ABSTRACTOne of the recurrent motifs in political thought is the idea of the social contract, according to which a society, a government, or moral principles depend for their existence on agreements...

O presente texto tem por objetivo discutir a concepção de totalitarismo na obra de Ernst Cassirer, buscando compreender de que modo ela pode ser entendida essencialmente como a efetivação de uma Gleichschaltung, na acepção que esse termo recebeu no pensamento nazista, ou seja, de uma coordenação no sentido de uma uniformização que tinha por objetivo a eliminação de todas as outras formas de vida social e cultural e suas distinções. Serão três as nossas aproximações com a questão do totalitarismo em (...) Cassirer. Iniciaremos com a consideração do lugar do mito na reflexão política de Cassirer, presente desde seus primeiros artigos sobre política da última fase de sua produção teórica, mas que ganha especial destaque em sua última obra preparada em vida, O mito do Estado. A partir disso, procuraremos compreender as técnicas dos mitos políticos modernos, nome do capítulo nevrálgico d’O mito do Estado e conceito mais caro desenvolvido nessa obra, considerando em que medida elas podem ser tomadas como necessárias e ou suficientes para o estabelecimento da Gleichschaltung, termo empregado pelo próprio regime nazista que, segundo o uso feito por Cassirer, sintetiza o modo pelo qual o totalitarismo institui uma atmosfera mítica na sociedade, condição necessária para sua eficácia. Assim, pensamos poder responder à frequente questão no estudo do pensamento político de Cassirer, sobre se sua concepção de totalitarismo foi pensada e pode ser aplicada a outras experiências totalitárias que não a do nazismo, exemplo maior de sua reflexão nos anos do governo de Hitler. (shrink)

by no means unusual that a thinker develops a theory, the full purport and significance of which is still hidden to himself.” Cassirer was echoing no less a personage than Kant himself. Kant had written long before: “… it is by no means unusual, upon comparing the thoughts which an author has expressed in regard to his subject, whether in ordinary conversation or in writing, to find that we understand him better than he has understood himself. As he has not (...) sufficiently determined his concept, he has sometimes spoken, or even thought, in opposition to his own intention.”2 May we take our lead from Kant here? May we understand Dooyeweerd better than he understood himself, even to the point of attributing to him a view or views that would appear to be “in opposition to his own intention”? It may sound a little strange, but something of this sort seems to have been underway among Dooyeweerd interpreters for quite some time. Many have started from the assumption that Dooyeweerd and Vollenhoven held to essentially the same position. Now, since there were some widely acknowledged differences, something would have to yield, and what often yielded was Dooyeweerd. It was thought that in essence Dooyeweerd was saying what Vollenhoven had also been saying. One could therefore allow for an error in Dooyeweerd here or there — perhaps even a “contradiction” — while continuing to hold him in high esteem. (shrink)