Neste texto investigamos a compatibilidade entre o ceticismo de Oswaldo Porchat e outras duas ideias metafilosóficas gerais, a saber, o equilíbrio reflexivo e a visão de solução de problemas. Procuramos mostrar de que modo o ceticismo e as outras duas ideias são compatíveis e iluminam-se mutuamente, e sugerimos uma articulação entre elas. O equilíbrio reflexivo ajuda a compreender a relação de uma filosofia cética e pós-cética, primeiro, com a vida comum e, depois, com o domínio fenomênico. O enfoque de solução (...) de problemas é a perspectiva metafilosófica resgatada por Porchat em sua fase neopirrônica. Mostramos que, se na primeira fase do ceticismo porchatiano, o que está em equilíbrio com a vida comum ainda são teses filosóficas, na segunda fase o que se pretende que esteja em equilíbrio com o domínio fenomênico é outro tipo de unidade epistêmica — os problemas, nomeadamente, aqueles problemas filosóficos que sejam passíveis de retradução a esse domínio fenomênico e oriundos de uma dinâmica de certo tipo. Para levar a cabo a análise, é crucial investigar as noções de fenômeno e de objetividade em Porchat. O texto se encerra com considerações sobre o lugar do conhecimento científico na visão de Porchat. (shrink)

Moral realists often disagree about the nature of moral properties. These properties can be natural (as per naturalistic moral realism) or non-natural. But it is unclear how we should understand the notion of naturalness employed in these discussions. In this paper I propose a novel account of moral naturalness. I suggest that a property F is natural iff F falls within the scope of a natural law. In turn, a law is natural when it figures in a nomic nexus involving (...) the laws of physics. (shrink)

Moral nihilism maintains that value judgments cannot be justified. In this paper I argue against two prominent nihilistic theories: error theory and expressivism. First I present a meta-valuation thesis, which holds that it would be more valuable if at least some value judgments were justified. Second I argue for a value-justification thesis, which holds that the greater value of value-justifying theories warrants a rejection of nihilistic theories. This latter thesis requires a pragmatist premise: justified beliefs are the most valuable of (...) possible beliefs. With this premise and a critique of meta-ethical theory choice, I argue that meta-ethical justification proceeds via an atypical form of the method of reflective equilibrium. Since this particular method cannot produce a justification for error theory or expressivism, I conclude that these two forms of moral nihilism should be rejected in favor of more valuable meta-ethical theories. (shrink)