Abstract
Rolla (2021) argumentou que a prática de avaliar teorias epistemológicas com base em intuições geradas pela consideração de certos casos, como os cenários hipotéticos envolvendo cérebros encubados, clarividentes e anjos da guarda epistêmicos, é um erro. Um erro que, uma vez reconhecido, faria com que os problemas e métodos que ocupam a epistemologia mudassem significativamente. Neste artigo, defendo que a argumentação de Rolla não se sustenta: há falhas no modo como Rolla caracteriza o uso das intuições, as suposições de Rolla podem gerar consequências implausíveis e há um contraexemplo para as alegações dele. Portanto, epistemólogos podem manter os problemas e a metodologia que Rolla critica.