This research was done in Juiz de Fora, Minas Gerais, Brazil on february 2012, with objective was to determine which species of social wasps visiting mango fruits, their behaviors displayed by them while foraging and verify which the species of wasps visitors offer risk of accidents to farmers. The studied area was monitored during February 2012, from 8:00 to 17:00. in a 144 hour effort, and the data collected included the time of activity, diversity, aggressiveness and the general behavior of (...) social wasps around the fruits. There were registered a total of 175 individuals of 12 different species, healthy fruits were damaged during the day, and we registered the abundance and richness peaks throughout the day. This study indicated the needs for special care during the harvest, as aggressive wasps are indeed present and the abundant, resulting in a possible increase of the risk for the workers. (shrink)
Assessment of marine debris ingestion by sea turtles is important, especially to ensure their survival. From January to December 2011, 23 specimens of five species of sea turtleswere found dead or dying after being rehabilitated, along the coast of the municipality of Rio de Janeiro, Brazil. To detect the presence of marine debris in the digestive tract of these turtles, we conducted a postmortemexamination from the esophagus until the distal portion of the large intestine for each specimen. Of the total (...) number of turtles, 39% had ingested marine debris such as soft plastic, hard plastic, metal, polyethylene terephthalate (PET) bottle caps, human hair, tampons, and latex condoms. Five of the seven sea turtles species are found along the Brazilian coast, where they feed and breed. A large number of animals are exposed to various kinds of threats, including debris ingestion. (shrink)
This study aimed to survey wild species voluntarily received or rescued in the Lake District, State of Rio de Janeiro, in 2011. The research aimed to identify endangered species, quantify the groups and know the destination given to specimens. The records were obtained from the Instituto Ecológico Búzios Mata Atlântica, an NGO responsible for the Environmental Protection Area named Pau-Brasil and for the Lake District. The analysis showed that 181 animals were seized, 51% mammals (13 species), 25% reptiles (13 species), (...) 24% birds (11 species) and 1% fish (1 species). Amongst those animals, 12 species are included in the List of Endangered Brazilian Fauna Species. (shrink)
In Beyond the Anthropological Difference, Matthew Calarco aims both at exposing and interpreting the current theoretical situation regarding animals and at proposing a new way of conceiving human-animal relations, advancing what he calls an ‘ontology of indistinction’. Mimicking Jacques Derrida’s project of decentring philosophy, here Calarco aims at decentring ethics appealing to a serious consideration of the relations between beings as opposed to a search for a ‘primary locus of ethical consideration’ (41). -/- .
This paper highlights John Stuart Mill’s views on the problem of gender equality as expressed in The Subjection of Women, which is commonly regarded as one of the core texts of Enlightenment liberal feminism of the 19th century. In this paper, the author outlines the historical context of both Mill’s views and his personal biography, which influenced his argumentation for the emancipation of women, and considers Mill’s utilitarianism and liberalism, as the main philosophical background for his criticism of social conditions (...) that subordinated women. She reflects on some of the philosopher’s ideas and arguments for equality and friendship between women and men which may still be considered noteworthy and relevant. Attention is also given to the main lines of contemporary reception of Mill’s liberal feminism from the perspective of current feminist philosophy, within which certain critical views predominate. Despite some problematic points in Mill’s considerations, his essay on women’s subjection may be regarded as one of the philosophically most interesting conceptions of liberal feminist thinking. (shrink)
In the present article, we attempt to elucidate the conceptual rela- tionship between censorship and emotional development. We employ a framework from emotion regulation studies in order to clarify how censorship works and to ex- plain why it cannot affect emotional development in the same way as the remaining types of emotional regulation. Nevertheless, we argue that, by focusing on Plato’s ac- count of censorship, and specifically of its sociocultural function, one can find that it is not a useless device (...) for emotional development. Censorship affects relevant variables in the dynamics of contraposed emotional processes that compete for dominance. (shrink)
A Grã-Bretanha setecentista foi um dos períodos mais preocupados e que mais escreveu sobre galanteria, moral, modéstia, virtudes, cavalheirismo e boas maneiras; em uma palavra: polidez. Uma das razões que justifica a preocupação de grande parte dos autores britânicos com esse tema (Hume, Chesterfield, Gregory, Mandeville, Wollstonecraft, Fordyce, Shaftesbury – só para citar alguns) estaria atrelada a uma necessidade de evidenciar a diferença entre os povos bárbaros e os civilizados. As boas maneiras seriam um dos principais divisores de águas entre (...) a barbárie e a civilização, inculcadas principalmente através de textos de morais práticas, refletiriam a superioridade de caráter, o acúmulo de virtudes e de conhecimentos, tornando as faculdades mentais aptas para agirem sempre da melhor forma possível. Um dos pontos que usualmente são esquecidos ou ignorados por esses autores – e por seus comentadores – diz respeito ao caráter da hipocrisia exposto por Davidson. Meu objetivo será apresentar de que forma estas relações se constituíam através da compreensão da formação de caráter proporcionada aos considerados cavalheiros e mulheres de mérito e em que medida pode-se caracterizá-los como hipocrisia. (shrink)
Os autores góticos, desde sua origem, como se sabe, estão preocupados com uma recusa de certos ideais propostos pelo iluminismo e com um restabelecimento, em certa medida, de certas formas de lidar com a sociabilidade e a virtude moral. Para tornar isso evidente, será necessário, em um primeiro momento, situar o leitor acerca dos aspectos para a formação do novo gênero, ainda que tenham sido rejeitados por ele, e, no segundo momento, apresentar algumas noções comuns entre as obras que compunham (...) a primeira fase do gótico. Com isso, acreditamos que teremos um arcabouço suficiente para compreender o problema posto pela forma pela qual Lewis e Radcliffe lidam com o sublime de herança burkeana. Nosso objetivo maior consistirá em delinear de que maneira o prazer estético de herança burkeana tomou forma nos escritos góticos de Radcliffe e de Lewis, evidenciando uma possível tensão entre as interpretações propostas por ambos os autores no que diz respeito às implicações que promovem na sociabilidade, na concepção da virtude moral e nas críticas que pretendem promover contra o iluminismo. (shrink)
O objetivo deste trabalho consiste em apresentar algumas mudanças promovidas por Hobbes entre Elementos da Lei e as edições inglesas de Leviatã e De Corpore no que diz respeito à sua teoria da linguagem. Sustenta-se que não é possível conceber uma unidade entre todas as obras supracitadas e que De Corpore contém a versão final da teoria da linguagem hobbesiana; e sugere-se que as alterações promovidas se devem, ao menos em parte, às críticas que Descartes promove nas respostas às Terceiras (...) Objeções e à adoção, a partir de 1651, da geometria, enquanto método, na teoria da linguagem. (shrink)
Al interior de la filosofía de la técnica, el debate sobre la acción es recurrente y recientemente muestra discusiones polarizadas. En un extremo, se encuentran los defensores de una teoría estándar de la acción (TEAI), quienes sostienen que la acción interesante es únicamente humana, con base en las intenciones de los sujetos y, aplicada objetos técnicos, vinculada a su función. En el otro extremo, encontramos a quienes sostienen la posibilidad de que elementos no humanos también posean capacidad de transformación, más (...) próximos a lo que se denomina una “teoría de la agencia”. En un esfuerzo inicial para revisar la potencialidad de la TEAI para su abordaje en el campo de estudios de la técnica y la tecnología, revisitamos la noción de intencionalidad. Para ello, dividimos el trabajo en tres partes. En la primera parte, caracterizamos los rasgos básicos de la TEAI. En la segunda parte, desde los aportes de la filosofía de la mente, analizamos internamente la distinción entre intencionalidad original y derivada (Dennett). Finalmente, desde los aportes de la Teoría del Actor-red, revisamos externamente la acción intencional desde algunos desplazamientos propuestos por la ontología relacional, con nociones como actantes y ensamblajes (Latour). Consideramos que estas reflexiones contribuyen a repensar las transformaciones contemporáneas del mundo artificial. (shrink)
Our paper examines Gloria Anzaldúa’s critical appropriation of Mexican philosophical sources, especially in the writing of Borderlands/La Frontera. We demonstrate how Anzaldúa developed a transnational Philosophy of Mexicanness, effectively contributing to what has been recently characterized as the “multi-generational project to pursue philosophy from and about Mexican circumstances” (Vargas). More specifically, we recover “La Mexicana en la Chicana” by paying careful attention to Anzaldúa’s Mexican sources, both those she explicitly cites and those we have discovered while conducting archival research using (...) the Gloria Evangelina Anzaldúa Papers from the Benson Latin American Collection at the University of Texas at Austin. The three sections of our paper: 1) define the terms Mexican and philosophy in conversation with Anzaldúa’s work, 2) examine the Mexican philosophical sources that Anzaldúa cites in Borderlands/La Frontera, and 3) present the other major Mexican philosophical influences on Anzaldúa that we have found in her archive. The eight Mexican philosophical sources we discuss here include: José Vasconcelos (1882-1959), Miguel León-Portilla (1926-2019), Juana Armanda Alegría (1938- ), Octavio Paz (1914-1998), Samuel Ramos (1897-1959), Rosario Castellanos (1925-1974), Sor Juana Inés de La Cruz (1648-1695), and Jorge Carrión (1913-2005). (shrink)
This essay examines Gloria Anzaldúa’s critical appropriation of two Mexican philosophers in the writing of Borderlands/La Frontera: Samuel Ramos and Octavio Paz. We argue that although neither of these authors is cited in her seminal work, Anzaldúa had them both in mind through the writing process and that their ideas are present in the text itself. Through a genealogical reading of Borderlands/La Frontera, and aided by archival research, we demonstrate how Anzaldúa’s philosophical vision of the “new mestiza” is a critical (...) continuation of the broader tradition known as la filosofía de lo mexicano, which flourished during a golden age of Mexican philosophy (1910–1960). Our aim is to open new directions in Latinx and Latin American philosophy by presenting Anzaldúa’s Borderlands/La Frontera as a profound scholarly encounter with two classic works of Mexican philosophy, Ramos’ Profile of Man and Culture in Mexico and Paz’s The Labyrinth of Solitude. (shrink)
This article examines Gloria Anzaldúa’s critical appropriation of Mexican philosophical sources, especially in the writing of Borderlands/La Frontera. We argue that Anzaldúa effectively contributed to la filosofía de lo mexicano by developing an Inter-American Philosophy of Mexicanness. More specifically, we recover “La Mexicana en la Chicana” by paying careful attention to Anzaldúa’s Mexican sources, both those she explicitly cites and those we have discovered while conducting archival research using the Gloria Evangelina Anzaldúa Papers at the Benson Latin American Collection at (...) the University of Texas at Austin. The eight Mexican philosophical sources we examine and discuss here are: José Vasconcelos (1882-1959), Miguel León-Portilla (1926-2019), Juana Armanda Alegría (1938- ), Octavio Paz (1914-1998), Samuel Ramos (1897-1959), Rosario Castellanos (1925-1974), Sor Juana Inés de La Cruz (1648-1695), and Jorge Carrión (1913-2005). (shrink)
Neste artigo analisamos o conceito de eu quantificado a partir na Perspectiva de Segunda Pessoa, segundo a qual a eu-dade, ou pessoalidade, é atualizada em relações contexto-dependentes de total ou parcial transparência cognitiva não redutíveis aos aspectos considerados nas perspectivas de primeira ou de terceira pessoa. O eu quantificado designa o indivíduo que realiza medições sobre si mesmo por meio de tecnologias ubíquas em rede para obter um suposto maior autoconhecimento, instanciando, segundo alguns autores, um ponto de vista de Quarta (...) Pessoa constituído por relações de alteridade (pessoa-máquina-pessoa) emergentes, em especial, em um cenário sociocultural permeado por tecnologias ubíquas e análises de big data. Procuraremos problematizar a tese de que o automonitoramento digital promoveria um aprofundamento do autoconhecimento, defendida pelos postuladores da quantificação do eu. Procuraremos mostrar que a coleta de dados sobre si mesmo por meio de tecnologias ubíquas não favorece necessariamente a constituição/atualização da pessoalidade porque o automonitoramento digital mediado pode interferir significativamente nos modos de interação social da Segunda Pessoa e no autoconhecimento que tal interação pode promover. (shrink)
