas no ensino médio. (shrink)
RELAÇÃO E EFEITOS BIOQUÍMICO-NUTRICIONAIS SOBRE A OVULAÇÃO RETARDADA E A ANOVULAÇÃO EM VACAS -/- -/- Emanuel Isaque Cordeiro da Silva -/- Departamento de Agropecuária – IFPE Campus Belo Jardim -/- [email protected] ou [email protected] -/- WhatsApp: (82)98143-8399 -/- -/- 13. OVULAÇÃO RETARDADA -/- A ovulação retardada é uma situação de alteração fisiológica com diferentes origens. A falha em si, ocasiona assincronia nos tempos de liberação dos gametas. O óvulo é liberado tempo depois que os sinais corporais de estro terminaram, dessa forma, (...) os processos de contractilidade do útero para permitir a migração espermática não conseguem ser sincrônicos com o tempo básico de sobrevivência do óvulo. O evento é crítico em condições de inseminação artificial. Assim, sempre a evidência reprodutiva será uma falha na fertilização. As falhas na ovulação levam a uma perda sensível nos processos reprodutivos, são de difícil diagnóstico e sua consequência imediata é o aumento no número de serviços por concepção e aumento de dias abertos (FRAZER, 2005; GORDON, 1996). -/- 13.1 Relação Energia:Proteína -/- Se houver um desequilíbrio energético prolongado, o nível de glicose no sangue (glicemia) cai. Atualmente, presume-se que a hipoglicemia causada por um déficit de energia prolongado tenha um efeito negativo na síntese das hormonas gonadotrofas. Pontualmente, baixos níveis de energia geram, parcialmente, ondas de LH atípicas que não ocasionam ovulação, dessa forma, explicam-se os transtornos da fertilidade na deficiência de energia, que se manifesta principalmente a nível dos ovários como: aciclia, estros silenciosos, ovulação retardada até a degeneração cística do folículo. Frequentemente, a carência de energia não faz com que seja detectado a presença de corpos lúteos e o nível de progesterona no sangue é reduzido. Um déficit energético pré-parto provoca um atraso na involução uterina e no aparecimento do primeiro estro no período reprodutivo seguinte (ÁVILA, 2005). Um fornecimento adequado e suficiente de energia imediatamente após o parto ("Flushing") não pode corrigir totalmente os efeitos negativos acumulados. -/- Um excesso de fibra crua no pré e pós-parto precoce, origina ovulação retardada, pelo desequilíbrio central que a relação proteína:energia gera. Excesso de fibra, não fornece níveis adequados de energia disponível e, com isso, apresenta-se irregularidade na pulsatilidade da LH, levando a atrasos na ação fisiológica desta hormona. -/- Para o manejo preventivo contra a ovulação retardada e/ou anovulação, o criador tem que estar atento aos alimentos que fornece ao animal e sua composição. Sendo assim, o composto fibra é considerada como as medidas da parede celular das plantas, no caso, ela está presente na parede dos vegetais que os ruminantes ingerem, como os capins, silagens, fenos, leguminosas etc. Possui digestão limitada, limitando também a digestão do alimento e requer maior número de mastigações e de ruminações para que se consiga quebrar a ligação dessa parede celular composta de celulose, hemicelulose, lignina etc. A fibra está presente em todos os alimentos volumosos, que são considerados como fibrosos por conter > 18% de fibra bruta (FB). Divide-se a fibra em bruta (FB), detergente ácida (FDA) e detergente neutra (FDN), essa última toda metabolizada pelo rúmen do animal. Segundo livros de Nutrição de Ruminantes, a FDN é o maior valor da fibra presente nos alimentos, a FDA o segundo e FB o menor. -/- Para obter sucesso tanto na prevenção por parte nutricional quanto na prática pelos animais, a tabela 1 traz as concentrações ideias para a presença de fibra na matéria seca para animais de diferentes categorias, além do fator produtivo e estado de condição corporal. -/- Tabela 1: Conteúdo de FDN ideal para bovinos leiteiros -/- -/- Animais Categoria % de FDN na MS -/- Vacas em lactação > 45 litros de leite/dia 26 -/- 30-45 l/dia 28 -/- 20-30 l/dia 32-33 -/- < 20 l/dia 39 -/- Recém-paridas (4 semanas) 36 -/- Vacas secas —— 50 -/- Novilhas < 180 kg de peso vivo 34 -/- 180-360 kg de PV 42 -/- Gestantes (360-540 kg de PV) 50 -/- Fonte: TEIXEIRA, 1997. -/- Para prevenir os animais jovens dos transtornos ovulatórios, deixando-os isentos para que possam entrar na vida reprodutiva saudáveis, as concentrações e níveis ideais de fibra presente na dieta dos animais jovens em diferentes idades estão abordados na tabela a seguir: -/- Tabela 2: Níveis de fibra recomendados na dieta de bezerras em diferentes idades -/- Nutriente Ração -/- 3-6 meses Ração -/- 6-12 meses Ração -/- > 12 meses -/- Mínimo de fibra -/- FB % 13 15 15 -/- FDA % 16 19 19 -/- FDN % 25 25 25 -/- FDN % na MS da fibra 17 19 19 -/- Fonte: TEIXEIRA, 1997. -/- Os níveis ideais de fibra na alimentação de bovinos leiteiros giram em torno de 37,4% no total da composição da matéria seca que o animal deverá ingerir. O percentual de FB nunca deve ser inferior aos 26-27%, uma vez que os animais diminuirão o consumo de alimentos, aumenta-se o índice de acidose, problemas nos cascos e depressão de gordura no leite. Já que os alimentos fibrosos são os volumosos, e esses requerem mais mastigações e ruminações, os cortes desse alimento devem ser bastante finos, o que torna o alimento mais fácil de ser ingerido, quebrado e metabolizado. A tabela 3 trata dos alimentos mais ricos em fibra e sua disponibilidade para os animais. -/- Tabela 3: Alimentos fibrosos e seu fornecimento -/- Alimentos Nível de fibra Fornecimento -/- Feno de capim FB = 30% -/- FDA = 35% -/- FDN = 65% ——— -/- Silagem de milho FB = 24% -/- FDA = 28% -/- FDN = 51% ——— -/- Farelo de girassol ↑ fibra 20-25% da mistura -/- Caroço de algodão Pode substituir a fibra dos volumosos Até 3,5 kg/cab./dia -/- Polpa de citrus 6% de PB -/- 11% de FB -/- 70-75% de NDT Cuidado 2% de Ca na composição -/- Fonte: TEIXEIRA, 1997. -/- 13.2 Minerais -/- O excesso de sódio pode influenciar negativamente a reprodução. Pode haver um fornecimento excessivo (150g de Na/dia) devido à ingestão prolongada de água salgada ou de palha degradada com soda cáustica à qual não se lavou o suficiente antes de ser administrada ao gado. Clinicamente, além de sintomas semelhantes à acetonemia e emagrecimento, esse excesso apresenta maior número de casos de retenção de placenta, endometrite e distúrbios da ovulação. -/- Um excesso de nitrogênio não proteico (NNP) também pode causar falha reprodutiva, uma vez que, no rúmen há uma produção crescente de nitritos devido ao teor elevado de matéria seca do alimento ingerido e por uma ingestão rápida (TAMMINGA, 2006). A transformação de nitrito em amônio pode ser retardada devido a uma alteração da flora ruminal (acidose), de tal forma que existam grandes quantidades de nitritos que podem causar uma metahemoglobinemia. No sangue pode também ser diminuída a redução enzimática da metahemoglobina através da glicosidase seja por falta de energia e/ou de vitamina C; a capacidade do sangue para fixar o oxigênio está diminuída, a hipoxia