Abstract
Analisamos a crítica de Georges Politzer (1998) à hipótese freudiana do inconsciente (Freud, 1996, 2018), com base na abordagem que adotamos, a Perspectiva de Segunda Pessoa, desenvolvida mais recentemente por Diana Pérez e Antoni Gomila (2018, 2021). Em específico, buscamos entender melhor o reconhecimento de estados psicológicos através do relato pessoal, buscando superar a dicotomia epistemológica entre primeira e terceira pessoa, na qual se concentra Politzer. Nossa contribuição para os estudos em Filosofia da Psicologia consiste em delimitar e extrair consequências específicas do âmbito próprio de casos de segunda pessoa, como na prática clínica aqui focalizada, a fim de robustecer abordagens cuja tentativa de compreensão dos fenômenos psicológicos parecia até então limitada.