O filósofo escocês David Hume é comumente lembrado, por aqueles que não estão familiarizados com sua obra, como o autor que iluminou Immanuel Kant e como uma figura de grande importância no empirismo. Mas estamos preocupados neste texto é com uma outra parte dos seus engenhos. Pretendemos ver neste autor algo que era comum em parte de seus contemporâneos, a saber, preocupações com o cenário em que se incluía com seus compatriotas, com o rumo que a sociedade estava levando, com (...) a influência das artes na vida dos indivíduos e com um melhor caminho para a felicidade individual e geral. É neste sentido que a polidez ganha um espaço importante na obra do escocês. Para Hume, no momento que um indivíduo tiver sido educado o suficiente para ser polido, tendo cultivado em si o gosto por artes, filosofias, literaturas e poesias, terá paixões adequadas para cada situação, será capaz de ter conversas adoráveis sobre os mais diversos e eruditos temas, terá amizades mais duradouras e agradáveis, não irá deixar que qualquer frivolidade da vida comum o abale, terá o juízo fortalecido a ponto de não ser abatido pelas paixões mais violentas, e, tendo todas essas qualidades de caráter, não poderá deixar de ser justo e virtuoso uns para com os outros. Dito isso, o presente texto pretende elucidar como o que Hume defende como polidez seria capaz de educar o homem por meio do cultivo das letras, da poesia, da escrita, da arte e da conversação, elevando-o no âmbito intelectual e no do convívio. (shrink)
Em Hobbes, a natureza é colocada em uma perspectiva mecanicista, e o homem, antes de ser apresentado na vida política, é apresentado em sua condição natural para ser entendido; a física dos movimentos ganha força como um modo de entender a natureza e, por conseguinte, a natureza humana. A linguagem registrando os eventos ocorridos na natureza e sendo condição de possibilidade para a ciência, parece relacionar-se com a força que a física dos movimentos ganha na obra do filosofo de Malmesbury. (...) O objetivo deste artigo, em vista disso, será apresentar que, em última instância, todo o sistema hobbesiano pode ser fundamentado na linguagem, e apresentar, ainda, que essa leitura pode acarretar algumas tensões na obra do autor quando entendemos a relação da prudência com as palavras, e a relação do mundo dos falantes com a natureza. Palavras-chave : Hobbes; linguagem; mecânica; causalidade; universo dos falantes. (shrink)
Durante uma competição que envolveu Lord Byron, Polidori e Percy Shelley, numa prova de quem seria capaz de criar a melhor história de horror, nasce o rascunho de o que conhecemos hoje como Frankenstein. Aprovado e exaltado pela crítica, o novo romance de horrores, que marca o início da segunda fase do gótico, é tido por Walter Scott como uma obra que investiga as condições e implicações do conhecimento e da imaginação humana. Não é novidade que o gênero gótico é (...) tido como uma marca e um local no qual temas marginalizados e silenciados podem ser tratados de forma aberta, os ideais deixados por grandes filósofos como, por exemplo, Bacon e Descartes passam a ser questionados e têm suas implicações levadas às últimas consequências. Frankenstein não foge dessa regra. O romance se distingue por conta da formação do arquétipo do cientista louco, do medo dos avanços científicos e a superação de limites através da artificialidade que são caracterizados, em última instância, no ato de "brincar" de Deus e tentar conferir vida a uma matéria morta. Dito isso, meu objetivo é explorar, em primeiro lugar, de que maneira este romance se posiciona perante os ideais filosóficos (especialmente científicos); em segundo lugar, como recusa tais ideais e, por fim, de que maneira se difere dos romances góticos que o antecedeu. (shrink)
Pretende-se apresentar de que forma a considerada boa poesia do século XVIII britânico pode ser vista com o mesmo objetivo das morais práticas, isto é, o de refinar e polir os indivíduos. Para isso, seguiremos os seguintes passos: i. reconstruir o contexto que produziu essa concepção: a distinção entre civilização e barbárie, bem como a dificuldade de unificar o modo escrito e o oral e a preocupação com a supressão do ócio; ii. sublinhar a relevância de Milton, Shakespeare e Spenser (...) para a poesia britânica setecentista; iii. apresentar os ideais a esse respeito que permeavam os textos de importantes filósofos. (shrink)
Este nuevo libro colectivo recoge los trabajos del grupo de investigación de Filosofía de la PUCE, elaborados entre 2019 y 2020. El tema elegido, Tecnología y política, define una de las problemáticas contemporáneas más relevantes dentro del trabajo académico. Como en ocasiones anteriores, cada autor plantea contextos de lectura diversos; los aportes recorren un escenario complejo, resultado de los caminos que cada uno ha elegido para consolidar su propia reflexión a partir de los proyectos de escritura de tesis de posgrado (...) y de investigaciones desarrolladas tanto en universidades europeas como americanas. Sin embargo, el punto de encuentro está dado en la perspectiva y en las condiciones que determinan la posibilidad de proponer un pensamiento crítico y propositivo desde América Latina. (shrink)
In this paper I draw together the notion of the absent referent as proposed by Carol J. Adams, and the notions of literal and symbolical sacrifice by eating the other — or ingestion — advanced by Jacques Derrida, to characterize how animals are commonly perceived, which ultimately forbids productive arguments for vegetarianism. I discuss animals as being literally and definitionally absent referents, and I argue, informed by Derrida’s philosophy, that it is impossible to aim at turning them into present referents (...) without reinforcing symbolic ingestion by linking symbolic ingestion to epistemic appropriation or conceptualization. With this, I highlight the ethical importance of discussing symbolic ingestion in animal philosophy. (shrink)
Pretende-se auscultar a possibilidade de instrução moral pela literatura. Defender-se-á que a arte narrativa é capaz de instruir moralmente pois 1) proporciona um tipo de conhecimento não-proposicional que permite o acesso a novas perspetivas, e 2) é capaz de cultivar e refinar os valores e as práticas morais dos leitores, através do engajamento emocional. Tentar-se-á mostrar que o poder inverso — o poder de corromper moralmente — não se verifica (ou não se verifica tão facilmente): apelar-se-á à resistência imaginativa humana (...) que parece impedir que o Homem exporte perspetivas morais que violentam o seu próprio posicionamento axiológico. (shrink)
El presente trabajo tiene como objetivo analizar los principales cambios que implicará para aquellos ejercicios iniciados a partir del 1 de enero de 2018, la entrada en vigencia de la Norma Internacional de Información Financiera (NIIF) 15 – Ingreso de Actividades Ordinarias Procedentes de Contratos con Clientes- sustituyendo a las Norma Internacional de Contabilidad (NIC) 11 – Contratos de Construcción-, NIC 18 – Ingresos de Actividades Ordinarias-, Interpretación desarrollada por el Comité de Interpretaciones de las Normas Internacionales de Información Financiera (...) (CINIIF) 13 – Programas de Fidelización de Clientes-, CINIIF 15 – Acuerdos para la Construcción de Inmuebles-, CINIIF 18 – Transferencias de Activos procedentes de Clientes-, e Interpretación desarrollada por el Comité de Interpretaciones de Normas Internacionales de Contabilidad (SIC) 31 – Ingresos-Permutas de Servicios de Publicidad-. A tales efectos, analizaremos los principales lineamientos contables establecidos por la NIIF 15, a través del modelo de las cinco etapas y de otros aspectos que a nuestro entender son importantes presentando algunos casos prácticos para un mejor entendimiento. (shrink)
(ESP) Recensión del libro "Los ingenieros de Franco. Ciencia, catolicismo y Guerra Fría en el Estado franquista". Barcelona: Crítica, 2017, 317 páginas. La investigación principal de Lino Camprubí, nos ofrece una historia de la transformación del territorio español desde el punto de vista de las ciencias y las tecnologías. Constituye un ejemplo de constatación de la imbricación entre ciencia, tecnología y economía política –sin olvidar la religión. El libro muestra cómo el régimen franquista utilizó la ciencia y tecnología a su (...) alcance para la (re)construcción del país, pero también cómo esos mismos ingenieros construyeron la España franquista. // (ENG) Review of the book "Los ingenieros de Franco. Ciencia, catolicismo y Guerra Fría en el Estado franquista". (Franco's Engineers. Science, Catholicism and Cold War in the Francoist State) Barcelona: Crítica, 2017, 317 pp. The main research of Lino Camprubí, offers a history of the transformation of the Spanish territory from the point of view of science and technology. It constitutes an example of the verification of the imbrication between science, technology and political economy -without forgetting religion. The book shows how the francoist regime used the science and technology at its disposal for the (re)construction of the country, but also how those same engineers built Franco's Spain. (shrink)
The central hypothesis of the collaboration between Language and Computing (L&C) and the Institute for Formal Ontology and Medical Information Science (IFOMIS) is that the methodology and conceptual rigor of a philosophically inspired formal ontology greatly benefits application ontologies. To this end r®, L&C’s ontology, which is designed to integrate and reason across various external databases simultaneously, has been submitted to the conceptual demands of IFOMIS’s Basic Formal Ontology (BFO). With this project we aim to move beyond the level of (...) controlled vocabularies to yield an ontology with the ability to support reasoning applications. Our general procedure has been the implementation of a meta-ontological definition space in which the definitions of all the concepts and relations in LinKBase® are standardized in a framework of first-order logic. In this paper we describe how this standardization has already led to an improvement in the LinKBase® structure that allows for a greater degree of internal coherence than ever before possible. We then show the use of this philosophical standardization for the purpose of mapping external databases to one another, using LinKBase® as translation hub, with a greater degree of success than possible hitherto. We demonstrate how this offers a genuine advance over other application ontologies that have not submitted themselves to the demands of philosophical scrutiny. LinKBase® is one of the world’s largest applications-oriented medical domain ontologies, and BFO is one of the world’s first philosophically driven reference ontologies. The collaboration of the two thus initiates a new phase in the quest to solve the so-called “Tower of Babel”. (shrink)
En este segundo documento nos ocupamos del aborto realizado por motivos terapéuticos o, dicho más brevemente, del aborto terapéutico. En la Argentina, el aborto plantea serios desafíos para la salud pública, ya que, pese a estar prohibido, se practica de forma clandestina y, muchas veces, insegura, poniendo en riesgo la vida y la salud de las mujeres. Por esta razón, creemos que la sociedad y el Estado deben debatir este problema y encontrar soluciones que resguarden los derechos de las mujeres. (...) El artículo 86, inciso 1, del Código Penal argentino expresamente despenaliza el aborto cuando corre peligro la vida o la salud de la mujer. En estos casos, se habla de aborto terapéutico. Esta disposición legal no suele aplicarse ni por los médicos ni por los profesionales que trabajan en la justicia, ya sea por desconocimiento o por razones ideológicas. Más aún, en muchos casos, las interpretaciones del Código Penal se apartan de su letra y restringen arbitrariamente su aplicación. Por estas razones, nos parece importante analizar este problema y proveer información sobre los aspectos legales y éticos involucrados en el aborto terapéutico en la Argentina. Este documento comienza con el relato de un caso hipotético, elaborado a partir de experiencias reales, con el objetivo de acercar al público a una situación concreta. Intercaladas en el cuerpo del relato, se desarrollan algunas reflexiones acerca de las implicaciones médicas, éticas y legales del caso. A continuación, se presenta un apartado referido al marco legal en el que se deben encuadrar los casos de aborto no punible. El documento sigue con una serie de breves recomendaciones destinadas tanto a los profesionales que trabajan en el sistema judicial como a los profesionales de la salud. Por último, se incluye un apéndice que contiene los principios que rigen la interpretación en materia penal y el glosario médico y legal, donde se pueden buscar las palabras resaltadas a lo largo del documento. (shrink)
This is the first record of nesting in the soil by the ant Camponotus sericeiventris (Guérin-Méneville, 1838), which has arboreal habit. The study was conducted in southeastern Brazil, in an ant colony located in a subterranean site. This study describes, for the first time, the ability of this arboreal species to vary its nesting site by the occupation of an unusual place in an urban environment; and this study demonstrates that this species is an interesting model for studies in urban (...) environments. (shrink)
