Em diversas ocasiões, Leibniz recorre à autoridade de Aristóteles a fim de roborar sua tese da verdade como inerência do predicado ao sujeito da proposição. Não é, contudo, evidente em que medida a filosofia aristotélica poderia oferecer amparo a essa reivindica- ção. Afinal, a Aristóteles tradicionalmente se atribui uma concepção de verdade diferente, consistente em uma relação de correspondência entre a proposição e a realidade que ela se destina a descrever. Sem discutir a conhecida tese da verdade como correspondência, este (...) trabalho é dedicado a investigar em que medida os escritos de Aristóteles permitem que Leibniz respalde neles as suas afirmações. Para tanto, a presente investigação estará focada nos Primeiros e os Segundos Analíticos, obras em que Aristóteles expõe sua teoria do racio- cínio e da demonstração. Visa-se averiguar se, e sob que condições, a noção de inerência ali mobilizada pode ser assimilada à noção leibniziana de inerência. (shrink)

In modern times the so?called consequentia mirabilis (if not-P, then P). then P) was first enthusiastically applied and commented upon by Cardano (1570) and Clavius (1574). Of later passages where it occurs Saccheri?s use (1697) has drawn a good deal of attention. It is less known that about the middle of the 17th century this remarkable mode of arguing became the subject of an interesting debate, in which the Belgian mathematician Andreas Tacquet and Christiaan Huygens were the main representatives of (...) opposite views concerning its probative force. In this article the several phases and moves of that debate are delineated. (shrink)

Aristotle studies syllogistic argumentation in Sophistical Refutations and Prior Analytics. In the latter he focuses on the formal and syntactic character of arguments and treats the sullogismoi and non-sullogismoi as argument patterns with valid or invalid instances. In the former Aristotle focuses on semantics and rhetoric to study apparent sullogismoi as object language arguments. Interpreters usually take Sophistical Refutations as considerably less mature than Prior Analytics. Our interpretation holds that the two works are more of a piece than previously believed (...) and, indeed, that Aristotle's treatment of fallacious reasoning presupposes the results of the formal theory. (shrink)