Abstract
O ensino de filosofia é hoje feito de diversas formas (práticas), sendo as três principais (ou bases), a histórica, a temática e a criação conceitual. No entanto parece muito mais plausível e até saudável uma combinação entre duas destas formas, ou até as três, mas isto não elimina a problemática das perguntas: "qual é a melhor forma?", ou "qual é a mais certa?" ou ainda "qual é a mais eficaz ou a mais eficiente?", na medida em que estas combinações em si geram mais formas e as perguntas persistem. Uma vez que estas questões ainda não tem uma resposta, e estão longe de ter algum consenso, o ensino de filosofia passa a ser um problema filosófico em si, e é neste cenário que Alejandro Cerletti, introduz seu livro "O ensino de filosofia como problema filosófico". A obra de fato não responde estas perguntas, e não creio ser objetivo do autor responde-las, mas como Walter Kohan escreve na capa interna da edição brasileira de 2009, "pode constituir-se numa ferramenta importante para que cada professor de filosofia possa pensar-se em relação à sua prática." (CERLETTI, 2009). Eu acrescentaria, que muito da discussão aqui, pode ser aplicada a outras práticas disciplinares