Abstract
Memória e identidade são conceitos frequentemente explorados por cineastas contemporâneos, nomeadamente Christopher Nolan em Memento (EUA, 2000), filme que nos propõe o tema desta reflexão. O nosso objectivo é compreender a forma como a obra entrelaça as temáticas em epígrafe, através de movimentos cruzados de criação e interpretação, recorrendo ao esboço de espaços de natureza diversa (e.g. imagéticos, diegéticos, plásticos, mnésicos, etc.) que interpelam continuamente o espectador. O filme configura o trajecto de múltiplas inscrições – da escrita da luz ao traço da escrita – e estabelece um mapa possível de compreensão da relação memória/identidade/emoção.