Abstract
Meu objetivo neste texto é apresentar uma resposta cética ao argumento
ontológico tal como aparece em algumas de suas principais variações. O que todas essas
variações têm em comum é tentar provar a existência de Deus a priori. Sustentarei que o
sucesso de qualquer argumento desse tipo depende de dois pressupostos fundamentais,
o primeiro é que existência é uma propriedade e o segundo que é uma perfeição. Mesmo
aceitando que existência seja uma propriedade, recusarei que possamos saber se ela é
uma perfeição e, portanto, que possamos saber se devemos atribuí-la a um ser perfeito.
Serão trabalhadas quatro formulações diferentes desse argumento, começando por
Anselmo, Descartes, e a formulação que Norman Malcom acredita haver em Anselmo.
Por fim, considerarei a versão de Alvin Plantinga, que defende o argumento ontológico
sem sustentar que existência é uma perfeição. Sustentarei que seu argumento falha em
provar que Deus existe, pois é inválido.