Dissertation, Universidade Federal de Minas Gerais (
2017)
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Abstract
Nosso trabalho pretende traçar um percurso teórico sobre a referência de objetos fictícios. Para tanto, apresentamos o tratamento de Frege, Russell e Meinong com o intuito de fornecer o pano de fundo clássico sobre o qual nosso tema se encontra. Tentamos mostrar a insuficiência desse quadro clássico de teses tendo em vista suas soluções para a referência de objetos fictícios e o resultado esperado por nós. Por isso, sugerimos a linha argumentativa delineada por Kripke a partir de Naming and Necessity, passando por Vacuous Names and Fictional Entities até Reference and Existence: The John Locke Lectures, como uma alternativa para o estudo desses objetos. Não obstante, a despeito de sua faceta inovadora, tornou-se evidente o caráter incompleto das teses lançadas por Kripke. Todavia, a importância do arranjo kripkeano é claramente percebida a partir do estudo de perspectivas artefactuais da ficção que se baseiam em muitas das teses apresentadas. Nesse sentido, utilizamos a obra Fiction and Metaphysics da filósofa norte-americana Amie Thomasson com o intuito de mostrar os resultados dessa perspectiva para o problema da referência de objetos fictícios. Após analisarmos o aparato artefactual que a autora apresenta na obra, consideramos que a teoria thomasiana oferece as soluções que melhor se conectam com as nossas práticas linguísticas sobre objetos fictícios e a forma como lidamos com o problema da sua referência.