Em Uma Teoria da Justiça, John Rawls explicou o intuicionismo como a doutrina que professa o pluralismo irredutível de princípios morais, princípios estes cujos conflitos não poderiam ser resolvidos de maneira principiológica. Segundo Rawls, não se pode oferecer um argumento abstrato que prove que o pluralismo moral é falso. Mas seria possível mostrarmos aquilo que o intuicionista nega existir: o princípio moral mais fundamental, que sistematiza nossas obrigações morais. Este princípio, de acordo com Rawls, seria o princípio da equidade. Neste (...) artigo, eu argumento que Rawls fracassa diante dos intuicionistas. Meus argumentos se valem de uma análise da aplicabilidade do princípio da equidade ao caso das promessas. Primeiro, eu defendo que o princípio da equidade só poderia explicar obrigações morais em geral se ele pudesse conter em sua fórmula um caso paradigmático das obrigações que ele pretende explicar: justamente as obrigações promissórias. Depois, eu procuro mostrar que as mesmas obrigações promissórias contêm um traço essencial que o princípio da equidade não seria capaz de explicar, mesmo que pudesse explicar obrigações morais em geral: o caráter especial das obrigações para com os destinatários das promessas. No primeiro ponto, a minha investigação expande as críticas de Robert Nozick a uma versão do princípio da equidade apresentada por H.L.A. Hart. No segundo, eu desenvolvo objeções feitas por Stephen Darwall contra a teoria prática das promessas, incluindo a teoria de John Rawls. (shrink)

Although the managerial practice of cheating spans complex and heterogeneous situations, most business ethics scholars consider that the very idea of cheating is indefensible on moral grounds, and quickly dismiss it as wrongdoing. This paper proposes to fine-tune this conventional moral assessment by arguing that some forms of cheating can be justified—or at least excused. To do so, it starts with a value-free definition of cheating that covers a wide diversity of situations: “breaking the rules while deliberately leading or allowing (...) others to think they have been respected.” While using this definition at the metaethical level, the paper contends that the moral assessment of cheating depends on the obligation to comply with the rules. There are rules which do not entail moral obligations, and there are special circumstances where other more important obligations override the obligation to comply with the rules. Furthermore, the paper argues that respecting the penalty rules also influences the moral assessment of cheating on the rules. The key interest of this endeavor lies in contributing to building a more solid theoretical framework for the study of cheating in management, which may replace our common prejudices and basic intuitions on this matter. (shrink)

If common law is to run parallel to the morality of promissory obligation, it must require the breaching seller to keep his promise, not simply to pay off the buyer. However, in the event of promise-breaking, common law orders the defendant to compensate the claimant for the loss that flows from the breach of the duty to perform. The following questions then arise: why does English law not order the defendant to do the very thing that the substantive duty requires (...) him to do? Why does it not adopt specific performance as the primary remedy? Is it because English law runs against the morality of promise? The answer is ‘no’. A number of justifications have been put forward to explain the common law’s reluctance to award specific performance despite its undoubted acceptance as the appropriate moral response to promise-breaking. This article will explain each and show which is more persuasive. (shrink)