generalizada causa disfunções ou lesões nos tecidos com altas necessidades de oxigênio, como por exemplo o fígado e mucosas endometriais. Na mucosa do vestíbulo e vagina há uma coloração típica, cianótica às vezes marrom, que pode ser considerada patognomônica. Uma vez que o endométrio também seria afetado, isso explicaria as baixas taxas de fertilidade. -/- O NNP têm como principal fonte de fornecimento a ureia, mas o produtor deve estar atento a níveis de administração da mesma que não pode ultrapassar os 1-2% do total da ração de bovinos adultos. De acordo com pesquisadores, o fornecimento de ureia deve ser restringido aos 200 g/animal/dia. Não recomenda-se o uso do elemento em animais jovens < de 6 meses, e sua utilização deve ser de 0,5% do concentrado da dieta para animais de 6 meses ou mais, caso não exista a presença de amônio na ensilagem. O percentual de NNP presente nos concentrados é baixo quando a PB < 12%. Os teores de NNP nos alimentos são 10-15% nos verdes ou frescos, 15-25% nos fenados e de 35-65% nos ensilados. -/- 14. ANOVULAÇÃO -/- O processo de anovulação poderia definir-se como a sequência completa de recrutamento, desenvolvimento das estruturas foliculares, ganância de um folículo dominante sem que o mesmo chegue ao fim de sua dinâmica de crescimento, acaba não ovulando e portanto, a sequela deste fenômeno tem a ver com falhas na fertilização. Em outros casos, não existe crescimento e predominância manifesta do folículo dominante. Ele incriminou falhas na liberação de LH, devido a problemas inerentes à falta de energia. A manipulação induzida da liberação de GnRH por efeitos nutricionais mostrou alguma melhoria do problema (PRADO et al., 2002). -/- A anovulação é considerada normal e comum durante o estro de transição, isto é, o tempo ou intervalo de um cio para outro. Nada mais é do que um óvulo que não foi, ou que não pode ser fertilizado. Durante o estro de transição é comum observar sangramento no animal, mas calma produtor, esse sangramento deriva desse óvulo que não foi fecundado e está sendo expulso pelos mecanismos fisiológicos do sistema genital desse animal. Geralmente, como foi relatado, ocorre em fêmeas de primíparas e multíparas pós-parto. -/- Para combater as falhas da ovulação dessas fêmeas o criador deverá optar pela alimentação balanceada que forneça todos os nutrientes exigidos pelo animal, além da disponibilidade de água e conforto térmico para o bem-estar do animal, fazendo com que ele, além de controlar sua deficiência ovulatória possa expressar seu máximo potencial genético. -/- -/- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -/- -/- ÁVILA, G. J. El período preparto y su influencia en la eficiencia reproductiva. In: En: Memorias del XXII Congreso Nacional de Buiatría. 1998. p. 182-190. -/- -/- BARRENHO, Gonçalo José Pinheiro. Nutrição e fertilidade em bovinos de leite. 2016. Dissertação de Mestrado. Universidade de Évora. -/- -/- BERCHIELLI, Telma Teresinha; PIRES, Alexandre Vaz; OLIVEIRA, SG de. Nutrição de ruminantes. Jaboticabal: funep, 2006. -/- -/- BINDARI, Yugal Raj et al. Effects of nutrition on reproduction-A review. Adv. Appl. Sci. Res, v. 4, n. 1, p. 421-429, 2013. -/- -/- BOLAND, M. P. Efectos nutricionales en la reproducción del ganado. XXXI Jornadas Uruguayas de Buiatría, 2003. -/- -/- DEHNING, R. Interrelaciones entre nutrición y fertilidad. In: Curso Manejo de la Fertilidad Bovina18-23 May 1987Medellín (Colombia). CICADEP, Bogotá (Colombia) Universidad de La Salle, Medellín (Colombia) Instituto Colombiano Agropecurio, Bogotá (Colombia) Sociedad Alemana de Cooperación Técnica-GTZ (Alemania), 1987. -/- -/- DE LUCA, Leonardo J. Nutrición y fertilidad en el ganado lechero. XXXVI Jornadas Uruguayas de Buiatría, 2008. -/- -/- DIAS, Juliano Cesar et al. Alguns aspectos da interação nutrição-reprodução em bovinos: energia, proteína, minerais e vitaminas. PUBVET, v. 4, p. Art. 738-743, 2010. -/- -/- FRAZER, Grant S. Bovine theriogenology. Veterinary Clinics: Food Animal Practice, v. 21, n. 2, p. xiii-xiv, 2005. -/- -/- FUCK, E. J.; MORAES, G. V.; SANTOS, G. T. Fatores nutricionais na reprodução das vacas leiteiras. I. Energia e proteína. Rev Bras Reprod Ani, v. 24, p. 147-161, 2000. -/- -/- GORDON, Ian. Controlled reproduction in farm animals series. Nova Iorque: CAB International, 1996. -/- -/- MAAS, John. Relationship between nutrition and reproduction in beef cattle. The Veterinary Clinics of North America. Food Animal Practice, v. 3, n. 3, p. 633-646, 1987. -/- -/- MIRANDA, Cleydson Daniel Moreira et al. Taxa de ovulação de vacas holandesas em relação ao ECC no período pós parto/Ovulation rate of Dutch cows in relation to ECC in the postpartum period. Brazilian Journal of Development, v. 5, n. 11, p. 24738-24742, 2019. -/- -/- PASA, Camila. Relação reprodução animal e os minerais. Biodiversidade, v. 9, n. 1, 2011. -/- -/- PELEGRINO, Raeder do Carmo et al. Anestro ou condições anovulatórias em bovinos. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária, n. 12, 2009. -/- -/- PRADO, T. M. et al. Influence of exogenous gonadotropin-releasing hormone on ovarian function in beef cows after short-and long-term nutritionally induced anovulation. Journal of animal science, v. 80, n. 12, p. 3268-3276, 2002. -/- -/- SARTORI, Roberto; GUARDIEIRO, Monique Mendes. Fatores nutricionais associados à reprodução da fêmea bovina. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 39, p. 422-432, 2010. -/- -/- TAMMINGA, Seerp. The effect of the supply of rumen degradable protein and metabolisable protein on negative energy balance and fertility in dairy cows. Animal reproduction science, v. 96, n. 3-4, p. 227-239, 2006. -/- -/- TEIXEIRA, J. C.; TEIXEIRA, LFAC. Alimentação de bovinos leiteiros. FAEPE, Lavras, 1997. -/- -/- WILTBANK, M. C.; GÜMEN, A.; SARTORI, Roberto. Physiological classification of anovulatory conditions in cattle. Theriogenology, v. 57, n. 1, p. 21-52, 2002. -/- . (shrink)
NUTRIÇÃO SOBRE AS FALHAS REPRODUTIVAS DOS BOVINOS -/- E. I. C. da Silva Departamento de Agropecuária – IFPE Campus Belo Jardim Departamento de Zootecnia – UFRPE sede -/- -/- FALHAS REPRODUTIVAS DE BOVINOS -/- INTRODUÇÃO -/- Os bovinos, assim como tantos outros mamíferos e demais espécies, podem sofrer distúrbios durante o ciclo reprodutivo. Transtornos, alterações ou patogenias afetam diretamente a saúde do sistema reprodutor desses animais. As causas podem ser individuais ou multifatoriais, de caráter parasitário, patogênico, climático, nutricional etc. As (...) causas de caráter parasitário podem ser controladas mediante a assepsia e profilaxia para a eliminação dos parasitas como carrapatos que vivem no mesmo habitat que o animal. As de caráter patogênico, como estão relacionadas à doenças, necessitam de especialistas na área, como o médico-veterinário para a avaliação, diagnóstico e tratamento por meio de práticas cirúrgicas ou na administração de fármacos. O fator clima pode ser controlado mediante o investimento em tecnologia e aquisição de