Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A. (
2017)
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Abstract
Nesta unidade, vamos começar nossa “aventura teórica” nos meandros da Análise do Discurso questionando a própria transparência do discurso, porque, como veremos, a transparência, ou a produção da evidência, é apenas um efeito para os sujeitos. Para compreender o funcionamento social da linguagem é preciso não se deixar levar pela superfície cristalina. Nesse sentido, para depreender a riqueza e a complexidade do que está opaco, turvo ou não transparente nos sentidos, é necessário ficar atento às marcas linguísticas apresentadas no discurso. Para realizar essa tarefa, você deverá ser capaz de conhecer a articulação das convenções históricas, subjetivas e linguageiras. Uma articulação que, como veremos, não é uma somatória de elementos, mas um atravessamento contraditório e dinâmico. Com o intuito de ajudar você nesse caminho, preparamos esta unidade com os princípios teóricos que vão tirar você tanto do senso comum quanto dos efeitos do discurso. O que é informar, opinar e comunicar? Por que entre os profissionais da comunicação existem tantos ruídos? Qual a relação entre poder e informação? De que modo uma instituição pode ser considerada autoridade em um assunto? Como a escrita jornalística é afetada pelos imaginários sociais? Essas são algumas das perguntas que serão abordadas nesta unidade. Ao longo das seções, vamos definir o conceito de discurso e entender a sua relação com as condições de produção, a constituição histórica, a formação das instituições e as formações imaginárias, isto é, a relação do discurso com tudo aquilo que aparentemente é exterior a ele. Complexo? Então é chegada a hora de trilhar o percurso que apresentará uma nova forma de compreender esse mundo que é a linguagem.