Social wasps are broadly distributed in Brazil, and their distribution is closely related to local plant composition. However, only a few studies on the diversity of these insects have been carried out in northeastern Brazil, and in Caatinga Biome the diversity is probably underestimated due to the lack of inventories for the region. Aiming at advancing the knowledge about the wasp fauna, we carried out this study from October 2005 to September 2006 in Ibipeba, northeastern Brazil. We collected 172 wasps (...) of five genera and eight species, and recorded Polybia ruficeps Schrottky, 1902 for the first time in the state of Bahia. The most abundant species was Polybia ignobilis (Haliday, 1836) (n = 69), and the least abundant were Brachygastra lecheguana (Latreille, 1824) (n = 2) and Polistes canadensis (Linnaeus, 1758) (n = 2). The present study inventory focused exclusively on the diversity of social wasps in an area of Caatinga, which contributes to advance the local fauna knowledge. (shrink)
La Red de Antropología de y desde los Cuerpos, La Red Colombiana de Investigadores Sobre “El Cuerpo” y las siguientes Universidades sede: Universidad Distrital Francisco José de Caldas, Corporación Universitaria Minuto de Dios Uniminuto, Pontifica Universidad Javeriana, Universidad Jorge Tadeo Lozano, Universidad Pedagógica Nacional, fueron las anfitrionas del II Encuentro Latinoamericano de Investigadores/as sobre Cuerpos y Corporalidades en las Culturas realizado del 3 al 7 de octubre de 2015 en Bogotá, Colombia, el cual se propuso dar a conocer y discutir (...) los resultados de las investigaciones sobre el cuerpo, las corporeidades, las corporalidades y/o las corpo-oralidades, provenientes de las ciencias, las artes y las culturas, atendiendo a que esta diversidad de nombres del cuerpo, da cuenta de pluralidad de dinámicas para concebir, vivenciar y representar la condición corporal de la existencia subjetiva, colectiva o social. En la búsqueda de comprensiones más equilibradas sobre lo que implica vivir la vida y compartir el mundo de la vida en la complejidad de las actuales circunstancias históricas, políticas y ambientales, la condición corporal de la existencia constituye hoy por hoy uno de los temas obligados y más indagados tanto en los ámbitos investigativos de las ciencias, las artes y las culturas, como en los agenciamientos cotidianos que llevan a cabo las gentes a través de las dinámicas locales, colectivas y periféricas de producción de conocimientos otros. (shrink)
El presente libro recopila algunas de las mejores investigaciones presentadas en el “IX Coloquio Internacional de Estética y Arte” en La Habana en diciembre del 2015, redactadas ahora a modo de artículos. La estética y el arte a debate II está compuesto por 27 artículos y se encuentra dividido en cinco bloques que, de alguna manera, reflejan las temáticas centrales alrededor de las cuales giró el encuentro del 2015. Los bloques temáticos son: 1 Arte, estética y política, 2 Cine y (...) medios audiovisuales, 3 Nuevas prácticas artísticas, 4 Arte y cuerpo y 5 Miradas clásicas. (shrink)
Protopolybia sedula is a social swarming wasp, widely spread throughout many countries in the Americas, including most of Brazil. Despite its distribution, studies of its behavioral ecology are scarce. This study aimed to describe its foraging activity and relation to climatic variables in the city of Juiz de Fora in southeastern Brazil. Three colonies were under observation between 07:00 and 18:00 during April 2012, January 2013, and March 2013. Every 30 minutes, the number of foragers leaving and returning to the (...) colony was registered along with air temperature and relative humidity. Activity began around 07:30¸ increased between 10:30 and 14:30, and ended around 18:30. A mean of 52.7 exits and 54 returns were measured every 30 minutes. The daily mean values were 1,107 ± 510.6 exits and 1,135 ± 854.8 returns. Only one colony showed a significant correlation between forager exits and temperature (rs = 0.8055; P < 0.0001) and between exits and relative humidity (rs = -0.7441; P = 0.0001). This paper shows that climatic variables are likely to have little control on the foraging rhythm of P. sedula when compared to other species, suggesting the interaction of other external and internal factors as stimuli of species foraging behavior. (shrink)
Este artigo afirma que as interpretações de Deleuze acerca de Nietzsche e Espinosa são influenciadas cada uma por sua leitura do outro filósofo. Essa afirmação é explorada por meio das principais questões do corpo e da vontade de potência. Embora a respeito do corpo, a leitura de Espinosa de Deleuze seja matizada por Nietzsche em sua leitura da vontade de potência, é antes Espinosa que filtra sua leitura de Nietzsche. Em última análise, pode-se dizer que a maneira de Deleuze de (...) ler Nietzsche em diálogo com Espinosa obedece a uma ontologia da potência. (shrink)
Lo primero que debemos tener en cuenta es que cuando decimos que China dice esto o China hace eso, no estamos hablando del pueblo chino, sino de los sociópatas que controlan el PCC -- Partido Comunista Chino, es decir, los Siete Asesinos En Serie Seniláticos (SSSSK) de th e Comité Permanente del PCC o de los 25 miembros del Politburó, etc. -/- Los planes del PCC para la Tercera Guerra Mundial y la dominación total están muy claro en las publicaciones (...) y discursos del gobierno chino y este es el "sueño de China" de Xi Jinping. Es un sueño sólo para la pequeña minoría (tal vez unas pocas docenas a unos pocos cientos) que gobiernan China y una pesadilla para todos los demás (incluyendo 1.400 millones de chinos). Los 10 mil millones de dólares anuales les permiten a ellos o a sus marionetas poseer o controlar periódicos, revistas, canales de televisión y radio y colocar noticias falsas en la mayoría de los principales medios de comunicación de todo el día. Además, tienen un ejército (tal vez millones de personas) que troll todos los medios de comunicación colocando más propaganda y ahogando comentarios legítimos (el ejército de 50 centavos). -/- Además de despojar al tercer mundo de recursos, un gran impulso de la Iniciativa de Cinturón y Carretera sin peaje es la construcción de bases militares en todo el mundo. Están forzando al mundo libre a una carrera armamentista masiva de alta tecnología que hace que la guerra fría con la Unión Soviética parezca un picnic. -/- Aunque el SSSSK, y el resto de los militares del mundo, están gastando enormes sumas en hardware avanzado, es muy probable que WW3 (o los compromisos más pequeños que conducen a él) esté dominado por software. No está fuera de cuestión que el SSSSK, con probablemente más hackers (codificadores) trabajando para ellos entonces todo el resto del mundo combinado, ganará futuras guerras con un conflicto físico mínimo, sólo por paralizar a sus enemigos a través de la red. Sin satélites, sin teléfonos, sin comunicaciones, sin transacciones financieras, sin red eléctrica, sin internet, sin armas avanzadas, sin vehículos, trenes, barcos o aviones. -/- Sólo hay dos caminos principales para eliminar el PCC, liberar a 1.400 millones de prisioneros chinos y poner fin a la marcha lunática a la Segunda Guerra Mundial. La pacífica es lanzar una guerra comercial total para devastar la economía china hasta que los militares se cansen y arranquen el PCC. -/- Una alternativa al cierre de la economía de China es una guerra limitada, como una huelga dirigida por decir 50 drones termobáricos en el 20o Congreso del PCC, cuando todos los miembros principales están en un solo lugar, pero eso no tendrá lugar hasta 2022 por lo que uno podría ir a la sesión plenaria anual. Se informaría a los chinos, como ocurrió el ataque, de que debían deponer las armas y prepararse para celebrar una elección democrática o ser arrojados a la edad de piedra. La otra alternativa es un ataque nuclear total. La confrontación militar es inevitable dado el curso actual del PCC. Es probable que suceda sobre las islas en el Mar de China Meridional o Taiwán dentro de unas pocas décadas, pero a medida que establecen bases militares en todo el mundo podría suceder en cualquier lugar (ver Tigre Agachado, etc.). Los conflictos futuros tendrán aspectos difíciles y blandos con los objetivos declarados del PCC para enfatizar la ciberguerra mediante la piratería y paralización de los sistemas de control de todas las comunicaciones militares e industriales, equipos, centrales eléctricas, satélites, Internet, bancos, y cualquier dispositivo o vehículo conectado a la red. Las SS están lanzando lentamente una gama mundial de submarinos de superficie y submarinas tripulados y autónomos o drones capaces de lanzar armas convencionales o nucleares que pueden estar latentes a la espera de una señal de China o incluso buscando la firma de buques o aviones estadounidenses. Mientras destruyen nuestros satélites, eliminando así la comunicación entre los EE.UU. y nuestras fuerzas en todo el mundo, utilizarán los suyos, junto con los drones para atacar y destruir nuestras fuerzas navales actualmente superiores. Por supuesto, todo esto se hace cada vez más automáticamente por la IA. -/- Con mucho, el mayor aliado del PCC es el Partido Demócrata de los Estados Unidos. La opción es detener al PCC ahora o observar cómo extienden la prisión china por todo el mundo. -/- Por supuesto, la vigilancia universal y la digitalización de nuestras vidas es inevitable en todas partes. Cualquiera que no lo crea está profundamente fuera de contacto. -/- Por supuesto, son los optomistas los que esperan que los sociópatas chinos gobiernen el mundo, mientras que los pesimistas (que se ven a sí mismos como realistas) esperan que la sociopatía de IA (o como yo la llamo, es decir, la estupidez artificial o la sociósima artificial) tomen el control, tal vez para 2030 Los interesados en más detalles sobre el camino lunático de la sociedad moderna pueden consultar mis otras obras como Suicidio por democracia y obituario para América y el mundo 2019 y Delirios Utópicos Suicidas en el Siglo 21 -La filosofía, la naturaleza humana y el colapso de la civilización : Artículos y reseñas 2006-2019 5ª edicion (2019) -/- . (shrink)
El presente texto de Maurice Blanchot (1907-2003) apareció por primera vez en una traducción al italiano de Guido Neri bajo el título “II nome Berlino” [El nombre Berlín], publicado en 1964 en la revista literaria dirigida por Elio Vittorini e Italo Calvino Il menabó 7, año 6, pp. 121-25. El texto original en francés se extravió y, con la autorización del propio Blanchot, Hélène Jelen y Jean-Luc Nancy tradujeron la versión italiana al francés para publicarla en 1983 como “Le Nom (...) de Berlin” en una edición bilingüe. Desde entonces, la versión francesa ha sido reimpresa múltiples veces: en Cafe 3 (1983), 43-6; Berlin, collection Libération, 4 (1989); y Po&sie 52 (1990), 6-8. El texto fue finalmente republicado con su nombre original en francés, es decir, “Berlin” para la publicación de la traducción cuatrilingüe francés, inglés, ruso y alemán) aparecida en 1994 en MLN, Vol. 109, No. 3, German Issue (Apr.), The Johns Hopkins University Press, pp. 345-355. Se ha decidido traducir este texto también en lengua hispana por su innegable actualidad y peculiar claridad. En él no se trata exclusivamente sobre la realidad política, económica y lingüística de Berlín (o de Alemania) durante la Guerra Fría. Las reflexiones de Blanchot permanecen tan vigentes como el fenómeno que aquí decide enfrentar en sus múltiples aspectos: los fundamentos mismos de la política y el Estado en la modernidad. Para esta primera traducción al castellano del texto se ha tomado como referencia la versión de Jelen y Nancy antes mencionada. (shrink)
Berlín.Facundo Bey - 2019 - Discusiones Filosóficas 20 (34):187-190.details
El presente texto de Maurice Blanchot (1907-2003) apareció por primera vez en una traducción al italiano de Guido Neri bajo el título “II nome Berlino” [El nombre Berlín], publicado en 1964 en la revista literaria dirigida por Elio Vittorini e Italo Calvino Il menabó 7, año 6, pp. 121-25. El texto original en francés se extravió y, con la autorización del propio Blanchot, Hélène Jelen y Jean-Luc Nancy tradujeron la versión italiana al francés para publicarla en 1983 como “Le Nom (...) de Berlin” en una edición bilingüe. Desde entonces, la versión francesa ha sido reimpresa múltiples veces: en Cafe 3 (1983), 43-6; Berlin, collection Libération, 4 (1989); y Po&sie 52 (1990), 6-8. El texto fue finalmente republicado con su nombre original en francés, es decir, “Berlin” para la publicación de la traducción cuatrilingüe francés, inglés, ruso y alemán) aparecida en 1994 en MLN, Vol. 109, No. 3, German Issue (Apr.), The Johns Hopkins University Press, pp. 345-355. Se ha decidido traducir este texto también en lengua hispana por su innegable actualidad y peculiar claridad. En él no se trata exclusivamente sobre la realidad política, económica y lingüística de Berlín (o de Alemania) durante la Guerra Fría. Las reflexiones de Blanchot permanecen tan vigentes como el fenómeno que aquí decide enfrentar en sus múltiples aspectos: los fundamentos mismos de la política y el Estado en la modernidad. Para esta primera traducción al castellano del texto se ha tomado como referencia la versión de Jelen y Nancy antes mencionada. (shrink)
