Neste artigo, concentro-me sobre quatro variedades possíveis de ausência da vergonha. Minha esperança é a de que a reflexão sobre essas variedades possa, de alguma maneira, nos dar uma imagem mais completa acerca do papel que a vergonha desempenha sobre nosso caráter moral e nas discussões a respeito da atrocidade. Observo que a vergonha que emerge de uma exposição à atrocidade pode em parte constituir aquilo que nos leva a identificar oevento como atroz. Prossigo então argumentando que quando a vergonha (...) está ausente, esta ausência pode servir para nos cegar para a atrocidade que está à nossa frente, e que é nossa tarefa tentar evitar. Sentir vergonha faz parte de ver a atrocidade pelo que ela é de uma maneira apropriada emocionalmente engajada. Ela é, portanto, uma parte vital de ser humano, e sua ausência em certos casos é uma insuficiência demasiadamente humana de humanidade. (shrink)

There are five ways in which shame might negatively impact upon our attempts to combat and treat HIV. Shame can prevent an individual from disclosing all the relevant facts about their sexual history to the clinician. Shame can be a motivational factor in people living with HIV not engaging with or being retained in care. Shame can prevent individuals from presenting at clinics for STI and HIV testing. Shame can prevent an individual from disclosing their HIV status to new sexual (...) partners. Shame can serve to psychologically imprison people, it makes the task of living with HIV a far more negative experience than it should, or needs to, be. Drawing on recent philosophical work on shame, and more broadly on work in the philosophy and psychology of emotion, we propose a framework for understanding how shame operates upon those who experience the emotion, propose a strategy for combatting the negative role shame plays in the fight against HIV, and suggest further study so as to identify the tactics that might be employed in pursuing the strategy here proposed. (shrink)