Abstract
A Fenomenologia do Espírito (1807), de Georg Wilhelm Friedrich Hegel, é uma obra fundamental da filosofia ocidental, na qual o autor descreve o desenvolvimento dialético do espírito (Geist) desde a consciência sensível imediata até o saber absoluto. Esse percurso abrange dimensões epistemológicas, éticas, políticas, históricas e religiosas, estruturando-se em estágios como consciência, autoconsciência, razão, espírito, religião e saber absoluto. Este artigo analisa os principais conceitos e momentos da obra, explorando sua metodologia dialética e sua influência na filosofia moderna e contemporânea. A Fenomenologia não apenas oferece uma teoria do conhecimento, mas também uma ontologia histórica que demonstra como a consciência evolui mediante contradições, influenciando correntes como o idealismo alemão, o marxismo e a teoria crítica. A obra permanece relevante por sua abordagem abrangente da razão, da liberdade e da realização do espírito na história.