SOCIOLOGIA DO TRABALHO: O CONCEITO DO TRABALHO DA ANTIGUIDADE AO SÉCULO XVI -/- SOCIOLOGY OF WORK: THE CONCEPT OF WORK OF ANTIQUITY FROM TO THE XVI CENTURY -/- RESUMO -/- Ao longo da história da humanidade, o trabalho figurou-se em distintas posições na sociedade. Na Grécia antiga era um assunto pouco, ou quase nada, discutido entre os cidadãos. Pensadores renomados de tal época, como Platão e Aristóteles, deixaram a discussão do trabalho para um último plano. Após várias transformações sociais entre (...) diferentes eras e povos, o trabalho foi ganhando espaço nos debates entre os povos, como os caldeus, hebreus e romanos. O trabalho conferiu-se no escopo da discussão social. Na Idade Média, com Agostinho, Santo Aquino e outros o labor foi concebido como algo benéfico e divino. O que se via como algo “escravo” ao povo, transformou-se em necessidade e benevolência divina. -/- Palavras-chave: Conceito; Trabalho; História; Definição. -/- ABSTRACT -/- Throughout the history of mankind, work has figured itself in different positions in society. In ancient Greece it was a little matter, or almost nothing, discussed among the citizens. Renowned thinkers of such a time, like Plato and Aristotle, left the discussion of the work for a last plan. After several social transformations between different eras and peoples, work was gaining space in the debates among peoples, such as the Chaldeans, Hebrews and Romans. The work has taken place within the scope of social discussion. In the Middle Ages, with Augustine, Saint Aquinas and others the work was conceived as something beneficial and divine. What was seen as something “slave” to the people, became need and divine benevolence. -/- Keywords: Concept; Work; History; Definition. -/- BASES TEMÁTICAS DESSE TRABALHO -/- ➢ O trabalho é um conceito construído socialmente; -/- ➢ A modernidade trouxe consigo mudanças significativas quanto à valorização do trabalho; -/- ➢ A origem dos mercados de trabalho, juntamente com o surgimento do capitalismo, minimizou o trabalho como um mero emprego assalariado; -/- ➢ O trabalho, no entanto, apresenta múltiplas manifestações nas nossas sociedades. -/- 1. A VISÃO GREGA DE TRABALHO -/- Comecemos pelos gregos, uma civilização excitante que, durante muitos séculos antes de Cristo, já começava a elaborar riquíssimas reflexões sobre vários aspectos da vida humana. No entanto, surpreende aqueles de nós que já ler os primeiros filósofos gregos, como entre tantas análises rigorosas e “diálogos”, um elemento tão central na vida social dos povos, como o trabalho havia tido escassa repercussão. A explicação só faz sentido, justamente, ao analisar a valorização que esses grandes pensadores tinham acerca do nosso objeto de estudo que é o trabalho. Embora, como supracitado, os gregos não tivessem uma visão unânime sobre o trabalho, não é menos certo assinalar que para esta civilização o trabalho foi considerado um fato altamente desvalorizado. O trabalho, para eles, dado a sua vinculação com a dimensão de constrangimento e necessidades, limitava a liberdade dos indivíduos, condição indispensável para integrar o mundo da “pólis” na qualidade de cidadão. O homem livre realizava atividades absolutamente desinteressadas: a atividade intelectual (que não era considerada trabalho) fazia parte do ócio e da contemplação. O trabalho, reservado apenas aos escravos, como bem sinala Hopenhayn (1955), significava uma mera função produtiva. Portanto, o escravo passou a ser unicamente uma força de trabalho. Como tal, ele não tem personalidade e pertence ao seu mestre, como uma coisa entre muitas. Como objeto de propriedade, escapa ao pensamento antropológico que domina a filosofia sofista e socrática, porque para o cidadão grego falar de escravo não implica um sujeito pensante, senão uma coisa ou, no máximo, a força. Também escapa ao pensamento platônico, porque, como uma coisa, parece totalmente desvalorizado na construção idealista-dualista da realidade (HOPENHAYN, 1988. p. 23 – Tradução própria). -/- Três termos fundamentais que devemos recordar da tradição grega: -/- 1 – Ponos: penalidade, fadiga; -/- 2 – Banausia: trabalho mecânico, e -/- 3 – Ergon: realização. -/- Vejamos como essa noção de trabalho é construída como algo servil (ponos), ao qual uma visão positiva de lazer e contemplação foram contrastadas como uma atividade puramente humana e libertadora. As raízes do supracitado são encontradas no valor eticamente supremo da autarquia socrática. Segundo essa noção alcunhada por Sócrates (469-399 a.C.), todo aquele que trabalha está submetido tanto à matéria como aos homens para quem trabalha. Nessa medida, sua vida carece de autonomia e, portanto, de valor moral. Naturalmente, não só os escravos, mas também qualquer trabalhador dedicado a todos os tipos de tarefas manuais, foram desprezados por um pensamento helênico indubitavelmente aristocrático. Para Platão (427-347 a.C.), de origem aristocrática, descendente do último rei de Atenas e discípulo de Sócrates, a autarquia continua a ser perpetrada como um valor ético supremo e, em consonância com os interesses da aristocracia fundiária, afirmava que somente a agricultura evocava autêntica autonomia. Dessa forma, o pensamento platônico restringiu a participação política a escravos, comerciantes e artesãos. Todos eles têm em comum a dependência das condições materiais em que produzem e trocam mercadorias. O plano político estará intimamente relacionado ao econômico-trabalhista: somente quem é capaz de governar a si mesmo (e como sabemos, acontece com aqueles que não trabalham ou possuem terras), pode governar os outros. Somente a liberação total da prática mundana do trabalho abre as possibilidades de dedicar-se, como fez Platão, à contemplação (σχολή), à filosofia e às ciências, e por meio disso saber distinguir o bem do mal, o justo do injusto, o verdadeiro do falso. Quem poderia dedicar-se a tais “tarefas nobres”? Evidentemente, aqueles que não precisam fazer parte da população trabalhadora, isto é, a aristocracia. Esse sistema de governo aristocrático foi defendido, obviamente, por Platão. Em sua “A República” sinala que o governo perfeito é o aristocrático, e que a este se sucedem a timocracia (governo dos guerreiros), a oligarquia (dos ricos) e a democracia (“governo daqueles que amam o prazer, a mudança e a liberdade), que perece por seus excessos nas mãos de alguns homem audaz que se coloca à frente do povo para defender a democracia e “do tronco desses protetores do povo nasce o tirano”, dando origem à tirania.(2) Em seu diálogo “Político” podemos ler: Aqueles que possuem a si mesmos através da compra, e aqueles que podem ser chamados sem nenhuma discussão de escravos, não participam da arte real [...] E todos aqueles que são livres, se dedicam espontaneamente a atividades servis como as supracitadas, transportando e trocando produtos da agricultura e de outras artes; que nos mercados, indo de cidade em cidade por mar e terra, trocando dinheiro por outras coisas ou por dinheiro, o que chamamos de banqueiros, comerciantes, marinheiros e revendedores, poderão, por acaso, reivindicar para eles algo da ciência política? [...], mas também aqueles que estão dispostos a prestar serviços a todos por salários ou por subsídios, nunca os encontramos participantes na arte de governar [...] Como os chamaremos? Como você acabou de dizer agora: servidores, mas não governantes dos estados (PLATÃO, 1983. pp. 237-8 – adaptado). Esse estado ideal que Platão projetou em seus ensinamentos estava longe, a propósito, da democracia ateniense defendida por Péricles. De certa forma, Platão só confiava em uma elite no poder constituída por uns poucos (oligarquia) que não deveriam se render às tarefas servis da produção e circulação das riquezas. Para ele, as crianças aristocráticas deveriam ser selecionadas desde a infância, recebendo uma educação suficiente tanto em filosofia quanto nas “artes da guerra”. Aos trinta anos, eles já seriam capazes de passar por um exame donde seriam selecionados os “filósofos-reis” encarregados do governo. De fato, no entanto, suas concepções de governo nunca poderiam ser executadas com pureza; ou pela chamada “contrarrevolução aristocrática”, ou pela invasão estrangeira subsequente. Essa visão do trabalho que estamos a analisar, como bem sinala Henri Arvon (1914- 1992), conduz a uma sociedade basicamente conservadora e estancada no produtivo. (3) A ideia de liberdade, ócio e contemplação como valores superiores, propõe um desprezo pelo trabalho que, como vimos, é uma atividade puramente transformadora. Há aqueles que, mediante tal contestação, arriscam fundamentar que grande parte do subdesenvolvimento tecnológico na Grécia derive justamente a essa cultura tão peculiar em relação ao trabalho. Caso contrário, se houvesse escravos, por que avançar em conhecimentos que facilitaram o trabalho? Não nos surpreende, nesse sentido, que uma civilização capaz de criar conhecimentos espetaculares em áreas particularmente complexas como a geometria (Euclides), por outro lado, não soubesse (ou não gostaria) de avançar em conhecimentos técnicos aplicáveis ao campo econômico-trabalhista. Já vimos como a cidadania era o escopo da de alguns aristocratas da civilização helênica. Hannah Arendt (1906-1975) sinalava que os gregos distinguiam entre os escravos, os inimigos vencidos (dmôes ou douloi) que estavam encarregados do trabalho doméstico, e os demiourgoi, homens livres para se deslocarem do domínio privado para o público. Somente depois do século V, sinala Arendt, a pólis começou a classificar as ocupações de acordo com os esforços que eles exigiam. Nisso, Aristóteles (384-322 a.C.) teve que desempenhar um papel preponderante que colocou aqueles cujo “corpo está mais deformado” na faixa mais baixa. Ele não admitiria, portanto, aos estrangeiros (os escravos), nem tampouco aos banausoi, antes dos demiourgoi, trabalhadores e artesãos que deviam resignar-se ao mundo dos “oikos”. Estes, não só estavam submetidos à necessidade como eram incapazes de ser livres, mas também incapazes de governar a parte “animal” do seu ser (República, 590). Serão eles, não obstante, aqueles que permitem o florescimento da chamada democracia helênica, pois, quem senão os trabalhadores (escravos ou artesãos) poderia manter com seu esforço o ócio e a contemplação dos “homens livres”, cidadãos do mundo? Como foi supracitado, será Aristóteles quem delimitará ainda mais os direitos de cidadania. Sua cidade ideal, como em Platão, diferenciaria os governantes dos governados. O primeiro, constituído pela classe militar, estadistas, magistrados e sacerdócio. O segundo, pelos agricultores, artesãos e os camponeses. Com os comerciantes há uma certa ambivalência: embora ele considerava uma ocupação antinatural, estava disposto a admiti-los até certo ponto em sua cidade ideal, cuja base seguiria sendo a escravidão. Em sua Política, ele explana: A cidade mais perfeita não fará do trabalhador manual (artesão) um cidadão. Caso o admitir como tal, a definição de virtude cívica [...] não alcança todos os cidadãos, nem apenas os homens livres, mas só os que estão isentos de trabalhos indispensáveis à sobrevivência. Destes, os que estão a serviço de um só indivíduo, são escravos; os que servem a comunidade, são trabalhadores manuais (artesãos) ou trabalhadores não qualificados (ARISTÓTELES, 1998. p. 203). Tampouco compreenderá os agricultores como reivindicava Platão: “Tampouco deverão ser agricultores os futuros cidadãos, pois para a formação de sua virtude e para a atividade política, o ócio é necessário”. Essa prolifera discussão ocorreu em uma civilização onde começaram a surgir as primeiras mudanças produtivas derivadas do crescimento econômico feito do descobrimento do ferro, e sua posterior divisão do trabalho, onde florescem os grupos de comerciantes e a aristocracia proprietária de terras começa a dominar. Os pensadores da época, mais aliados a estes últimos, contrariavam os princípios da acumulação comercial. Em sua Política, Aristóteles aconselha os cidadãos a absterem-se de qualquer profissão mecânica e de toda especulação mercantil. O primeiro, porque limita intelectualmente, e o segundo, porque degrada o ético. Somente o ócio (scholé), para esses pensadores, permite a virtuosidade e a capacidade de julgar. A Koinonia politiké (comunidade dos homens livres) era típica daqueles que não precisavam de trabalho, relegando a população trabalhadora ao mero âmbito da reprodução material (chrematistiké), o que só era possível em um contexto de alta divisão do trabalho onde um grupo minoritário (oligarquia) vivia à custa do trabalho da maioria (muitos deles escravos). O termo “ócio” provém de “scholé”, entendido entre os gregos como tempo para si mesmo, para a contemplação (sjolé) e, portanto, para a formação (scholé = escola). Desse ponto de vista, o ócio para os gregos é um fim em si mesmo. Entre os romanos, no entanto, adquire outra conotação. Em latim octium, designa o campo contraposto ao neo-octium (negócio), ou seja, é o tempo de descanso que permite dedicar-se ao negócio. Tal visão sobre o trabalho e o ócio, respectivamente, não foi, no entanto, como supracitado no início, unanimemente desenvolvida em toda a história da civilização helênica. Os textos de Homero(4) (séculos IX e VIII a.C.) são mais reservados a respeito, mas acima de tudo, na Grécia antiga encontramos autores como Hesíodo (século VIII), que postulavam outras teses. Para o autor de “Os trabalhos e os dias”, o trabalho se constituía em um justo e necessário castigo que Zeus impôs aos homens pelo pecado de Prometeu. Note a similitude com a crença bíblica que veremos adiante. Hesíodo explana: Lembre-se sempre do meu conselho e trabalhe [...] os deuses e os homens se indignam com quem ocioso vive, semelhante em caráter aos zangões sem ferrão, que consomem o esforço das abelhas [...] O trabalho não é nenhuma desonra; desonra é não trabalhar (HESÍODO, 2012. p. 93 e 95). Também entre alguns sofistas (aqueles que vendiam sua sabedoria a quem gostaria de comprá-la), como Protágoras (século V a.C.), “o primeiro e o maior deles”(5), coloca o estudo e a arte (técnica) na mesma faixa, e Antifonte (século V a.C.) disse: “[...] e as honras e preços, e toda a espécie de encorajamento que Deus incumbiu aos homens, devem necessariamente resultar de fadiga e suor”. Como conviveu a cultura grega com essas noções tão diferentes? Tenho a ideia, juntamente com Hopenhayn, que o desprezo dos pensadores gregos pelo manual foi causado pela violência dos guerreiros e dos aristocratas de plantão, que impuseram aos seja derrotados o jugo. Do trabalho árduo e difícil. Porque a aristocracia queria trabalhar nessas condições? A própria divisão do trabalho em si possibilitou o crescimento da civilização helênica, estava gerando diferentes classes com visões distintas sobre o trabalho. Por outro lado, surgiram os camponeses pobres, os derrotados e aqueles que tinham que viver do trabalho artesanal. Essas pessoas, na maioria das vezes isoladas do mundo da “polis”, gerariam suas próprias leituras dos acontecimentos, seus próprios espaços para o desenvolvimento cultural, inclusive sua própria religião, distante daquela imposta pela visão aristocrática, olímpica, contemplativa e estética dos “homens livres”. -/- 2. A VISÃO DOS CALDEUS ACERCA DO TRABALHO -/- A leitura de outros povos e civilizações sobre este tema tem sido diferente. Entre os caldeus, por exemplo, a visão pejorativa analisada entre os gregos não é registrada. Nas escrituras sagradas da religião de Zaratustra (o Avesta), lemos: “É um santo aquele que constrói uma casa, na qual mantém o fogo, o gado, sua mulher, seus filhos, os bons párias. Aquele que faz a terra produzir trigo, que cultiva os frutos do campo, cultiva corretamente a pureza” (HOPENHAYN, 1988. p. 35). Para os caldeus, como se pode observar, o trabalho implica, de uma posição diametralmente oposta à helênica, uma contribuição na ordem econômica, mas também na espiritual. Trabalhar não é só “cultivar o trigo” (dimensão das necessidades fisiológicas), mas também “cultivar a pureza”, dimensão esta, relacionada com a satisfação das necessidades espirituais. Por que apreciamos uma diferença tão acentuada entre essas culturas? Provavelmente, os diferentes graus de desenvolvimento dos povos levaram a isso. Enquanto entre os gregos primava uma divisão do trabalho, onde alguns tinham o status de “homens livres” dedicados à contemplação e ao ócio, outros não tinham escolha a não ser trabalhar, em uma situação de domínio em relação às naturezas daqueles que o empregaram. Esse não foi o caso dos caldeus, que possuía um escasso dividido trabalho, em que a todos se correspondia uma atividade laboriosa. -/- 3. A VISÃO DOS HEBREUS SOBRE O TRABALHO -/- No meio do caminho entre os caldeus e os gregos, encontramos a avaliação do trabalho feita pelos hebreus, dessa vez, tingindo de ambivalências. Tal como ponderava Hesíodo entre os gregos, para os hebreus, o trabalho se constituía de um mal necessário; em um meio para expiar os pecados; dessa vez não de Prometeu, mas de Adão e Eva. Vamos ver, no entanto, alguns aspectos mais complexos. A primeira coisa a se notar da perspectiva hebraica (compartilhada com o cristianismo) é o que se resulta da leitura do livro de Gênesis, aquela história poética e cheia de imagens para elucidar facilmente a origem da criação. Lá se estabelece a ideia de um deus criador-trabalhador: “No princípio Deus criou o céu e a terra [...] No sétimo dia Deus já havia concluído a obra que realizara, e nesse dia descansou [...] de toda a obra que realizara na criação”.(7) Esse Deus como primeira causa (São Tomás de Aquino (1225-1274)) denota laboriosidade seu correspondente descanso, um binômio que será fundamental para compreender a evolução do direito do trabalho e do direito ao descanso semanal contemporâneo. Digamos, em segundo lugar, que o Senhor Deus providenciou o trabalho no Éden: “O Senhor Deus colocou o homem no jardim do Éden para cuidar dele e cultivá-lo”.(8) Portanto, não é certa a ideia de que o trabalho é o resultado do pecado: ao contrário, é um trabalho árduo aquele que deriva do pecado segundo a tradição hebraico-cristã. Antes, na ausência do pecado, havia uma espécie de bom trabalho. Foi o pecado original, que levou Deus a condenar Adão e Eva, e por isso a toda a humanidade, a “ganhar o pão com o suor da sua testa”. “Por isso o Senhor Deus o mandou embora do jardim do Éden para cultivar o solo do qual fora tirado”. (9) O Talmude diz: “Se o homem não encontra seu alimento como animais e pássaros, precisa ganhá-los, isso se deve ao pecado”. Essa sentença, de caráter histórico, promove a ideia de trabalho como meio para expiar o pecado original, mas também como meio para produzir; isto é, legitimando a mudança inerente a todo trabalho e, portanto, legitimando também aquela vontade transformadora que caracterizou desde sempre os povos hebreus.(10) Agora, ao contrário dos caldeus, para os hebreus da antiguidade, o trabalho nunca teve um fim ético em si mesmo, mas foi constituído apenas como um meio. Essa visão esteve sempre presente, e caracteriza muito claramente a concepção que muitos integrantes de nossas sociedades contemporâneas possuem sobre o trabalho, além da religião de cada um. -/- 4. OS ROMANOS E O TRABALHO -/- Os romanos, por sua vez, deram uma importante contribuição para o desenvolvimento do conceito de trabalho. Se bem que, a grosso modo, não houvesse grandes diferenças com o pensamento dos gregos, com quem eles tinham em comum, além disso, uma maior divisão do trabalho fruto do desenvolvimento econômico e o uso massivo de mão de obra escrava(11); a maior contribuição do ponto de vista de sua originalidade histórica estava presente na tradição jurídica que inauguraria o Império Romano. O maior impacto por meios jurídicos e não filosóficos é explicado pelo fato de que os romanos, ao contrário dos gregos, não conseguiram “inspirar” a produção de grandes pensadores sociais. Com efeito, para os romanos, como o escravo não era considerado uma pessoa, o viam-no desprovido de personalidade jurídica. Isso conduziu a negação da relação de trabalho entre a pessoa encarregada de um trabalho manual (escravo) e seu dono. Tal relação correspondia, acima de tudo, ao direito de propriedade que os juristas romanos haviam garantido quase sem limites para seus cidadãos. O problema, como aponta Hopenhayn, surgiu quando o proprietário não ocupa seu escravo, mas aluga-o para terceiros. Surge assim a figura do arrendamento de serviços, que deriva do arrendamento das coisas. Porém, como na realidade o que se alugava era a força de trabalho, a qualidade jurídica desloca-se para a atividade realizada pelo escravo. Dessa forma, a atividade do trabalhador, primeiro do escravo, posteriormente do homem livre, começa a ser tratada como uma coisa, e se converte em antecedente do arrendamento de serviços do Direito Civil moderno. Ademais, na tradição romana, o trabalho manual estava desprestigiado. Cícero (106-43 a.C.) em De Officiis, estabeleceu com fria claridade “ipsa merces est auctoramentum servitius”(12) (todo trabalho assalariado é trabalho escravo). A vida era difícil para esses trabalhadores: nos territórios sob domínio romano, Augusto (63-14 a.C.) tinha imposto um tributo à todos os homens que exerciam algum tipo de trabalho manual, além do imposto à residência, às valas e outros mais particulares como o imposto para a detenção de porcos. Certamente, aqueles que levaram a pior parte no tempo da Roma Imperial foram os escravos (servi) sob domínio e propriedade de seus donos (domini). Me seus tempos de auge, a demanda de escravos em Roma era de 500.000 ao ano. Se compararmos com os 60.000 escravos negros trazidos a América nos anos de maior tráfico, teremos uma ideia mais ou menos exata da magnitude desse triste fenômeno. -/- 5. O CRISTIANISMO E O TRABALHO -/- As mensagens do cristianismo primitivo, são inseridas logo, nesse tempo histórico, onde Roma se tornava o centro das maiores mobilizações de rebeldia da antiguidade. Isaías, nesse sentido, proclamaria que o Messias viria: “[...] a pregar boas novas aos abatidos, a vendar aos quebrantados de coração, a publicar liberdade aos cativos, e aos presos a abertura do cárcere”.(13) Jesus, efetivamente, incluiu em sua missão, mensagens de libertação aos pobres e oprimidos. Porém, ao contrário do supracitado, como bem sinala Eric Roll (1907-2005), dos antigos profetas hebreus, não o faria saudando as comunidades tribais com seu espírito de grupo; mas animado por uma mensagem mais universal e permanente, proclamando uma mudança mais completa e integral na conduta do homem em sociedade, onde os valores de justiça e amor se colocariam em um primeiro plano. Evidentemente, a mensagem do cristianismo primitivo, e mais concretamente de Cristo, distava muito dos filósofos gregos. Deixemos que Roll explique: Temos visto que as doutrinas econômicas de Platão e, em certa medida, de Aristóteles, nasciam da aversão aristocrática ao desenvolvimento do comercialismo e da democracia. Seus ataques contra os males que acarreta o afã de acumular as riquezas são reacionárias: olham para trás, e o de Cristo olha para frente, pois exige uma mudança total, mas relações humanas. Aqueles sonhavam com um estado ideal destinado a proporcionar a “boa vida” para os cidadãos livres unicamente e cujas fronteiras eram as da cidade-estado daquele tempo; Cristo pretendeu falar por todos e para todos os homens. Platão e Aristóteles haviam justificado a escravidão; os ensinamentos de Cristo sobre a fraternidade entre todos os homens e o amor universal eram incompatíveis com a ideia da escravidão, apesar das opiniões expostas depois por São Tomás de Aquino. Os filósofos gregos, interessados somente pelos cidadãos, sustentaram opiniões muito rígidas sobre a diferente dignidade das classes de trabalho, e consideravam as ocupações servis, com exceção da agricultura, como próprias apenas para os escravos. Cristo, ao dirigir-se aos trabalhadores de seu tempo, proclamou pela primeira vez a dignidade de todas as classes de trabalho, assim materiais como espirituais (1942. p. 42 – Tradução própria). Não pode escapar desse estudo, o fato de que o próprio Jesus Cristo herdou o ofício de carpinteiro de seu “Pai” José; e que escolheu seus discípulos entre os pescadores e artesãos da região. Essa visão primitiva do cristianismo, no entanto, deve ser analisada no quadro das escrituras sagradas do Antigo Testamento que compartilha com a cultura (e obviamente a religião) hebraica. Nesse sentido, o trabalho não deixa de ser um meio, descartando-se como um fim em si mesmo. Mas, agora atribuindo-lhe um novo valor, sempre em tento um meio para um fim virtuoso: o trabalho será fundamental para permitir a satisfação das necessidades de cada um, mas também seus frutos, deverão ser inseridos em uma dimensão comunitária, onde o “próximo” necessitado esperará a contribuição fraterna e solidária do cristão. O trabalho, nessa perspectiva, não só possibilita o “tomar”, mas também o “dar”. Em relação a dupla perspectiva, é onde podemos entender a crítica do cristianismo a acumulação da riqueza. Como aponta o evangelista Mateus, “acumular o tesouro no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consomem, e onde os ladrões não perfuram nem roubam. Onde está o seu tesouro está seu coração”. (14) Com São Paulo se incorpora um novo componente valioso: a obrigatoriedade moral do trabalho. Em sua carta aos Tessalonicenses dita claramente “ao que não trabalha que não coma”. Diz São Paulo: Vocês sabem em que forma têm que nos imitar: nós trabalhamos enquanto estivemos entre vocês, não pedimos a ninguém um pão que não teríamos ganhado, senão que, de noite e dia, trabalhamos duramente até nos cansarmos, para não ser carga para nenhum de vocês [...] Além disso, quando estávamos com vocês lhes demos está regra: se alguém não quiser trabalhar, não coma. Mas agora ouvimos que há entre vocês alguns que vivem sem nenhuma disciplina e não fazem nada, muito ocupados em meter-se em tudo. A estes lhes mandamos e lhes rogamos, por Cristo Jesus, nosso Senhor, que trabalhem tranquilos para ganhar a vida (II Tes. 3:10). Essa frase, entendida somente no contexto de uma sociedade donde não existia um conceito de desemprego tal como entendemos atualmente, é curiosamente reproduzida pelo modelo soviético em pleno século XX. Com efeito, a Constituição da União Soviética estabeleceu em seu Artigo 12: “O trabalho é, na Rússia, uma questão de dever e de honra para todo cidadão fisicamente capaz. Essa obrigação é baseada no princípio: “quem não trabalha não come”. (15)(16) Para São Paulo, o trabalho deve ser o meio para ganhar a vida. Ele quis ser exemplo e enquanto pregava continuava trabalhando, presumivelmente como tecelão de tendas. A obrigatoriedade moral se aplica na medida em que a pessoa está em condições de o fazer. Para os incapacitados a fazê-lo (idosos, crianças, deficientes, doentes, acidentados etc.) existia a obrigatoriedade do socorro segundo a máxima do amor (ágape) ao próximo. Essas sentenças morais têm hoje em dia uma importante quota de explicação para com as contemporâneas políticas sociais. -/- 6. O TRABALHO NA IDADE MÉDIA -/- A Idade Média, período que ocupa desde o crepúsculo do Império Romano do Ocidente no século V pelos bárbaros, até o século XV, com a queda de Constantinopla, evidentemente mostra um conjunto importante de escolas e pensadores que marcaram pautas importantes para discernir o valor do trabalho nas diferentes culturas. A organização econômica mais visível nestes mil anos, onde operou o trabalho, consistia em extensões grandes de latifúndios errados do Império Romano (o sistema econômico denominado feudalismo), onde (mediante a falta de escravos) recorreu-se à mão de obra camponesa para o trabalho. O sistema, implicava o arrendamento de parte dessas