equipamentos que possam manter a integridade e o bem-estar do animal, seja por ventiladores, exaustores, nebulizadores, aspersores, etc. Por fim, as de caráter nutricional podem ser prevenidas mediante a boa administração energética, proteica e mineral, além de uma boa qualidade de alimento volumoso ou concentrado que atenda e supra os requerimentos exigidos por cada categoria animal. Sendo assim, pode-se dividir as falhas reprodutivas dos machos bovinos relacionados à nutrição em energia, proteína, minerais e vitaminas. Antes disso, essas falhas estão relacionadas aos fatores de degeneração testicular e casos de hipospermia. -/- 17.1 Degeneração testicular e Hipospermia -/- Degeneração testicular é uma importante causa de infertilidade em machos de todas as espécies. Entre as causas, podem ser consideradas a elevação da temperatura testicular (por isso torna-se importante que a bolsa escrotal tenha um certo tamanho que permita aos testículos ficarem longe do corpo, uma vez que a temperatura corporal mataria os espermatozoides, sendo essencial os testículos ficarem “caídos” para que possam ter no mínimo 2-3 °C à mesmos do que a temperatura corporal), infecções, fatores nutricionais, lesões vasculares, lesões obstrutivas etc. O testículo com degeneração mostra diminuição de tamanho, fibrose, alterações na espermatogênese, aumento de esperma imaturo ou anormal e azoospermia em casos severos. -/- Em casos de lesão testicular com dano parcial sobre o epitélio germinal, apresenta-se uma menor taxa de formação e maturação das células espermáticas. O macho pode ser fértil, mas a condição de hipospermia levará à que, sob condições de estresse ou alta carga de fêmeas a cobrir, se apresentem falhas na fertilização. Ejaculados com características de hipospermia não podem ser congelados, logo não servem para a indústria do sêmen. -/- -/- Deficiências nutricionais retardam o início da puberdade e deprimem a produção e as características do sêmen. Os efeitos da má nutrição podem ser corrigidos em animais maduros, enquanto que é menos bem sucedido em animais jovens devido aos danos permanentes causados no epitélio germinal do testículo. (FRAZER, 2005; GORDON, 1996). Entre as principais limitantes de origem nutricional temos: -/- 17.2 Vitaminas -/- 17.2.1 Vitamina A -/- A deficiência de vitamina A e provitamina A (já que é essencial direta ou indiretamente para a função de todos os órgãos e particularmente para o crescimento e desenvolvimento dos epitélios) é necessária para a diferenciação celular, processo no qual se modificam as células não especializadas de modo que possam realizar funções específicas. Os órgãos reprodutores exigem retinol para que possam realizar o processo de espermatogênese normal nos machos e para prevenir a necrose placentária e a mortalidade fetal na fêmea. Carências de Vitamina A produzem: degeneração do epitélio germinal, baixa espermiogênese parcial ou total, cornificação do epitélio vaginal, irregularidades do estro, atrasos na concepção, abortos, crias fracas e/ou deficientes visuais (cegas) e uma degeneração da placenta e a retenção da mesma. A deficiência da vitamina A pode conduzir a uma degeneração dos tubos seminíferos nos bovinos jovens e deve-se ao fato da supressão da liberação de gonadotropinas hipofisárias e noutros casos, a espermatogênese é impedida e as funções das células de Sertoli e de Leydig são alteradas. A vitamina A não é sintetizada no organismo, o que leva a uma dependência direta do fornecimento dessa vitamina através dos alimentos que o criador têm na propriedade, seja forragens ou concentrados de ótima qualidade. -/- Essa vitamina é essencial para os animais e humanos, visto que participa de inúmeras funções metabólicas no corpo dos mesmos. Sendo assim, o criador deve saber das exigências vitamínicas do seu rebanho. Em bovinos de corte a exigência e a recomendação de fornecimento dessa vitamina está entre 2200 UI/kg de MS para animais em crescimento e engorda e para reprodutores recomenda-se níveis de 3900 UI/kg de MS. Já para bovinos leiteiros esses números são diferentes, de acordo com livros de nutrição de ruminantes, animais em crescimento e engorda devem consumir matéria seca com teores de 80 UI/kg de MS, já para reprodutores e animais adultos a quantidade recomendada e exigida é de 110 UI/kg de MS, isso diariamente. As forragens suprem bem a exigência de vitamina A dos animais, em especial o capim tifton e o tanzânia são os mais recomendados uma vez que possuem altos teores vitamínicos e minerais. As vias de suplementação dessa vitamina é através das forragens (mais acessível e barato), através da ração concentrada ou pela água e suplementação injetável. -/- 17.2.2 Vitamina E -/- A vitamina E é uma substância também conhecida como tocoferol, sendo sua forma mais ativa o alfa tocoferol. A vitamina E pertence ao grupo de vitaminas lipossolúveis amplamente distribuídas nos alimentos. -/- A sua principal função é descrita como um antioxidante natural, agindo como tal, a vitamina E evita a oxidação de constituintes celulares essenciais e/ou evita a formação de produtos tóxicos de oxidação, como os produtos de peroxidação formados a partir de ácidos graxos insaturados que foram detectados através de sua ausência. Essa vitamina é essencial para a reprodução normal em várias espécies de mamíferos. Ela ainda têm sido usada em clínicas reprodutivas de todo o mundo para o tratamento de abortos recorrentes e da infertilidade em ambos os sexos (CHAN, 2003). -/- -/- A deficiência da vitamina E influencia a maturação espermática e a degeneração do epitélio germinal dos túbulos seminíferos, já que ela os protege da oxidação evitando a deterioração da peroxidase sobre os fosfolipídios poli-insaturados da membrana espermática (PITA RODRÍGUEZ, 1997). A deficiência dessa também evita o crescimento anormal. Na ausência de vitamina E, a quantidade de gorduras insaturadas dentro das células diminuem, causando anomalias estruturais e funcionais das organelas mitocondriais, lisossomos e até mesmo na membrana celular, se essa falta de vitamina E no adulto tornar-se acentuada ocorrerá a degeneração precoce do epitélio germinal, o que afeta, em primeiro lugar, as células mais evoluídas: os espermatozoides, cuja mobilidade se perde e sua formação torne-se cada vez mais rara, até chegar ao nível de esterilidade completa. -/- As exigências dos bovinos de corte quanto a vitamina em questão é de 15 – 60 UI/kg de MS diárias para animais em crescimento e engorda. Já para bovinos leiteiros, essa exigência é muito menor chegando a 0,8 UI/kg de peso vivo (PV) para animais em crescimento e engorda e para animais adultos e reprodutores cerca de 1,6 UI/kg de PV diários. Os alimentos, assim como as vias de suplementação ideais, são os mesmos mencionados no tópico acerca da vitamina A. -/- 17.3 Proteínas -/- O efeito do excesso de proteína da dieta na reprodução é complexo. Os excessos de proteína podem também ter um efeito negativo na reprodução. Alguns efeitos foram demonstrados