AdVerbum 2 (2):128-136 (
2007)
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Abstract
Esse artigo busca oferecer um panorama de problemas relativos à existência da psicologia, a partir das questões de sua unidade, especificidade e objetividade. Para isso, analisam-se breves menções a figuras clássicas de sua história (como Wundt, Comte, Watson e Vygotsky), mostrando ambigüidades constitutivas do próprio “nascimento” da psicologia como disciplina “una” e “científica”. Ao perguntar sobre as razões da dispersão da psicologia, seu estatuto ambíguo e seu objeto “complexo”, abrimos no final o problema de que, mais do que resolver internamente
uma ambigüidade constituinte, é propriamente fora da ciência ou dos procedimentos ditos “tradicionais” de história da psicologia, que as condições de surgimento dessas ambigüidades – e da própria psicologia enquanto “ciência humana” – podem ser evidenciadas. Daí o apontamento conclusivo que sugere a importância de uma visita rigorosa às análises da modernidade empreendidas por Michel Foucault, para
além dos portões das perspectivas históricas e epistemológicas. ///////////////////
This article aims to provide a panorama of problems relating to the existence of psychology, based on issues of its unity, specificity and objectivity. To this objective, analysis is made of brief references to classic figures of its history (such as Wundt, Comte, Watson and Vygotsky), showing constituent ambiguities in the very “birth” of psychology as a “specific” and “scientific” discipline. Raising the question of why is psychology disperse, has ambiguous statutes, and is a “complex” matter, we suggest at the end (without reaching a conclusion) that, more than resolving internally a constituent ambiguity, it is really outside of science or the so-called “traditional” procedures of history of psychology, that the condition in which these ambiguities arose – and that of psychology itself as a "human science” – can be witnessed. Hence the conclusive indication that suggests the importance of a rigorous visit to the analyses of modernity undertaken by Michel Foucault, beyond the gates of the historical and epistemological perspectives.