O conceito de self-ownership é frequentemente utilizado nos campos da Ética e da Filosofia Política para justificar ou negar a justeza de determinadas situações, atos ou práticas. As críticas a tal conceito são predominantemente focadas em seus corolários. No presente artigo a análise se concentra sobra as condições de possibilidade da existência de uma relação de propriedade de si mesmo – auto-propriedade – procurando-se demonstrar a impossibilidade de tal relação pela ausência de multiplicidade de elementos que possam constituir um proprietário (...) e uma propriedade. A propriedade de si mesmo é fundada em um dualismo ontológico, cuja ilusão procura se respaldar na percepção de si como um outro na constituição da identidade e na confusão da relação genitiva com uma relação de propriedade. (shrink)

Divide me from Myself. Love and Alterity in Rousseau Rousseau affirms that love is the extension of self-love to the others. This theory confronts with a tradition that considers the loved person as «another self», an alterity of selfness that the notion of extension—as we maintain—suppresses. Our thesis is that extended self-love is a form of amour-propre directed to a chimera embodied by means of a plastic imagination that adorns, embellishes the real beings with imaginary beings, rendering them loveable. Thus (...) Julia, the character, incarnates in Mme. Houdetot, the person, who therewith disappears. Lastly the others appear only in the joy of the innocent, once the extension, that is to say, love, disappears. Consequently we must change our subtitle in order to summarize our thesis: love or alterity. -/- Rousseau sostiene que el amor es la extensión del amor de sí en otro. Esta teoría se opone a una tradición que considera al amado como «otro sí mismo», una alteridad de la ipseidad que la noción de extensión, proponemos, suprime. Nuestra tesis es: el amor de sí extendido es un modo del amor propio que se dirige a una quimera encarnada gracias a una imaginación plástica que orna, reviste los seres reales con seres imaginarios, haciéndolos amables. Julia, el personaje, se encarna en Mme. Houdetot, la persona, quien desaparece. Finalmente, el otro sólo aparece en la alegría del inocente, ya suprimida la extensión, por lo tanto, el amor. Debemos pues modificar nuestro subtítulo para sintetizar nuestra tesis: amor o alteridad. (shrink)