para explicar o pobre desempenho reprodutivo que algumas vezes é observado em dietas com excessivos níveis de proteína: Podem apresentar-se altos níveis de ureia no sangue, o que possui efeito tóxico sobre os espermatozoides, óvulos, e o embrião em desenvolvimento (WATTIAUX, 1990), igualmente, apresenta-se um desequilíbrio energético que em casos severos bloqueia a liberação de LH produzindo alteração na maturação espermática nas células de Leyding. -/- As proteínas são importantes para todo o funcionamento normal e funções fisiológicas e metabólicas dos animais e do homem. Logo, a tabela 1 traz os níveis recomendados e exigências de bovinos de corte de diferentes categorias para que se possa prevenir e/ou combater as possíveis degenerações testiculares bem como a hipospermia, trazendo os requerimentos de bovinos leiteiros jovens o que é mais ideal para combater previamente esses distúrbios que afetam diretamente a função reprodutiva e o desemprenho dos animais. -/- Tabela 1: Exigências de proteína metabolizável (PM) e proteína bruta (PB), para diferentes categorias de bovinos de corte -/- BAIXE O PDF E VISUALIZE A TABELA -/- Para os bovinos leiteiros jovens, os níveis de PB presente na dieta dos animais entre 150 e 400 kg de PV podem ser entre 12 e 22%, o que é ideal para a prevenção de degenerações, atraso à puberdade ou qualquer anormalidade que afete o desempenho dos animais. -/- Os alimentos mais proteicos são os de origem animal, porém não se pode ofertá-los completamente e diretamente aos animais, isto é, deve-se misturá-los a outros ingredientes; logo, o tipo e a quantidade de proteína depende dos ingredientes, do método de alimentação e do potencial produtivo e genético dos animais. -/- 17.4 Minerais -/- 17.4.1 Manganês (Mn) -/- O manganês é um componente de várias enzimas e essencial para a estrutura óssea normal. Quando a alimentação é deficiente em Mn por algumas semanas, o corpo parece conservar este mineral de forma eficaz. -/- Numa dieta média, cerca de 45% do mineral ingerido é absorvido. A absorção pode ser diminuída com o consumo de quantidades excessivas de Ca, P ou Fe. Após a absorção, o Mn liga-se à sua proteína transportadora e é conhecido como transmanganina. Os ossos, e em menor quantidade o fígado, músculos, e pele servem como locais de armazenamento desse mineral. -/- O Mn está envolvido na função pancreática e na utilização correta da glicose, sendo também um interveniente ativo na produção de tiroxina e de hormonas sexuais. Tem importância na produção do colesterol e no metabolismo de gorduras. -/- O Mn é um mineral de grande afinidade com o aparelho reprodutor. A deficiência desse elemento produz uma diminuição da fertilidade, atraso no desenvolvimento testicular e diminuição da espermatogênese. Se houver atrofia dos testículos, a produção de espermatozoides será reduzida e, portanto, a fertilidade será afetada. -/- A quantidade de 13 mg de Mn por kg de MS é suficiente para a obtenção de um crescimento adequado, mas para um crescimento testicular ideal e constante é necessário um mínimo de 16 mg de Mn por kg de MS. -/- Para uma boa suplementação que atenda às necessidades do gado de corte e leite, o nível ideal de Mn presente na MS em mg/kg deve estar entre 12 – 18 para os bovinos leiteiros e entre 20 – 50 para o gado de corte, tendo como recomendação ideal cerca de 40 mg/kg de MS diários para ambos. Esse mineral pode estar presente tanto na água quanto nas plantas presentes no pasto, portanto a suplementação natural é a melhor escolha, caso necessário a suplementação artificial através da ração no cocho ou do sistema SMI é recomendada. -/- 17.4.2 Iodo (I) -/- A deficiência de I também ocasionar dificuldades reprodutivas e hipospermia. Só a captação da tiroide responde à TSH, e somente a glândula endócrina tiroide incorpora esse elemento nos hormônios que são por ela elaborados. Assim, mais de 90% do iodo do organismo é encontrado nas glândulas tireóideas, principalmente como iodo orgânico. Este grande acúmulo de I na glândula é trocado muito lentamente, cerca de 1% por dia. -/- O I entra no organismo via oral e sob a forma de íon iodeto, absorvendo-se muito facilmente desde o aparelho digestivo e passando rapidamente à corrente circulatória e, posteriormente à glândula tiroide (ALBARRACÍN, 2005) onde tem que vencer um gradiente de concentração de 1 a 20; todavia, dada a afinidade entre essa glândula e o iodo, não existe nenhum problema na organização. Na célula folicular, através da ação da peroxidase, converte-se em I molecular que passa para o coloide para se ligar à tiroglobulina e formar as hormonas tireóideas. -/- O I pode atuar sobre o aparelho genital diretamente ou através da hipófise. A tiroidectomia reduz a produção espermática, por sua vez a tiroxina exótica pode restaurá-la. Essa última, administrada dentro de seus limites fisiológicos, aumenta a produção espermática ao incrementar o metabolismo geral. Talvez, o mecanismo mais aceito para atingir esta função fisiológica seja a regulação do consumo de oxigênio pelas células espermáticas. -/- O I pode ser fornecido em quantidades entre 0,2 e 1,0 mg/kg de MS para todas as categorias animais e sem que o produtor possa se preocupar. O I, que é de suma importância, encontra-se na água e nos vegetais, porém pode ser incrementado via alimentação concentrada ou através da injeção mineral direta no animal. -/- 17.5 Energia -/- A disponibilidade de energia está diretamente relacionada com o padrão normal de pulsatilidade do LH. No caso do balanço energético negativo (BEN), verifica-se um rápido aumento da utilização de glicose, resultando em hipoglicemia e, por conseguinte, hipoinsulinemia que, como se sabe, conduz rapidamente a uma lipólise com maior disponibilidade de ácidos para oxidação. Por sua vez, a síntese de colesterol precursor de esteroides sexuais é diminuída. A alteração da relação estrogênios- androgênios no macho causa uma expressão pobre da libido ou desejo sexual. -/- No touro a subnutrição afeta intensamente a função secretora das glândulas acessórias, provocando uma diminuição de 30 a 60% nas concentrações de frutose e ácido láctico do esperma. A subnutrição afeta, sobretudo, a atividade androgênica e a espermatogênese. -/- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -/- BARRENHO, Gonçalo José Pinheiro. Nutrição e fertilidade em bovinos de leite. 2016. Dissertação de Mestrado. Universidade de Évora. -/- BERCHIELLI, Telma Teresinha; PIRES, Alexandre Vaz; OLIVEIRA, SG de. Nutrição de ruminantes. Jaboticabal: funep, 2006. -/- BICUDO, S. D.; SIQUEIRA, J. B.; MEIRA, C. Patologias do sistema reprodutor de touros. Biológico, São Paulo, v. 69, n. 2, p. 43-48, 2007. -/- BINDARI, Yugal Raj et al. Effects of nutrition on reproduction-A review. Adv. Appl. Sci. Res, v. 4, n. 1, p. 421-429, 2013. -/- BOLAND, M. P. Efectos nutricionales en la reproducción del ganado. XXXI Jornadas Uruguayas de Buiatría, 2003. -/- CHAN, Willie Hing Chang. Uso de Tamoxifeno y Vitamina E en Pacientes con Varicocele. 