O Programa de Filosofia para Crianças de Matthew Lipman e Ann Margaret Sharp tem pouco mais de 40 anos e à sua criação de imediato se sucederam a difusão e a adaptação em diversos contextos geográficos e culturais. Quer isto dizer que a história da Filosofia para Crianças, sobretudo nas últimas décadas, tem consistido numa marcha, mais ou menos vertiginosa, de inovação e renovação. E nem sempre este ritmo de rápida disseminação se tem mostrado compatível com a sedimentação de reflexões (...) apuradas sobre as diferentes dimensões e problemáticas que a prática coloca. A formação dos facilitadores de sessões de Filosofia para Crianças, de acordo com o modelo da comunidade de investigação filosófica de Lipman e Sharp, é uma das dimensões deste projeto pioneiro que aguardam um debate de maior desenvolvimento. A presente reflexão pretende contribuir para essa discussão, apresentando de forma concisa algumas posições que consideramos relevantes para a compreensão do que está em causa. Não temos a pretensão de assumir a forma acabada de um cânone, mas de justificar opções que nos parecem decisivas no presente contexto de implementação da Filosofia para Crianças em Portugal. Esperamos, assim, contribuir para que se possa gerar uma comunidade alargada de diálogo sobre este tópico. (shrink)

This thesis is about an investigation of how children with philosophical experience use philosophical discussion as a way of doing research. A Lawrence Stenhouse description of 'research' as "systematic and sustained enquiry made public" served as my starting point for what to count as 'research'. As an interpretive case story of children participating in research as co-researchers, this research is about how I engaged in an after-school Discussion Research Group co-research project with seventeen volunteer students from my Philosophy for Children (...) classes. Our co-research was a methodological experiment in merging genres of research in which we adapted and combined Philosophy for Children and qualitative research techniques in a philosophical exploration of philosophical discussion. Bringing together the children's philosophical expertise and my interest in the use of qualitative research methodologies, I explored how and whether 'to do philosophy' is 'to do research'. (shrink)

This paper shows that philosophy and contemplation are integral parts of leisure and of a fully conscious educative experience. Through examination of the concepts of philosophy, the philosopher, and contemplation, it will be proposed that leisure is a necessary condition for philosophy and for education. To conceptually bring together philosophy and education with leisure, the act of teaching as “an overflow of contemplation,” following Yves Simon’s definition, will be considered. Supporting the philosophical view of education as constituting an inward transformation (...) of the individual, from which he or she can better regard the world and his or her place in it, a serious theory of education rooted on leisure is a timely and valuable idea to consider. (shrink)