Por que ainda trabalhamos tanto? Reflexões sobre uma sociedade automatizada

Abstract

A mais de um século que o fenômeno da automatização dos meios de trabalho vem criando grande apreensão entre nós. Afinal, seríamos todos substituídos por máquinas em algum futuro próximo? Seriam todas as formas de trabalho automatizáveis? Tais questionamentos vêm levantando uma série de críticas pela comunidade engajada em ética de máquina e ética da inteligência artificial. Contudo, gostaria de nesta breve resenha, atacar este problema por outro ângulo, afinal, podemos criticar tal fenômeno de uma ampla variedade de pontos de vista. Gostaria de convidar o leitor a avaliar pela seguinte perspectiva: e se a automação dos meios de trabalho for algo benéfico? E se a emancipação humana realmente venha através de nosso desenvolvimento tecnológico? Se a resposta for sim, por quê quê ainda trabalhamos tanto? Acredito que se os processos de automação forem aplicados a pontos chave de nossa estrutura social, podemos vir a emancipar o indivíduo de uma realidade onde realmente trabalhamos por motivo nenhum, inutilmente. Se abandonarmos a cultura do consumismo, a cultura que atrela o trabalho e o consumo a moralidade, uma alternativa mais próspera seria adotarmos a cultura que abraça o valor da autonomia e liberdade do indivíduo humano.

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