terras a ex-escravos ou homens livres, em troca de uma renda em dinheiro e espécies, além do cultivo das próprias terras senhoriais. Por certo, a figura do servo não distava muito da do escravo se tivermos em conta as condições de funcionamento do contrato de trabalho. O comércio também teve seu lugar no sistema feudal, o mesmo adquiriu grande importância em certas regiões ou lugares, à exemplo de Constantinopla. A atividade econômica seguia seu rumo na história, e depois dos séculos IX e X, o crescimento das forças produtivas deu lugar a uma maior acumulação por parte de componentes e artesãos e, por certo, a uma maior apropriação de excedentes por parte do Senhor feudal. Essa situação foi ativante para a construção dos primeiros Burgos ou cidades, onde o comércio e a indústria artesanal teriam um marco mais adequado para o seu desenvolvimento. Essa é a etapa do nascimento dos primeiros grêmios corporativos (17). Então para o século XII, a estrutura feudal começa a desmoronar porque a produção de determinados bens começa a ser mais eficiente em cidades e não no feudo. O dinheiro, então, passou a ganhar maior peso que a terra, o que obriga os senhores feudais a aumentar seus rendimentos. Isso leva a um empobrecimento lógico dos camponeses, o que não dura muito, porque na primeira metade do século XIV, a maior parte dos servos alcança sua liberdade. Por sua vez, nessa apertada síntese da história econômica da Idade Média, devemos assinalar que pelo século XIV, e depois das Cruzadas e o posterior desenvolvimento do comércio internacional entre os impérios arábico e bizantino, inaugura-se uma etapa pré-capitalista que durará três séculos. É lá que se levanta mais energética a voz de alguns homens da Igreja contra a tendência à exaltação da riqueza já começava a avivar-se na Europa. São Tomás de Aquino, nesse sentido, não considerará ao comércio pré-capitalista bom ou natural. No entanto, ele o julgava inevitável uma vez que era o meio ao qual o comerciante tinha que manter a sua família. Dessa forma, os lucros do comércio não era outra coisa senão o fruto do trabalho. Se tratava, então, de colocar o acento na justiça da mudança efetuada, para o qual Aquino recorre a Aristóteles, cuja análise sobre o valor de mudança é figurado no seu estudo da Justiça. Muitos padres da Igreja, desde então, pretenderam formular um conceito de “preço justo”. Nesse sentido, o Cristianismo apresenta uma evolução do seu pensamento sobre o comércio que partia de uma visão absolutamente contrária ao começo da Idade Média (Santo Agostinho (354-430), São Jerônimo (347-420) etc.), a outra mais transacionável, que acompanhou, sobretudo, o pensamento de Aquino. Algo similar ocorreu com outro dos “preceitos” da Igreja em matéria econômica: a usura. Esta era considerada pela igreja como a melhor forma de obter lucro. O mesmo evangelista Lucas (século I d.C.) foi categórico ao rejeitar essa linha de operações. A lei hebraica também fez isso, e podemos encontrar no livro do Êxodo (22,25) tal proibição a respeito. Mais atrás no tempo, há antecedentes de condenação à usura entre os hindus (Rigveda, cerca de 1500 a.C.) e budistas (século VI d.C.), além do Islã mais próximo do nosso tempo (século VI d.C.). Ao princípio da Idade Média, como testemunha Roll, a proibição somente alcançava a Igreja, já que o escasso desenvolvimento mercantil não merecia outra coisa. No final da Idade Média, no entanto, que a situação é outra; e a prática secular foi orientada no sentido de promover o empréstimo de dinheiro cobrando por isso um juro. Alarmada ante esses fatos, a Igreja condena mais uma vez a usura no Terceiro Concílio de Latrão de 1179. No mesmo escreveu e ensinou São Tomé (século I d.C.) e outros discípulos da Igreja. No entanto, as práticas econômicas foram minando a autoridade eclesial e está terminou, através de sucessivas etapas, por aceitar, em certas condições e sob certas circunstâncias, a cobrança de juros sobre a concessão de um empréstimo. Em tal sentido, um dos autores mais representativos só início da Idade Média foi Santo Agostinho. Foi este um dos pilares, em seu tempo, das noções “anticapitalistas” que foram seguidas e complementadas por homens do tamanho de São João (347-407), São Ambrósio (340-397), São Clemente (150-215), São Cipriano (200-258) entre outros. (18) Santo Agostinho valoriza o trabalho recordando em tal sentido a São Paulo, a que cita com muita frequência em seus textos. Segundo o Bispo de Hipona, todo trabalho manual é bom pelas razões dadas pelo cristianismo primitivo. Concilia, além disso, seu dualismo platônico, ao sustentar que enquanto o homem trabalha tem a alma livre, de modo que é perfeitamente compatível pensar em Deus ao mesmo tempo em que se trabalha. Essa particular sintonia entre o trabalho e a oração foi perfeitamente posta a prova pelos monges beneditinos, cujo lema “Ora Et Labora” (orar e trabalhar) é paradigmático. “Trabalha e não desesperes” dizia seu fundador, São Bento de Núrsia (480-547), de seus monastérios distribuídos em um primeiro momento a Subiaco, no início do século VI. Também corresponde a São Bento uma sentença que perdura até o dia de hoje no imaginário moral sobre o trabalho: “Otiositas inimica est animae” (a ociosidade é inimiga da alma), tal qual diz uma expressão popular castelhana: “el ocio es la madre de todos los vicios” (o ócio é a mãe de todos os vícios). Tomás de Aquino, alguns séculos depois, continua a reflexão sobre o trabalho e estabelece uma hierarquia de profissões, onde localiza o trabalho agrícola e artesanal acima do comercial. Uma quota de originalidade na história do pensamento sobre o trabalho consistiu em considerá-lo como uma obrigação somente se necessário para subsistir; ou dito de outra maneira: quem não tem necessidade de trabalhar não tem que fazê-lo. Isso sim, à falta de trabalho, devia dedicar-se à oração e contemplação divina, atividades por certo mais elevadas para o autor da Suma Teológica. Logo, considerará que Deus é a causa primária, a que tudo deve a sua existência; por derivação, o homem é causa segunda, procurando atreves do trabalho “criar” em suas dimensões humanas. “Entre todas as formas com que a criatura humana tenta realizar a semelhança divina, não há outra de relevo mais destacado que a de trabalhar, isto é, ser em o mundo causa novos efeitos”, disse o Santo. (19) Aquino, além disso, utilizando categorias platônicas, hierarquiza o trabalho, considerando o intelectual acima do manual. Chama “artes servis” a estes últimos, enquanto que o trabalho intelectual corresponde ao conjunto das “artes liberais”, dignas de maior remuneração ao fazer uso da inteligência. Esta distinção própria da Escolástica, dá lugar à divisão clássica entre as 7 artes liberais: o Trívium (gramática, retórica e dialética) e quadrivium (astronomia, geometria, aritmética e música). Outras contribuições de São Aquino têm a ver com sua posição diante do trabalho agrícola ao qual o considera como o melhor meio para assegurar a subsistência de um povo; a maior importância dada à vida contemplativa sobre a ativa, embora considerando a primeira como “laboriosa”; sua posição sobre a escravidão, que não considerava como natural, no entanto, entendê-la “útil”(20); e sua interpretação sobre o contrato de trabalho: neste, o operário não vende a si mesmo, nem seu corpo, nem sua inteligência, nem sequer sua faculdade de trabalho. Isso significa que o Direito Natural proíbe considerar o trabalho como um objeto de mudança. Propõe, em vez disso, considerar o contrato como um arrendamento de serviço. Em termos gerais, a valorização que sobre o trabalho se realiza na Idade Média, rebaixando ao trabalho manual em relação a outras tarefas, fica explícita na divisão tripartida que recorre, entre outros, Adalberão Bispo de Laon (947-1030): “Triplex Dei ergo domus est quae Creditor uma nunca oran, alii pugnat, Aliique laborant” (ternária é a casa do Senhor e não uma: aqui sobre a terra uns oram, outros lutam e outros trabalham). Não gostaria de deixar passar por alto, finalmente, entre os movimentos originados na Idade Média, a contribuição que sobre o tema do trabalho teve a ordem franciscana. Essa, contra o que muitos podem crer, é uma ordem não mendicante no sentido estrito, mas sim trabalhadora e de pobreza. São Francisco de Assis (1181/82-1226), no final do século XII, marcaria como ninguém dentro do cristianismo, uma vida ascética baseada no trabalho e na pobreza. Inclui, além disso, um elemento pela primeira vez descoberto na cultura europeia: o sentido da alegria que acompanha o trabalho. “Essa condição de 'suor de sua testa' com 'a alegria de seu coração' outorga ao trabalho uma condição diferenciada”. Avançando então na história da humanidade, entramos na época moderna, caracterizada por cinco grandes eventos: -/- 1. A decadência do poder moral da Igreja e o enfraquecimento de seu poder econômico frente ao da crescente burguesia; -/- 2. O renascimento intelectual e artístico; -/- 3. As viagens paras as índias e a descoberta da América; -/- 4. A formação e a constituição dos Estados-nação; -/- 5. As reformas religiosas de Lutero (1483-1546) e Calvino (1509-1564). -/- Nesse contexto, os séculos XV e XVI mostraram como o mercantilismo ia avançando apesar dos esforços de alguns pensadores da Igreja que eventualmente perderam o pulso diante do desenrolar dos acontecimentos. Sucessivas encíclicas papais terminaram por legitimar o interesse nos empréstimos e, por meio desta, levou-se a maior acumulação de riquezas por parte dos banqueiros. Esse foi o meio ideal para o desenvolvimento da atividade do mercador, para quem, o trabalho passou a ser considerado um meio para obter sucesso. Ao dinamizar-se a atividade econômica e mercantil, a visão humanista do trabalho começa a perder valor, realçando-se ao mesmo como um simples meio para fins de enriquecimento. Talvez a exceção a essa noção estendida entre os novos atores tenha sido a proporcionada pelo humanismo renascentista. Para Campanella (1568-1639), por exemplo, sua “Cidade solar”, não existe o divórcio entre trabalho manual e intelectual, isso quando o segundo começa a ser supervalorizado por sua ação no plano das invenções e das novas técnicas.(22) Na mesma linha se situa Thomas More (1478-1535), o autor de “Utopia”, outra reação do cristianismo às projeções que estava adquirindo o cada vez mais influente mercantilismo. Embora o trabalho não seja considerado como um mau, pelo contrário, apresenta características humanizadoras, é sugestivo comprovar como em Utopia a jornada do trabalho não supera as seis horas diárias e na Cidade solar não se devia trabalhar mais que quatro horas. Indubitavelmente, essas versões de sociedades ideais terminariam por impactar sobre maneira a constituição das Missões Jesuítas na América do Sul; e as Franciscanas na Baixa Califórnia. É o Renascimento, o lugar propício, além disso, para renovar o conceito da virtuosidade, agora traduzida na figura do empresário ou financista audacioso e empreendedor. Essa linha foi reforçada logo por Calvino, para quem os negócios são um bom serviço a Deus, e a riqueza não é mais que um fruto de uma vida dedicada ao trabalho desde uma perspectiva ética que analisarei com Weber mais tarde, mas que confere ao trabalho a particularidade de ser um caminho para o sucesso. Esse puritanismo impulsionou sobremaneira a versão do “homo economicus” que mais tarde, em pleno auge do capitalismo pós-industrial, ao qual, segundo Daniel Bell (1919-2011), fora substituído pelos valores hedonistas. -/- REFERENCIAL TEÓRICO AGOSTINHO. Cidade de Deus: contra os pagãos. Trad. O. P. Leme. 2ª ed. Bragança Paulista: Editora Universitária, 2008. (Col. Pensamento humano). _____________. O livre-arbítrio. Trad. N. A. Oliveira. 1ª ed. São Paulo: Paulus, 1995. AQUINO, T. de. Suma Teológica. 2ª ed. São Paulo: Loyola, 2001. ARENDT, H. A condição humana. Trad. Roberto Raposo. Posfácio de Celso Lafer. 10ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007. ARISTÓTELES. Política. Trad. A. C. Amaral e Carlos Gomes. 1ª ed. Lisboa: Vega, 1998. ARVON, H. A filosofia do trabalho. Trad. João Carlos Cunha. 1ª ed. Lisboa: Socicultur, 1961. AUGUSTI, J. C. W. Corpus Librorum symbolicorum. 1ª ed. Elberfeldi, 1827. BAVA, A. C. Introdução a sociologia do trabalho. 1ª ed. São Paulo: Ática, 1990. BÍBLIA SAGRADA. Trad. J. F. Almeida. Rio de Janeiro: King Cross, 2008. BOMENY, H. et al. Tempos modernos, tempos de sociologia. 2ª ed. São Paulo: Editora do Brasil, 2013. CAMUS, A. O mito de Sísifo. In: FALABRETTI, E.; OLIVEIRA, J. Filosofia: o livro das perguntas. 1ª ed. Curitiba: IESDE, 2011. ELDERS, L. J. O Pensamento de Santo Tomás de Aquino sobre o Trabalho. Trad. D. N. Pêcego. Aquinat, n° 9, (2009), 2-12. ISBN 1808-5733. FOSSIER, R. O trabalho na Idade Média. Trad. Marcelo Barreiro. 1ª ed. Petrópolis: Vozes, 2019. FRIEDMANN, G.; NAVILLE, P. Tratado de Sociologia do Trabalho. 1ª ed. São Paulo: Cultrix, 1973. HERZOG, J. S. Historia del pensamiento económico-social: de la antigüedad al siglo XVI. 4ª ed. México: FCE, 1939. HOPENHAYN, M. El Trabajo, itinerario de um concepto. 1ª ed. Santiago: PET, 1988. _________________. Repensar el trabajo – Historia, profusión y perspectivas de un concepto. 1ª ed. Buenos Aires: Norma, 2001. LUDWIG, E. Stalin. 1ª ed. Rio de Janeiro: Calvino, 1943. MACHADO, I. J. de R.; AMORIM, H. J. D.; BARROS, C. R. de. Sociologia hoje. 1ª ed. São Paulo: Ática, 2013. MERCURE, D.; SPURK, J. (Orgs.). O Trabalho na história do pensamento Ocidental. Petrópolis: Vozes, 2005. NOGUERA, J. A. El concepto de trabajo y la teoría social crítica. Barcelona: Papers, 2002. O'CONNOR, D. J. Historia crítica de la filosofía occidental. Tomo I – La filosofía en la antigüidad. 1ª ed. Buenos Aires: Paidós, 1967. OLIVEIRA, P. S. de. Introdução a sociologia. 24ª ed. São Paulo: Ática, 2001. PLATÃO. A República. 2ª ed. São Paulo: Martin Claret, 2000. (Col. A obra-prima de cada autor). _______. Político. Trad. J. C. de Souza, J. Paleikat e J. C. Costa. 2ª ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983. (Col. Os Pensadores). ROLL, E. Historia de las doctrinas económicas. 1ª ed. México: FCE, 1942. SIMÓN, Y. R. Work, society and culture. 1ª ed. Nova Iorque: Fordham University Press, 1971. SILVA, A. et al. Sociologia em movimento. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 2016. THE ZONDERVAN CORPORATION (Ed.). A História – a bíblia contada como uma só história do começo ao fim. Trad. Fabiano Morais. 1ª ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2012. (shrink)
