Abstract
A teoria minimalista da verdade consiste em todas as instâncias do esquema 'φ é verdadeira sse φ' e na afirmação de que nossa aceitação (primitiva) dessas instâncias é suficiente para explicar nossas atitudes em relação a todas sentenças envolvendo ‘verdade’. Filósofos têm apontado que o minimalismo tem dificuldades em explicar nossas atitudes em relação a generalizações envolvendo ‘verdade’ bem como em lidar com instanciações contraditórias do esquema para sentenças paradoxais (ex. paradoxo do mentiroso). Proponentes do minimalismo apresentam soluções para esses problemas. Nesse artigo, argumento que essas soluções entram em conflito, analiso algumas estratégias para resolver esse conflito e concluo que o minimalismo não pode evitar conflitos desse tipo mantendo seu caráter minimalista. ENGLISH: The minimalist theory of truth consists in all the instances of the schema 'φ is true iff φ' and in the claim that our primitive acceptance of these instances explains our attitudes in relation to propositions involving truth. Philosophers point that minimalism has difficulties in explaining our attitudes in relation to generalizations involving truth and with the contradictory instances of the schema for paradoxal sentences (e.g. the liar). Minimalists present solutions to these problems. In this paper, I argue that these solutions conflict with each other. I analyze some strategies to resolve this conflict. I conclude that minimalism cannot avoid the conflict maintaining it minimalist character.