Abstract
Este artigo é dedicado aos usos que Foucault propõe da obra de Sade (desde História da Loucura até A vontade de Saber), ou seja, de que forma estes usos são suscetíveis de despertar um esclarecimento indireto sobre o status equivocado que recebem as Luzes no pensamento foucaultiano. Aqui, encontram-se explicitamente opostas à figura literária de um Sade transgressivo que se associa à escrita e ao pensamento do “exterior”, e aquela de um Sade “sargento do sexo”, provedor de um erotismo disciplinar que acompanha o desdobramento de uma racionalidade instrumental.