Nos Segundos Analíticos I. 14, 79a16-21 Aristóteles afirma que as demonstrações matemáticas são expressas em silogismos de primeira figura. Apresento uma leitura da teoria da demonstração científica exposta nos Segundos Analíticos I (com maior ênfase nos capítulo 2-6) que seja consistente com o texto aristotélico e explique exemplos de demonstrações geométricas presentes no Corpus. Em termos gerais, defendo que a demonstração aristotélica é um procedimento de análise que explica um dado explanandum por meio da conversão de uma proposição previamente estabelecida. (...) Em uma estrutura silogística, a proposição previamente estabelecida é a premissa maior e o termo mediador deve ser comensurado ao explanandum. O conjunto da premissa maior e da premissa menor (o explanans) é coextensivo ao explanandum, mas há uma assimetria intensional entre o explanans e o explanandum, de modo que apenas o primeiro explique o último. Por fim, defendo que o elemento identificado no termo mediador deve ser o mais apropriado para explicar precisamente o que certo explanandum é. (shrink)

In this article, I tackle a heretofore unnoticed difficulty with the application of Pyrrhonian scepticism to science. Sceptics can suspend belief regarding a dogmatic proposition only by setting up opposing arguments for and against that proposition. Since Sextus provides arguments exclusively against particular geometrical definitions in Adversus Mathematicos III, commentators have argued that Sextus’ method is not scepticism, but negative dogmatism. However, commentators have overlooked the fact that arguments in favour of particular geometrical definitions were absent in ancient geometry, and (...) hence unavailable to Sextus. While this might explain why they are also absent from Sextus’ text, I survey and evaluate various strategies to supply arguments in support of particular geometrical definitions. (shrink)