2003. Tese de Doutorado em Urologia. Universidad de Granada, España. -/- DEHNING, R. Interrelaciones entre nutrición y fertilidad. In: Curso Manejo de la Fertilidad Bovina18-23 May 1987Medellín (Colombia). CICADEP, Bogotá (Colombia) Universidad de La Salle, Medellín (Colombia) Instituto Colombiano Agropecurio, Bogotá (Colombia) Sociedad Alemana de Cooperación Técnica-GTZ (Alemania), 1987. -/- DE LUCA, Leonardo J. Nutrición y fertilidad en el ganado lechero. XXXVI Jornadas Uruguayas de Buiatría, 2008. -/- DIAS, Juliano Cesar et al. Alguns aspectos da interação nutrição-reprodução em bovinos: energia, proteína, minerais e vitaminas. PUBVET, v. 4, p. Art. 738-743, 2010. -/- FRAZER, Grant S. Bovine theriogenology. Veterinary Clinics: Food Animal Practice, v. 21, n. 2, p. xiii-xiv, 2005. -/- GORDON, Ian. Controlled reproduction in farm animals series. Nova Iorque: CAB International, 1996. -/- MAAS, John. Relationship between nutrition and reproduction in beef cattle. The Veterinary Clinics of North America. Food Animal Practice, v. 3, n. 3, p. 633-646, 1987. -/- MAGGIONI, Daniele et al. Efeito da nutrição sobre a reprodução de ruminantes: uma revisão. PUBVET, v. 2, n. 11, 2008. -/- NATIONAL RESEARCH COUNCIL et al. NRC. Nutrient requirements of domestic animals. Nutrient requirements of beef cattle. Washington, DC: National Academy Science, 1996. -/- NICODEMO, M. L. F.; SERENO, J. R. B.; AMARAL, T. B. Minerais na eficiência reprodutiva de bovinos. Embrapa Pecuária Sudeste-Documentos (INFOTECA-E), 2008. -/- PASA, Camila. Relação reprodução animal e os minerais. Biodiversidade, v. 9, n. 1, 2011. -/- PITA RODRÍGUEZ, Gisela. Funciones de la vitamina E en la nutrición humana. Rev. cuba. aliment. nutr, v. 11, n. 1, p. 46-57, 1997. -/- RADOSTITS, Otto M. et al. (Ed.). Veterinary Medicine E-Book: A textbook of the diseases of cattle, horses, sheep, pigs and goats. Elsevier Health Sciences, 2006. -/- SANTOS, José Eduardo Portela. Efeitos da nutrição na reprodução bovina. In: Congresso Brasileiro de Raças Zebuínas. 1998. p. 24-75. -/- SARTORI, Roberto; GUARDIEIRO, Monique Mendes. Fatores nutricionais associados à reprodução da fêmea bovina. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 39, p. 422-432, 2010. -/- SHORT, Robert E.; ADAMS, D. C. Nutritional and hormonal interrelationships in beef cattle reproduction. Canadian Journal of Animal Science, v. 68, n. 1, p. 29-39, 1988. -/- TEIXEIRA, J. C.; TEIXEIRA, LFAC. Alimentação de bovinos leiteiros. FAEPE, Lavras, 1997. -/- WATTIAUX, Michel Andre. Reproduction and nutrition. Babcock Institute for International Dairy Research and Development, Madison: University of Wisconsin, 1995. (shrink)
Protopolybia sedula is a social swarming wasp, widely spread throughout many countries in the Americas, including most of Brazil. Despite its distribution, studies of its behavioral ecology are scarce. This study aimed to describe its foraging activity and relation to climatic variables in the city of Juiz de Fora in southeastern Brazil. Three colonies were under observation between 07:00 and 18:00 during April 2012, January 2013, and March 2013. Every 30 minutes, the number of foragers leaving and returning to the (...) colony was registered along with air temperature and relative humidity. Activity began around 07:30¸ increased between 10:30 and 14:30, and ended around 18:30. A mean of 52.7 exits and 54 returns were measured every 30 minutes. The daily mean values were 1,107 ± 510.6 exits and 1,135 ± 854.8 returns. Only one colony showed a significant correlation between forager exits and temperature (rs = 0.8055; P < 0.0001) and between exits and relative humidity (rs = -0.7441; P = 0.0001). This paper shows that climatic variables are likely to have little control on the foraging rhythm of P. sedula when compared to other species, suggesting the interaction of other external and internal factors as stimuli of species foraging behavior. (shrink)
Nos anos 1970s, Hilary Putnam defendeu a tese que designadores de espécies naturais, como “água”, “tigre” e “ouro”, são termos indexicais que mudam de significado a cada contexto. No entanto, Tyler Burge rejeitou essa tese, e Putnam veio a adotar a posição de Burge. A rejeição de Burge está apoiada na distinção entre crenças de dicto e crenças de re. Nesse artigo veremos os pontos de contato entre as posições de Putnam e Burge, a posição de Putnam nos anos 1970s, (...) os principais argumentos de Burge contra a tese da indexicalidade dos designadores de espécies naturais e a diferença entre crenças de dicto e crenças de re. (shrink)
Minha proposta, nesta introdução a “Autoconhecimento e os limites da autenticidade”, texto de Sven Bernecker traduzido e publicado neste número de Sképsis, é dar razões para que defensores do anti-individualismo que sejam partidários da estratégia do autoconhecimento básico, no que diz respeito ao debate sobre a compatibilidade entre anti-individualismo e conhecimento de si, mudem de posição, e passem a defender anti-individualismo com teoria da autenticidade.
Our question, in this paper, is about the plausibility of the expressivist account of one’s self- attribution of mental states. More to the point, we will strictly follow the principle of charity as a mean to show that an expressivist philosopher can have good and reasonable answers to the set of objections put together in so called “Geach’s point”. Using this method, we hope to give enough evidences that an expressivist philosopher has enough resources to build a plausible explanation for (...) one’s attribution of mental states to herself. (shrink)
O propósito deste artigo é analisar a expressão que assegura a presença de partes da cosmologia de Empédocles no Ocidente latino nos séculos XII-XIII, qual seja, creatio mundi, esta que é a tradução do termo κοσμοποιία. A análise centra-se, por um lado, em três traduções latinas da Física II, 4, 196a 20-24, de Aristóteles, texto no qual aparece o termo κοσμοποιία e, por outro lado, em partes da obra de Tomás de Aquino na qual o autor discute a cosmologia de (...) Empédocles. Para tanto, o texto é composto de três partes. Na primeira apresento o problema suscitado pela tradução de κοσμοποιία como creatio mundi e como factura mundi respectivamente. Na segunda, por seu turno, exponho os termos que viabilizam uma certa visão de conjunto da cosmologia de Empédocles no século XIII. Enfim, na terceira parte, apresento brevemente o sentido da noção de mundo e sua possível configuração para Empédocles. (shrink)
The truth-making principle is one of the main subjects in contemporary meta- physics, and this paper is an elementar exposition of the main issues of the on-going debate. I will proceed as follows. First, I will expose the basics, including the principle’s range, the main kinds of truth-making, the main interpretations of the principle, and some applications. Second, I will expose some technical issues about ontological commitment, reification, necessity, reality, and truth.