César Ernesto Arenas Ulloa nació el 15 de septiembre de 1988 en Chiclayo (Lambayeque, Perú). Realizó estudios literarios en la Universidad Nacional Mayor de San Marcos, hasta obtener el grado de licenciado. En el 2012, obtuvo un reconocimiento académico por ocupar el primer puesto a nivel de toda la escuela de Literatura. En el 2018, presentó su tesis titulada Autonomía y especificidad de la obra dramática: una lectura semiológica de El sistema Solar de Mariana de Althaus. Asimismo, tiene intereses (...) en el teatro peruano, el psicoanálisis y la escritura. Ha sido docente de Lenguaje en diversas universidades privadas de Lima. Ha publicado en revistas indexadas, así como ha participado en congresos y proyectos financiados. Actualmente, vive y estudia en Italia. (shrink)
Dubljević and company’s proposed approach for incorporating a socio-political perspective into neuroethics has clear potential to help mitigate the effects of research ‘hype’ relating to neuroethics. Their approach serves as a social regulation meant to improve the realizability of neuroethics research. Drawing on Dubljević et al. s suggestion, we consider how incorporating a socio-political perspective in other scientific disciplines could help the scientific community as a whole move beyond the infamous ‘reproducibility crisis’ in science. The reproducibility crisis is a concern (...) in science stemming from the revelation that most scientific results are difficult, or impossible, to replicate (Frias-Navarro et al., 2020). By applying the four principles proposed by Dubljević et al., the scientific community can avoid many of the pitfalls that have led to the reproducibility crisis, such as the file drawer effect, a publication bias preventing negative results from being published, or the publish-or-perish culture - the pressure for scientists to publish highly influential papers in high impact journals in order to keep their funding (Rosenthal, 1979; Begley & Ioannidis, 2015). As such, we argue that, in its final form, this socio-political framework begs for true open science, wherein systematically sharing data would enable enlightened policymaking by showing a picture closer to the ground-level realities of scientific research. (shrink)
RELAÇÃO E EFEITOS BIOQUÍMICO-NUTRICIONAIS SOBRE OS CIOS OU ESTROS SILENCIOSOS EM VACAS E. I. C. da Silva Departamento de Agropecuária – IFPE Campus Belo Jardim Departamento de Zootecnia – UFRPE sede CIOS OU ESTROS SILENCIOSOS EM BOVINOS INTRODUÇÃO Um cio ou "estro silencioso" ocorre quando as mudanças ováricas são normais, mesmo com ovulação, mas não há comportamento estral. Isso não deve ser confundido com um estro não observado devido a falha na detecção do mesmo. A ocorrência do cio ou "estro (...) silencioso" é mais frequente durante o primeiro e segundo ciclo pós-parto (25 a 40 dias pós-parto). O acesso ao comportamento de atividade estral geralmente é gradual e ocorre em várias horas. Assim, a intensidade do estro e o padrão típico de comportamento em uma determinada vaca, variará do começo ao fim do mesmo. O conhecimento dessas mudanças graduais do estro servem como sinais e podem ser usados pelo produtor para indicar se uma vaca está manifestando o início ou a finalização do estro. (FRAZER, 2005; GORDON, 1996). O fracasso da detecção do estro é o problema mais sério e generalizado que afeta a eficácia do serviço nas vacas. Vários fatores de manejo contribuem para o fracasso no diagnóstico do estro, mas a incapacidade de reconhecer os sinais do estro é uma causa comum. A detecção do estro é necessária para um programa de inseminação das vacas leiteiras e é a chave do uso bem sucedido da inseminação artificial (AI) (THATCHER et al., 2006). As temperaturas ambientes quentes ou muito frias reduzem o comprimento dos períodos estrais em algumas vacas, e incrementam as dificuldades na detecção do estro. Quando a vaca manifesta o estro, exibe padrões de comportamento que são distintamente diferenciados do descanso do ciclo estral. Relaciona-se com o estro, o maior desenvolvimento folicular ovárico e a descarga reforçada de estrogênio. O estrogênio, hormônio sexual do ovário, atua na vaca causando a indução do comportamento estral. Cios/estros silenciosos podem ser difíceis de se manifestarem na vaca, uma vez que torna-se muito difícil não observar uma vaca, que mesmo tendo um cio silencioso, aceitando a monta ou montando em outras, o muco que escorre pela vulva, o comportamento de micção frequente, etc. Vários fatores podem ocasionar essa manifestação ociosa do cio, porém a mais relevante é a nutricional, em especial com a deficiência ou exagero de minerais essenciais e intimamente relacionados com a reprodução. 9.1 Minerais 9.1.1 Fósforo (P) Dentro das deficiências minerais, o baixo nível de fósforo afeta os mecanismos energéticos relacionados com as manifestações corporais do cio. Os hábitos de comportamento típico de montar e deixar-se montar, o evento de caminhadas errantes em busca de companheiros sexuais unido ao baixo consumo de alimento durante as horas de estro, leva a atentar que, sob condições de deficiência mineral de fósforo, o animal não mostre seu comportamento sexual esperado, já que outros processos fisiológicos, todos relacionados com as funções autônomas, devem ser favorecidos. Sempre enfatizando a prevenção por afecções relacionadas aos minerais que possuem relação direta com a fertilidade e reprodução dos bovinos, a suplementação do P pode ocorrer de diversas maneiras, dentre elas o fornecimento de 1,43 mg/kg de MS do mineral na dieta dos animais, tendo uma taxa percentual de 0,17 a 0,59% de P presente em kg/MS para todas as categorias animais, o que previne ou combaterá quaisquer anomalias que viera a acometer o rebanho. A administração dessa quantidade pode ocorrer em sistemas de fornecimento via SMI (suplementação mineral injetável), via água, forragens ou via ração. 9.1.2 Manganês (Mn) A maioria dos efeitos de deficiência do Mn deve-se à sua função na síntese de muco polissacarídeo, estes são imprescindíveis na matriz orgânica dos ossos e dos dentes. Outra função do Mn é a participação nos processos de oxido-redução, respiração tecidular, formação do osso, reprodução e funções endócrinas. Os bovinos que têm uma baixa ingestão de manganês nas suas dietas podem ter uma puberdade tardia, baixas porcentagens de gravidez, uma acentuada tendência aos abortos e bezerros fracos ao nascer. Como sempre falado, todos os minerais são essenciais para a manutenção e normalidade do corpo e dos mecanismos fisiológicos do mesmo, logo, como o Mn não é diferente, sua participação na dieta do animal deve obedecer os 40 mg/kg de MS e nunca superior a 1000 ppm, as concentrações desse mineral são mais abundantes em forragens e sua via de suplementação pode ser através da ração balanceada com todas as quantidades estabelecidas de macro e micro minerais ou através do sistema SMI. 9.1.3 Cobre (Cu) Outro mineral relacionado com o cio ou estro silencioso é o cobre. As vacas que consomem pastos deficientes em cobre podem apresentar uma infertilidade associada a cios atrasados ou suprimidos, falhas na nidificação, reabsorções embrionárias e transtornos na espermatogênese nos machos. Os bovinos que consomem pastagens contendo menos que 3 mg Cu/kg MS por dia apresentam sinais de deficiência. As desordens reprodutivas relacionadas com o cobre (Cu) podem estar relacionadas a uma deficiência, bem como a uma interferência na sua utilização. A disponibilidade desse elemento pode ser reduzida pelo excesso de outros, como exemplo o molibdênio, enxofre, ferro, cálcio, zinco e cádmio (QUIROZ-ROCHA & BOUDA, 2001; KINCAID, 1999). O Cu é um elemento primordial como outro qualquer, sendo assim, sua administração aos animais deve obedecer aos parâmetros estabelecidos por instituições de pesquisa agropecuária que ditam um fornecimento de Cu entre 10-18 mg/kg de MS para todas as categorias animais. A via de suplementação do cobre pode ser diversa, mas as mais aceitas são pelas forragens, pelo sistema SMI ou através do concentrado balanceado industrial. O excesso de Cu gera Mo, e a relação entre ambos não deve ser superior à 20. Por fim, em geral, cio/estro silencioso se apresentará em deficiências de energia pelos altos requerimentos desta durante o período do mesmo, e quando se apresentam os desequilíbrios eletrolíticos, uma vez que a homeostase básica faz com que os processos de regulação bioquímica sejam prioritários para o indivíduo, ainda sobrepondo suas necessidades reprodutivas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARRENHO, Gonçalo José Pinheiro. Nutrição e fertilidade em bovinos de leite. 2016. Dissertação de Mestrado. Universidade de Évora. BERCHIELLI, Telma Teresinha; PIRES, Alexandre Vaz; OLIVEIRA, SG de. Nutrição de ruminantes. Jaboticabal: funep, 2006. BINDARI, Yugal Raj et al. Effects of nutrition on reproduction-A review. Adv. Appl. Sci. Res, v. 4, n. 1, p. 421-429, 2013. BOLAND, M. P. Efectos nutricionales en la reproducción del ganado. XXXI Jornadas Uruguayas de Buiatría, 2003. DEHNING, R. Interrelaciones entre nutriión y fertilidad. In: Curso Manejo de la Fertilidad Bovina18-23 May 1987Medellín (Colombia). CICADEP, Bogotá (Colombia) Universidad de La Salle, Medellín (Colombia) Instituto Colombiano Agropecurio, Bogotá (Colombia) Sociedad Alemana de Cooperación Técnica-GTZ (Alemania), 1987. DE LUCA, Leonardo J. Nutrición y fertilidad en el ganado lechero. XXXVI Jornadas Uruguayas de Buiatría, 2008. DIAS, Juliano Cesar et al. Alguns aspectos da interação nutrição-reprodução em bovinos: energia, proteína, minerais e vitaminas. PUBVET, v. 4, p. Art. 738-743, 2010. FRAZER, Grant S. Bovine theriogenology. Veterinary Clinics: Food Animal Practice, v. 21, n. 2, p. xiii-xiv, 2005. FUCK, E. J.; MORAES, G. V.; SANTOS, G. T. Fatores nutricionais na reprodução das vacas leiteiras. I. Energia e proteína. Rev Bras Reprod Ani, v. 24, p. 147-161, 2000. GORDON, Ian. Controlled reproduction in farm animals series. Nova Iorque: CAB International, 1996. KINCAID, R. L. Assessment of trace mineral status of ruminants: A review. In: Proceedings of the American Society of Animal Science. 1999. p. 1-10. MAAS, John. Relationship between nutrition and reproduction in beef cattle. The Veterinary Clinics of North America. Food Animal Practice, v. 3, n. 3, p. 633-646, 1987. PASA, Camila. Relação reprodução animal e os minerais. Biodiversidade, v. 9, n. 1, 2011. QUIROZ-ROCHA, Gerardo F.; BOUDA, Jan. Fisiopatología de las deficiencias de cobre en rumiantes y su diagnóstico. Vet. Méx, v. 32, n. 4, p. 289, 2001. SARTORI, Roberto; GUARDIEIRO, Monique Mendes. Fatores nutricionais associados à reprodução da fêmea bovina. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 39, p. 422-432, 2010. SHORT, Robert E.; ADAMS, D. C. Nutritional and hormonal interrelationships in beef cattle reproduction. Canadian Journal of Animal Science, v. 68, n. 1, p. 29-39, 1988. THATCHER, W. W. et al. Strategies for improving fertility in the modern dairy cow. Theriogenology, v. 65, n. 1, p. 30-44, 2006. TEIXEIRA, J. C.; TEIXEIRA, LFAC. Alimentação de bovinos leiteiros. FAEPE, Lavras, 1997. TEIXEIRA, J. C. Nutrição de ruminantes. Lavras: FAEPE, 1992. (shrink)
