Este artículo es una aproximación crítica e integradora de los procesos de subjetivación política en los trabajos de Antonio Gramsci, Michel Foucault, Raymond Williams y Stuart Hall. Para ello, se explicará, en primer lugar, el giro epistémico realizado por Michel Foucault a finales de 1970 que le conduce a buscar la estética de la existencia tras teorizar la relación de poder y libertad. Posteriormente se analizará qué entienden por subjetivación política estos autores. El análisis de la transformación teórica que lleva (...) a cabo Michel Foucault de la relación entre poder y libertad a partir de obras como El nacimiento de la biopolítica, El uso de los placeres o La hermenéutica del sujeto permitirá precisar el análisis comparativo entre hegemonía, cuidado de sí y contrahegemonía en los autores señalados. Por último, presentaremos la especificidad de la relación entre los trabajos de Gramsci y Foucault con Williams y Hall como mediadores epistemológicos. (shrink)

The objective of this chapter is to clarify the social theory underlying in Foucault’s genealogy of power/knowledge thanks to a comparison with Tarde’s microsociology. Nietzsche is often identified as the direct (and unique) predecessor of this genealogy, and the habitual criticisms are worried about the intricate relations between Foucault and Marx. These perspectives omit to point to another – and more direct – antecedent of Foucault`s microphysics: the microsociology of Gabriel Tarde. Bio-power technologies must be read as Tardian inventions that, (...) by propagation, have reconfigured pre-existing social spaces, building modern societies. We will see how the Tardean source in Foucault’s genealogy sheds new clarity about the micro-socio-logic involved in it, enabling us to identify some of its aporiae and to imagine some solutions in this respect as well. (shrink)

No curso La société punitive, Michel Foucault indica até que ponto as lutas em torno do poder político produzem efeitos de realidade. Um deles é o nascimento de um novo sistema de penalidade no começo do século XIX. Ele surge de uma reconfiguração das lutas políticas em relação ao século XVIII. O conceito explicativo que fundamenta essa reconfiguração é o de ilegalismo, retomado mais tarde em Vigiar e punir. No século XVIII, ele designa um conjunto de transgressões de ordem política (...) que são toleradas e praticadas por diferentes agentes sociais, dentre eles a burguesia; no decorrer do século XIX, as lutas e resistências das camadas populares e trabalhadores contra o sistema político vigente deixam de ser toleradas e são tipificadas como infração à ordem estabelecida pela nascente penalidade burguesa. A transformação dos ilegalismos em ilegalidades é coetânea à elaboração de táticas de inserção da moral punitiva no interior do sistema penal. No artigo, percorremos a mudança estatuto das lutas políticas em torno do poder e em que sentido a nova penalidade não deixa de ser a continuidade da guerra social por outros meios. Enfatizamos, enfim, a importância do conceito de guerra civil introduzido nesse curso, tanto para a elaboração teórica da analítica do poder quanto pelo seu cruzamento com as lutas do presente em torno das práticas judiciárias. (shrink)