This paper is about the role of self-knowledge in the cognitive life of a virtuous knower. The main idea is that it is hard to know ourselves because introspection is an unreliable epistemic source, and reason can be a source of insidious forms of self-deception. Nevertheless, our epistemic situation is such that an epistemically responsible agent must be constantly looking for a better understanding of her own character traits and beliefs, under the risk of jeopardizing her own status as a (...) knower, ruining her own intellectual life. (shrink)
In recent decades, investigation of brain injuries associated with amnesia allowed progress in the philosophy and science of memory, but it also paved the way for the hubris of assuming that memory is an exclusively neural phenomenon. Nonetheless, there are methodological and conceptual reasons preventing a reduction of the ecological and contextual phenomenon of memory to a neural phenomenon, since memory is the observed action of an individual before being the simple output of a brain (or, at least, so we (...) will argue), and there is no good reason to suppose that it is necessary to postulate a more basic reality to memory lying behind the mere individual actions. (shrink)
The Transamazon (Br-230) Highway in the state of Pará has had its image frozen for decades: themuddy road, the cars stopped or tractors tearing down a forest, empty of people, opening the amazonianspace to a project of an authoritarian modernization. Reproduced by and reproductive of the teachingsof geography – including for children and teenagers who live on the edge of the road, in settlements andcommunities on the sideroads (vicinais) – in textbooks and discourses that frame regional scale (astotalizing and explanatory) (...) instead of scales emplaced in situ. The result of such dinamics is not restricted to a gap between what one experiences as a phenomenon and what one learns as a concept,it goes towards the reproducibility of an “unexistance of the creative potential” of the people living onthe sideroads, places of the construction of a geography, as well as mapping, that, from there, push usto rethink the unwavering foundations of such frosen images , of the generalistic maps and theirstandardizing projections, scales and simbology. To do so, we have, along with students and teachersof 2 schools on the sideroads of the municipality of Pacajá (PA), in the period of the beggining of 2016to 2019, done several geocartographic exercises: mind maps developped with students about the past,present and the future of the vicinal (sideroad). That is, an attempt to provoque the body into the mapand the map into the body in a context of a limit situation of existance, given the precarious schoolconditions as well as the diferent challenges lived by students and teachers. Such corporal engagementas an attempt to think the sideroads as a location in construction and, from there, a situated opening tothe world, is what gives meaning to geocartography. It is possible to conclude that: a) facing thesedimentary representations paralysing and overview of the Transamazon in the state of Pará , thephenomenological exercise of reactivation of geocartogrphying provoques the emergence of asubjective significance that does not separate the emotional and symbolic perspectives on creatingmaps; b) the corporal engagement and the situated perspective of students and teachers, not only hasthe value of a totalyzing exemple, but that of an opening to what is new as they bring up a simbologythat reveals the need to build a dialogical bridge between what is lived on the sideroads and the worldthat classifies it as “unexisting”. (shrink)
Os realistas diretos sobre a memória episódica alegam que um sujeito que lembra está em contato direto com um evento passado. No entanto, como seria possível estar em contato direto com um evento que deixou de existir? Este é o assim-chamado problema da cotemporalidade. A solução padrão para este problema, a qual foi proposta por Sven Bernecker, consiste em distinguir entre, por um lado, a ocorrência de um evento, e, por outro lado, a existência de um evento, de modo que (...) um evento deixa de ocorrer sem deixar de existir – esta é a solução eternista para o problema da cotemporalidade. No entanto, alguns filósofos da memória – notadamente Kourken Michaelian – alegam que a adoção de uma metafísica eternista do tempo seria um preço metafísico muito alto a ser pago para se defender as intuições dos realistas diretos sobre a memória. Ainda que eu concorde com essas críticas, buscarei mostrar duas coisas. Primeiro, que este tipo de “argumento do senso comum” não é decisivo. Segundo, que a proposta de Bernecker permanece sendo a melhor solução para o problema da cotemporalidade. (shrink)
Às vezes, o debate entre causalistas e simulacionistas em filosofia da memória é apresentado de tal modo que parece que apenas o simulacionismo é compatível com a psicologia da memória contemporânea. Contudo, ambas teorias são compatíveis com os fatos descobertos pela ciência. Mas se o debate não é sobre a adequação aos fatos, sobre o que é? Nós propomos que este debate é um caso de negociação metalinguística. Caulistas e simulacionistas aceitam o mesmo conjunto de fatos, mas disputam sobre como (...) devemos definir "memória" e "lembrança". (shrink)
Entendemos a Educação Infantil em amplo sentido, isto é, há um leque de conceitos em que pode-se gozar dentro da Pedagogia e as Ciências da Educação, é nessa modalidade de ensino que podem-se englobar todas as esferas educativas vivenciadas pelas crianças de, conforme Lei, 0 à 5 anos de idade, pela família e, também, pelo próprio corpo social, antes mesmo de atingir a idade educativa obrigatória que é, vide Lei, aproximadamente a partir dos 7 anos de idade. A EI também (...) pode ser considerada como uma das mais complexas fazes do desenvolvimento humano, em diversas esferas, seja ela a intelectual, emocional, social, motora, psicomotora, etc. uma vez que tratam-se de crianças que, muitas vezes, têm o primeiro contato com um novo ambiente, que é o ambiente escolar. Diante disso, torna-se primordial a inserção das crianças em berçários, creches e Educação Maternal, também denominado de pré-escola, para que as mesmas interajam entre seus semelhantes e comecem a aproximar-se da vida social e educacional, estando preparadas para uma nova etapa educacional. Mediante essa perspectiva da vida psicopedagógica das crianças, Kuhlmann Júnior ressalta que: Pode-se falar de “Educação Infantil” em um sentido bastante amplo, envolvendo toda e qualquer forma de educação da criança na família, na comunidade, na sociedade e na cultura em que viva (2003. p. 469). -/- Mediante a análise de Kuhlmann, logo, a EI designa a periodicidade regular a uma entidade educativa exterior ao domicílio, isto é, trata-se do lapso da vida escolar em que se volta-se, pedagogicamente, ao público entre 0 e 5 anos de idade no Brasil; vale salientar que nessa idade entre 0 e 5 anos, as crianças não estão submetidas a obrigatoriedade do ingresso na vida escolar. A Constituição brasileira de 1988 define no Título VIII (Da Ordem Social), Capítulo III (Da Educação, da Cultura e do Desporto), Seção I (Da Educação), Artigo 208 que: O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: Inciso IV – educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade. (Constituição Federal, 2016. p. 63). -/- A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, especificamente a Lei 9394/96, denomina a Creche como sendo a entidade responsável por promover o primeiro contato das crianças com o ambiente escolar, a idade é determinada como sendo de 0 a 3 anos de idade (Artigo 30. Inciso I). Também denomina de pré-escola a instituição responsável pelo ensino de crianças entre 4 e 6 anos de idade (Artigo 30. Inciso II). Não obstante, mediante Lei 11274/06 que reedita o Artigo 32 da Lei 9394/96, o ensino fundamental passou a ser de 9 (nove) anos de idade e não mais de 8 (oito), logo, as crianças que com 6 (seis) anos de idade não eram submetidas a obrigatoriedade do estudo, passaram a fazer parte da conformação obrigatória, isto é, elas