Abstract
Um dos principais problemas epistemológicos que podem ser encontrados no estudo
dos experimentos mentais diz respeito ao critério de escolha entre casos que produzam
resultados contraditórios. Que justificação possuímos para escolher entre C e ~C? James
Roberto Brown argumenta a favor de um critério de probabilidade, onde se atribui
probabilidade aos dois fenômenos e o mais provável de ser verdadeiro é o que aceitamos.
John Norton argumenta que experimentos mentais são argumentos, por isso eles podem ser
reconstruídos como argumentos. Através desse processo podemos encontrar as falhas na
argumentação do experimento e decidir, através de justificação lógica, qual é a conclusão
correta. A abordagem de Brown se mostra muito infrutífera por não apresentar como o cálculo
de probabilidade deve funcionar, nem como é possível atribuir probabilidades a verdade dos
resultados dos experimentos mentais. Por outro lado, para aceitar a resposta de Norton,
necessitamos aceitar que experimentos mentais realmente façam uso de argumentos e que isso
seja tudo o que podemos dizer sobre eles. Essa estruturação não permite nenhuma outra fonte
epistêmica para justificar os resultados dos experimentos metais.