Cuprins CONTUR Re-Introducere sau: Dincolo de „teoria şi practica” informării şi documentării – Spre o hermeneutică posibilă şi necesară Proiectul şi Programul PHILOBIBLON( în noua formulare) FOCUS Dana Stana, Omonimia şi paronimia în bibliologie Victoria Frâncu, Profesia de bibliotecar la graniţa dintre spaţiul bibliotecii şi ciberspaţiu Olimpia Curta, Laboratorul de informatică şi profesioniştii săi Ionel Enache, Fundamentele teoretice ale marketingului de bibliotecă Maria Petrescu, Bibliotecile digitale şi impactul lor asupra tinerilor Adriana Szekely, Liana Grigore, Bibliorev – în continuă schimbare István (...) Király V., Proiect în vederea Acreditării ISI al revistei PHILOBIBLON Valeria Salánki, Cultura organizaţională. Propunere de studiu asupra culturii organizaţionale – octombrie 2008 Marian Petcu, Originile faptului divers în presa română Tudor-George Pereverza Expresia bibliografică a Iconografiei eminesciene (Fotografie şi artă plastică, 1939-1989) Vlad A. Codrea, Gabriela-Rodica Morărescu, Forray Erzsébet, Catalogus Raritatum et Benefactorum, un manuscris reprezentativ din perioada de început a Muzeului de Ştiinţele Naturii din Aiud 4 Alin Mihai Gherman, Pornind de la o Bucoavnă necunoscută Roxana Bălăucă, Tipărituri franceze în colecţiile BCU „Lucian Blaga”: secolul al XVIII-lea Maria-Stela Constantinescu-Matiţa, Szabó Károly – bibliotecar, bibliograf şi istoric Roxana Bălăucă, Theodor Aman în Donaţia Sion Margareta Berchez, Îmbogăţirea colecţiilor Bibliotecii Universităţii de Ştiinţe Agricole şi Medicină Veterinară Cluj-Napoca prin schimbul de publicaţii de-a lungul timpului Ioana Rotund, O oază francofonă la Cluj Ilona Okos-Rigó, Biblioteca şi Grădina Botanică Clujeană Gabriela Pop, Institutul de Iudaistică şi Istorie Evreiască „Dr. Moshe Carmilly” şi Biblioteca de Studii Iudaice Mariana Falup, Împrumutul interbibliotecar intern şi internaţional şi livrarea de documente la B.C.U. Cluj-Napoca ORIZONTURI Doru Radosav, Viaţa ca alterego. Petrea Icoanei: travesti şi clandestinitate în mişcarea de rezistenţă anticomunistă Ionuţ Costea, Mitbiografia între propagandă şi memorie Gabriela Morărescu ;Vlad Codrea, Preocupări pentru cunoaşterea şi protecţia naturii în scrierile unui entuziast naturalist al secolului XIX: Basiliu Basiota Alin Mihai Gherman, Vechi lexic bibliotecăresc Raluca Betea, Influenţa artei Renaşterii asupra decoraţiei icoanelor din secolele XVI-XVIII din Transilvania şi Maramureş 5 Monica Mureşan, Căsătoria civilă ca aspect al modernizării societăţii transilvănene la sfârşitul secolului al XIX –lea. – Discurs oficial şi receptare socială reflectate în presa vremii Ancuţa-Lăcrimioara Chiş, Diferenţa şi discriminarea socio-politică a femeii Irina Petraş, Casa, locul vieţii (fragmente) Monica Mureşan Pentru o istorie a morţii în peisajul istoriografic românesc - prezentarea unor contribuţii colective recente: Religiozitate şi atitudini în faţa morţii în spaţiul transilvan din premodernitate până în secolul XX, coord. Mihaela Grancea, 2005 şi Discursuri despre moarte în Transilvania secolelor XVI-XX, coord Mihaela Grancea şi Ana Dumitran, 2006. REFLEXII Olimpia Curta, Reviste electronice. Baze şi perspective de Alice Keller – Recenzie Adrian Grănescu, Arhitectura Clinicilor Universitare din Cluj 1886-1903 Dorina Buia, Itinerar de suflet la Tăul Muced Raluca Soare, De la teoriile ataşamentului la tehnicile de intervenţie în psihoterapie. (Školka Enikő – Teorii explicative, Modele şi Tehnici de intervenţie în psihologie clinică şi psihoterapie) Sidonia Nedeianu Grama, Mitbiografia politică în istoria orală Raluca Soare, Opera bibliothecariorum 1990-2007 – Recenzie Ionuţ Costea, Kovács Mária, A kolozsvári „Lucian Blaga” Központi Egyetemi Könyvtár 19. századi magyar nyelvű kéziratainak katalógusa. Első kötet: történelmi és földrajzi kéziratok/ Catalogul manuscriselor maghiare din secolul al 19-lea din colecţiile Bibliotecii Centrale Universitare „Lucian Blaga” Volumul I: Manuscrise de istorie şi geografie, Editura Argonaut, Cluj-Napoca, 2007, 218 p. – Recenzie 6 Ana Maria Căpâlneanu, Lola Maria Petrescu – Biblioteca şi provocările secolului XXI, Cluj-Napoca: Risoprint, 2007 István Király V, Bibliografia ca instrument al clarificării de sine Kinga Tamás, Viorica Sâncrăian - un coleg şi un bibliotecar de excepţie În colecţia BIBLIOTHECA BIBLIOLOGICA au apărut Revista PHILOBIBLON – Volumele apărute. (shrink)
CUPRINS CONTUR Re-Introducere sau: Dincolo de „teoria şi practica” informării şi documentării – Spre o hermeneutică posibilă şi necesară ......................................................... 11 Desfăşurătorul întâlnirilor Atelierului Hermeneutica Bibliohtecaria (Philobiblon) .................................................................................................... ......... 21 FOCUS Noul Program al revistei şi Politica ei Editorială: PHILOBIBLON – Transylvanian Journal of Multidisciplinary Research in Humanities .............. 29 Raluca TRIFU, István KIRÁLY V., Consideraţii filosofice, epistemologice şi scientometrice legate de sensurile ştiinţei şi profesiei bibliotecare – Pentru situarea proiectului unei cercetări ............................................................ 31 Valeria SALÁNKI, Cultura organizaţională şi comunicarea în (...) bibliotecă - Studiu asupra culturii organizaţionale în Biblioteca Centrală Universitară „Lucian Blaga” din Cluj ........................................................................................ 44 Raluca TRIFU, István KIRÁLY V., Globalizare şi Individualizare, sau: Marketingul ca metaforă pentru reasumarea şi reconturarea sensurilor serviciilor de bibliotecă – O iniţiativă şi o experienţă românească .................114 Claudiu GAIU, Gabriel Naudé (1600-1653 ) – în slujba Puterii şi a Cărţii ..... 128 Alin Mihai GHERMAN, Timpul scrierii – Manuscrisele .................................... 140 Dana Maria MĂRCUŞ, Sărbătoarea cărţii. Percepţia societăţii româneşti interbelice asupra cărţii şi lecturii ...................................................................... 148 Orsolya ANTAL,Taine în jurul unei satire în spirit voltairian în limbă maghiară de la sfârşitul secolului al XVIII-lea .................................................................... 197 Kinga PAPP, Colligatul Ms 354 şi dramele pierdute ale lui József Mártonfi ....213 Gabriela RUS, Roxana BĂLĂUCĂ, Venceslav Melka în colecţia Bibliotecii Centrale Universitare „Lucian Blaga” Cluj-Napoca ........................................ 222 5 Hermeneutica Bibliothecaria – Antologie Philobiblon - Volumul V Nicolina HALGAŞ, Dimensiunea educativă a bibliotecii publice prin servicii de animaţie pentru copii ....................................................................................... 249 Tünde JANKÓ, Alina NEALCOŞ, Maria CRIŞAN, Mariana GROS, Carmen GOGA, Biblioteca Filială de Ştiinţe Economice - Tradiţional versus modern ................271 Adriana MAN SZÉKELY, Emil SALAMON, Colaborarea Bibliotecii Centrale Universitare „Lucian Blaga” din Cluj-Napoca cu Banca Mondială ............. 290 ORIZONTURI Aurel Teodor CODOBAN, Mass-media şi filosofia – Filosoful ca jurnalist, sau sinteza unei ideologii ostensive ............................................................................. 301 Marian PETCU, Şcoala de ziaristică de la Bucureşti (1951-1989) – Istorii recente .................................................................................................... .. 314 Marcel BODEA S., Timpul matematic în mecanica clasică – o perspectivă epistemologică...................................................................................... ................... 332 Florina ILIS, Fenomenul science fiction şi feţele timpului ................................ 354 Rodica FRENŢIU, Yasunari Kawabata şi nostalgia timpului fără timp ......... 373 Rodica TRANDAFIR, Timpul şi muzica .............................................................. 390 István KIRÁLY V., Întemeierea filosofiei şi ateismul la tânărul Heidegger - Prolegomene la o perspectivă existenţial-ontologică ......................................423 Elena CHIABURU, Consideraţii privitoare la vînzarea la Cochii Vechi şi mezat .................................................................................................... ............... 437 Vlad POPOVICI, Istoriografia medicală românească (1813-2008) .................463 Gheorghe VAIS, Remodelări urbane în Clujul perioadei dualiste (1867-1918)..... 481 Cristina VIDRUŢIU, Ciuma – profilul unei recurenţe istorice supusă unui transplant artistic .................................................................................................. 497 Anna Emese VINCZE, Iluziile pozitive din perspectiva psihologiei evoluţioniste .................................................................................................... 506 6 Hermeneutica Bibliothecaria – Antologie Philobiblon - Volumul V REFLEXII Florentina RĂCĂTĂIANU, Irina Petraş, Literatura română contemporană - O panoramă - Recenzie ...................................................................................... 527 Raluca TRIFU, Filosofia informaţiei si cibernetica – Recenzie ......................... 530 Iulia GRAD, Tematizări în eticile aplicate – perspective feministe (Mihaela Frunză) - Recenzie ................................................................................534 Adrian GRĂNESCU, Biblioteca lui Hitler, cărţile care i-au format personalitatea, de Timothy W. Ryback – Recenzie ............................................. 537 În colecţia BIBLIOTHECA BIBLIOLOGICA au apărut ..............................551 Revista PHILOBIBLON – Volumele apărute ......................................... 556. (shrink)
CUPRINS CONTUR Re-Introducere, sau: Dincolo de „teoria şi practica” informării şi documentării – Spre o hermeneutică necesară Viorica Sâncrăian Atelier Philobiblon FOCUS Gheroghe Vais Biblioteca Universităţii din Cluj, 1906-1909 Dénes Győrfi Gyalui Farkas – fost director adjunct al bibliotecii universităţii din Cluj Vladimir F. Wertsman Seria filatelică multiculturală Librariana Meda-Diana Hotea „O scriere chineză în cifre arabe” Carmen Crişan Utilizarea bazelor de date ştiinţifice abonate de Biblioteca Centrala Universitara Lucian Blaga în anul 2005 Gabriela Morărescu Anul 2005 – o nouă (...) abordare a bibliotecilor filiale Mariana Falup Realizări şi perspective în automatizare şi modernizare Maria Petrescu Digitizarea documentelor culturale Alina Ioana Şuta De la schimbul internaţional de publicaţii la schimbul experienţei – un contact polonez Marcela-Georgeta Groza Biblioteca de Matematică şi Informatică între ieri şi mâine Luminiţa Tomuţa Remodelarea unei biblioteci – Remodelarea mentalităţilor Emilia-Maria Soporan O prietenie activă pe tărâmul multiculturalităţii: Andrei Pippidi - Adrian Marino Costel Dumitraşcu Informaţiile bibliografice sau: Pe urmele cărţii în bibliotecă ORIZONTURI Pavel Puşcaş Astrolabium Ioan Mihai Cochinescu Alchimia şi muzica Alin Mihai Gherman Muzică şi literatură – Aproximaţii şi însemnări ale unui meloman înrăit Monica Gheţ Muzica împotriva ciumei Florina Iliş Adrian Marino şi ideea de literatură din perspectivă hermeneutică Rodica Frenţiu Tatakau Hikaku Bungaku – Adrian Marino şi comparatismul militant în Japonia Mariana Soporan Fondul arhivistic Adrian Marino din Biblioteca Centrală Universitară „Lucian Blaga” Gábor Győrffy Adrian Marino: alternativa autohtonă a culturii libere Sidonia Grama Între spaţii ale amintirii şi locuri ale memoriei – Comemorarea a 15 ani de la revoluţie în Timişoara REFLEXII Ioana Robu- Sally Wood-Lamont Cea de-a 10-a Conferinţă a Asociaţiei Europene pentru Informare şi Biblioteci Medicale (EAHIL) Felix Ostrovschi Un alt fel de discurs – Adrian Marino Liana Iancu Radio, presă, carte – Iancu Tiberiu – şi după Kinga Tamás Váczy Leona (1913-1995) Biblioteca, spaţiu intelectual al omului sau: Trecut pentru viitor Adrian Grănescu Emil Pintea (16 decembrie 1944 - 6 ianuarie 2004) – polivalenţa unui destin Melinda Éva Szász Pasiune pentru carte şi artă – Dénes Gábor Meda-Diana Hotea „Lumină din lumină”: primăvară pascală – Expoziţie (07 aprilie - 03 mai 2005) Kolumbán Judit Expoziţia de manuscrise de sec. XVI-XVIII în Biblioteca Centrală Universitară „Lucian Blaga” – Homo scribens: genurile memoriei si tipologia scrierii în secolele XVI-XVIII-lea (Homo scribens: emlékezéskultúra és íráshasználati-szokások a XVI-XVIII században) Meda-Diana Hotea „Cartea cărţilor” – Memoria credinţei – Expoziţie (10.02 - 25.02.2005) Raluca Soare Clădirile clujene sau martorii tăcuţi Adrian Grănescu (Despre) Managementul construcţiilor de biblioteci – recenzie şi marginalii Maria-Stela Constantinescu-Matiţa Mircea Popa: Andrei VERESS – un bibliograf maghiar, prieten al românilor (Recenzie) István Király V. Activitatea Ştiinţifică a Universităţii „Babeş-Bolyai” – 2005, sau de la povara... la demnitatea istoriei Bodnár Róbert Pe urmele unei biblioteci pierdute Raluca Soare Un om, o carte, o bibliotecă – Traian Brad, un slujitor al cărţii Ildikó Bán Lidia Kulikovski: Accesul persoanelor dezavantajate la potenţialul bibliotecilor (Manual pentru bibliotecari) Chişinău, Editura Epigraf, 2006 (Recenzie) Iacob Mârza Meda-Diana Hotea: Catalogul cărţii rare din colecţiile B. C. U. „Lucian Blaga”– Donaţia Gh. Sion Vol. I (sec. XVI-XVIII) (Recenzie) Ruxandra Cesereanu Adrian Marino între unit-ideas şi Zeitgeist Iulia Grad Filozofia evreiască: între Ierusalim şi Atena Raluca Soare De-o parte şi de alta a cărţilor Adrian Grănescu (Recenzie) Boglárka Daróczi Literatura germană pentru copii apărută în România între 1944-1989 – O bibliografie. (shrink)
Aesthetic evaluations of human bodies have important implications for moral recognition and for individuals’ access to social and material goods. Unfortunately, there is a widespread aesthetic disregard for non-white bodies. Aesthetic evaluations depend on the aesthetic properties we regard objects as having. And it is widely agreed that aesthetic properties are directly accessed in our experience of aesthetic objects. How, then, might we explain aesthetic evaluations that systematically favour features associated with white identity? Critical race philosophers, like Alia Al-Saji, (...) class='Hi'>Mariana Ortega, Paul C. Taylor, and George Yancy, argue that this is because the perception of racialized bodies is affected by the social structures in which they are appreciated. The aim of this paper is to propose how social structures can affect aesthetic perception. I argue that mental imagery acquired through the interaction with aesthetic phenomena structures the perception of non-aesthetic properties of bodies, so that aesthetic properties consistent with racist stereotypes are attributed to individuals. (shrink)
Create an account to enable off-campus access through your institution's proxy server.
Monitor this page
Be alerted of all new items appearing on this page. Choose how you want to monitor it:
Email
RSS feed
About us
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipisicing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat. Duis aute irure dolor in reprehenderit in voluptate velit esse cillum dolore eu fugiat nulla pariatur. Excepteur sint occaecat cupidatat non proident, sunt in culpa qui officia deserunt mollit anim id est laborum.