já não fazem mais parte do ensino eletivo ou optativo da pré-escola e sim do ensino fundamental obrigatório. -/- Dito isto, a LDB diz na Seção II (Da Educação Infantil) e no Artigo 29 que a Educação Infantil é tida como a primeira etapa da Educação Básica, e tem por objetivo, a promoção e o favorecimento do desenvolvimento integral da criança de 0 à 5 anos de idade, nos mais variados aspectos possíveis, sendo eles o físico, psicológico, intelectual e social, sendo mais que uma complementação da instrução familiar e da sociedade (BRASIL, 2005. p. 17). Seguindo a linha teórica acerca das crianças, o Artigo 30, da mesma, ressalta que a EI será promovida por meio de creches para crianças de 0 a 3 anos e em pré-escolas para o público entre 4 e 5 anos de idade, como enaltecido supracitadamente. No que se refere a avaliação, no Artigo 31 esse processo será feito porventura do acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem que haja quaisquer tipos de promoção, mesmo que vise o acesso ao Ensino Fundamental. -/- Vale enfatizar que essa modalidade de ensino tem uma finalidade pedagógica, um trabalho que se apropria da realidade e dos conhecimentos infantis como estopim e os amplia mediante atividades que tem uma certa significação concreta para a vida dos infantes e, isocronicamente asseguram a aquisição de novos conhecimentos. Doravante e por meio dessa perspectiva, é imprescindível que o educador da EI preocupe-se com o arranjo e aplicação dos trabalhos fazendo, assim, uma contribuição para a ascensão do infante de 0 a 5 anos. -/- O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil de 1998 ressalta que deve-se levam em conta que os infantes são distintos entre si, isto é, que cada um possui um ritmo peculiar de aprendizagem. Dito isto, o educador deverá preparar-se para promover aos educandos uma educação alicerçada na condição de aprendizagem peculiar de cada um deles, considerando-se bastante singulares e com particularidades. Para isso, o governo deverá fornecer um alicerce na formação dos educadores, preparando-os para enfrentar esse mundo repleto de dificuldades mas, no fim, de uma extensa realização pessoal e profissional. Ante as características peculiares dos ritmos das crianças, o grande desafio que ora implica na EI é com que os profissionais consigam compreender, conhecer e reconhecer o jeito peculiar dos infantes serem e estarem inseridos no mundo. O RCN da modalidade EI ainda explicita que a entidade promovente da EI deve tornar acessível a todos os infantes que ora frequentam-no, indiscriminadamente, elementos culturais que enriquecem a ascensão e a inserção social dos mesmos. -/- A EI é caracterizada, historicamente, pelo assistencialismo reduzido e a um recinto que vise, primordialmente, os cuidados com os infantes. Ao passo dos anos, e diversas metamorfoses ocorridas nas tendências educacionais, passou a ser teorizada como um simples processo educativo. -/- Paulo Freire (1921-1997) já alertava que: Quando se tira da criança a possibilidade este ou aquele espaço da realidade, na verdade se está alienando-a da sua capacidade de construir seus conhecimentos. Porque o ato de conhecer é tão vital quanto comer ou dormir; e eu não posso comer por alguém (FREIRE, 1983. p. 36). Logo, nesse contexto é sumamente impossível desassociar os termos cuidar e o educar, eixos cêntricos que dão características peculiares na constituição do espaço e do ambiente escolar nesse lapso da educação. Doravante, contradizendo ao que muitos ainda pensam o cuidar e o educar não remetem à perspectiva assistencialista e ao processo de ensino e aprendizagem dos mesmos, uma vez que ambos complementam-se, além de integrarem-se para uma melhor promoção do desenvolvimento do infante, no que se refere à edificação de sua autonomia e totalidade. -/- O infante carece de cuidados básicos no que se refere à saúde, os quais pode ser obtido mediante uma alimentação saudável e balanceada, assepsia, educação física, momentos de ópio, entre outras inúmeras situações peculiares à crianças e que exigem do educador uma atenção especial em relação aos cuidados com a criança. Todavia, é primordial que o profissional da EI desenvolva um trabalho educacional voltado ao favorecimento e a condução para a descoberta e edificação de sua identidade, apropriando-se de saberes necessários à constituição da autonomia tanto do infante, que ora se torna imprescindível quanto do próprio educador. -/- No que tange a afetividade na EI, falamos de uma constituição do cenário contemporâneo dos ambientes escolares e que, no futuro, tornara-se sumamente imprescindível algum marco ou lapsos que persistem e poderão persistir na educação futura do fundamental e até mesmo do médio ou ensino universitário, principalmente questões de vivência com os outros. Compreensão do outro, desenvolvimento de projetos, percepção da interdependência, de não à quaisquer tipos de violência, administração de possíveis conflitos, descoberta do outro, participação em projetos comuns, prazer no esforço alheio, cooperativada são essenciais nesses primeiros anos escolares e, para que isso torne-se realidade, é necessário que se abra um leque de possibilidades para o futuro mediante a formação atual dos educadores, logo com um alicerce maior em suas formações, o educador(a) estará preparado para atuar frente ao infante, unindo esse lapso fundamental de sua vida dos primeiros anos escolares. -/- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -/- BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, 2016. -/- _______. Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei 9394/1996. Brasília, 2005. -/- _______. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. -/- FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 17ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 1983. -/- KUHLMANN JR., M.. Educando a infância brasileira. In: LOPES, E. M. T.; FILHO, L. M. F.; VEIGA, C. G. (Org.). 500 anos de educação no Brasil. 4ªed. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. -/- LEÃO, J. L. de S. Educação Infantil no Brasil: Algumas Considerações. In: LEÃO, J. L. de S. O processo de inclusão escolar na educação infantil sob a ótica de assessoras pedagógicas da Secretaria Municipal de Educação do Natal/RN. 2008. Trabalho de conclusão de curso (Licenciatura em Pedagogia) – Centro de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018. p. 18. (shrink)
Os presentistas nos dizem que os únicos objetos percorridos pelos quantificadoresde escopo mais amplo são aqueles que existem no presente, o que leva seus críticos aperguntarem o que torna verdadeiros os enunciados sobre o passado, como “Sócrates foi umfilósofo”. Em defesa do presentismo, e seguindo a proposta de Fiocco (2007), argumentamosque o que torna verdadeiro um enunciado sobre o passado é uma proposição, que proposiçõesnão existem no tempo, e que nada na teoria presentista compromete seus defensores com atese de que (...) o que não existe no tempo não existe. (shrink)
Descartes propõe, como atitude àquele que pretende fazer ciência, colocar tudo em dúvida. Como veremos, tal proposta restringe-se ao plano ou domínio da investigação da verdade, o qual é distinto do plano ou domínio da conduta da vida. Tal restrição é fundamental para a própria possibilidade da dúvida metódica, e torna o método da dúvida um análogo das posições críticas usuais dos cientistas em relação aos discursos não justificados. Além de ser possibilitado pela restrição ao domínio da investigação científica, e (...) ser um tipo de postura crítica, o método da dúvida mostra-se adequado para o debate com o tipo de oponente epistemológico que Descartes tinha em seu tempo. (shrink)
Este texto tem como objetivo apresentar a principal motivação filosófica para se defender uma teoria causal da memória, que é explicar como pode um evento que se deu no passado estar relacionado a uma experiência mnêmica que se dá no presente. Para tanto, iniciaremos apresentando a noção de memória de maneira informal e geral, para depois apresentar elementos mais detalhados. Finalizamos apresentando uma teoria causal da memória que se beneficia da noção de veritação (truthmaking).
