Abstract
O objetivo deste artigo é demonstrar como a ética proferida por Epicteto se relaciona com uma postura filosófica, mais precisamente com uma atitude filosófica. Essa atitude não é especificamente uma exigência prévia para pensar a ética filosoficamente, pois não se trata de tê-la para então começar a filosofar, mas trata-se da manifestação de autenticidade daquele que se diz filósofo, porque evidencia a real assimilação das opiniões e teorias que defende. Para Epicteto, o progresso do filósofo necessariamente está unido ao progresso no campo ético, sendo impossível desvinculá-los. Por entender a filosofia como um modo de vida, ele adverte para que a teoria seja sempre colocada em prática, estabelecendo assim o conhecido caráter ascético de seus ensinamentos.