Tanto desde el punto de vista teórico como desde una perspectiva práctica, el fenómeno de la "estetización" no parece ser portador de buenos augurios. En el ámbito teórico, la estetización ha sido vinculada con la crisis de los discursos orientados en términos de verdad, mientras que en el terreno práctico, ella ha sido asociada a ciertos procesos culturales que conducirían a la debacle de los principios normativos. Dejando de lado la problemática teórica, el presente trabajo se concentra en el debate (...) en torno al fenómeno práctico de la estetización de la política. En primer lugar, nos remontamos a la historia de la condena filosófica de la estetización de la esfera política para ocuparnos luego, en un segundo momento, de algunas posiciones esteticistas y antiesteticistas de finales del siglo XX. Posteriormente, procuramos avanzar en una redescripción de esta problemática que nos permita rescatar un sentido productivo de lo estético para el pensamiento político. Para esto último, nuestro trabajo se apoya en las reflexiones de la actual coeditora de la Neue Zeitschrift für Sozialforschung, Juliane Rebentisch. Tomando como parámetro algunos de los supuestos de sus investigaciones, aquí intentaremos demostrar hasta qué punto la estetización de la vida política puede contribuir al desarrollo de una concepción renovada de esta última. Both from a theoretical and from a practical perspective, the phenomenon of "aestheticization" does not seem to anticipate anything particularly good. On a theoretical level, it has been linked to the crisis of discourse-oriented in terms of truth, while in the practical, has been associated with certain cultural processes that lead to the the collapse of the normative principles. Leaving aside the theoretical issues, this paper focuses on the debate on the phenomenon of the aestheticization of the political culture. First, it goes back to the history of philosophical condemnation of the aestheticization of the political sphere. In a second time, he deals with some conceptions of the late twentieth century. Subsequently, the paper seeks to advance a redescription of this problem that allows rescue a productive sense of aesthetics for political thought. For the latter, our article is based on the reflections of Juliane Rebentisch and attempts to show how the aestheticization of political life can help to develop a new concept of the same. (shrink)
Direct realists about episodic memory claim that a rememberer has direct contact with a past event. But how is it possible to be acquainted with an event that ceased to exist? That’s the so-called cotemporality problem. The standard solution, proposed by Sven Bernecker, is to distinguish between the occurrence of an event and the existence of an event: an event ceases to occur without ceasing to exist. That’s the eternalist solution for the cotemporality problem. Nevertheless, some philosophers of memory claim (...) that the adoption of an eternalist metaphysics of time would be too high a metaphysical price to be paid to hold direct realist intuitions about memory. Although I agree with these critics, I will try to show two things. First, that this kind of “common sense argument” is far from decisive. Second, that Bernecker’s proposal remains the best solution to the cotemporality problem. (shrink)
Há de entre as ciências, uma que ainda carrega vestígios muito visíveis que denunciam seus vínculos familiares com a mãe. Essa ciência cujos precursores ainda revelam-se sagazes pensadores, capazes de construir conhecimento, e não perpetuadores de uma escola especializada em ordenar e classificar a realidade. Essa ciência, é a ciência Psicológica. PSICOLOGIAS é uma introdução ao estudo da Psicologia, apresentada em seus vários aspetos: história, temas básicos, áreas de conhecimento, principais características da profissão, análises de temas cotidianos (vistos sob a (...) ótica da Psicologia), e outros. Estudo esse que dessacraliza o universo da alma – historifica-o, humaniza-o. Ridiculariza qualquer processo de deificação do homem. Sugere, fidelidade a Terra. (shrink)
The relations between territory, religion and geopolitics seem to assume a central role in the contemporary world. I try to contribute to debate here, from a survey in Belém of Pará on the territory and the identity of The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints, the Mormons. Instrumentalized by semi-structured interviews, field observation, research of official documents of religion trought an existential phenomenological interpretation, I conclude that: there is a geopolitical war in evidence nowadays; territorial Mormons follow a metropolitan (...) spatial pattern; the identity of Mormon remount its geohistory in fruitful and tense negotiation with new cultural groups in seeking territorial expansion; the expansion of the territory demands a insurmountable relationship between domain and ownership, to sustain the tense unity of the group. (shrink)
Este trabalho tem por objetivo examinar as relações entre conhecimento e verdade (no sentido de descobrimento e abertura), no contexto da Ontologia Fundamental, de Martin Heidegger. Num primeiro momento, busca-se caracterizar o conhecimento como um modo derivado do ser-no-mundo enquanto ocupação, patenteando a estrutura intencional que lhe é própria, bem como explicitando a interpretação fenomenológicoexistencial do “resultado” do comportamento cognoscitivo (conceitos de substância/eidos), que é posta em questão quanto à sua correção, em se considerando os conceitos da Física Moderna. A (...) abordagem do fenômeno do conhecimento, aqui empreendida, culmina com a apresentação das relações “implícitas” entre o modo de ser do conhecimento e o “problema da verdade”, presentes na análise do fenômeno da enunciação predicativa (parágrafo 33, de Ser e Tempo), com base na qual se intenta indicar o lugar da Lógica na Ontologia Fundamental. Em seguida, no contexto da tematização do significado existencial de verdade, foca-se o conceito de Evidenciação (Ausweisung), no qual se entrelaçam plenamente as concepções heideggerianas de conhecimento e de verdade, porquanto se trata da descrição da verdade do conhecimento como um modo de descobrimento enunciativo dos entes tais como são em si mesmos. Busca-se, em primeiro lugar, mostrar a apropriação de Husserl e de Aristóteles, bem como a manutenção da idéia de verdade como adequação, embutidas naquele conceito. Propõe-se a idéia de que a não-verdade (falsidade) dos enunciados predicativos (não explicitamente tematizada por Heidegger, em Ser e Tempo) pode ser pensada a partir do conceito husserliano de “síntese de diferenciação”. Procura-se, ainda, esclarecer o que significa o “em si mesmo” dos entes que se dão na evidenciação e se ocultam na diferenciação, e salientar o aspecto problemático da idéia de uma dadidade dos entes em “si mesmos”, no âmbito da investigação científica. Por fim, apresenta-se a discussão acerca da concepção heideggeriana de verdade, iniciada por Tugendhat, em 1964, e constantemente retomada por vários filósofos, inclusive por Gethmann, cuja interpretação é aqui avaliada. (shrink)
In this article, it tries to interpret the modern society under the the logic of the market, in which the human being is removed of the historical center and substituted by the consumption object, that stars to assume preponderant factor of control and social alienation in actual historial stage. The purpose of this article is to deonstrate that the contemporary society didn't renounce the rite neither the mythm as construction instruments and psychological and sociological elabration, To approriate or to link (...) with the being or object of the desire it requests a logical asbolutely formal, contractual and self-denial. (shrink)
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