Pelotas: UFPel (
2020)
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Abstract
Uma das características mais interessantes da filosofia é sua capacidade de revelar problemas difíceis em lugares inesperados. É precisamente isto que ocorre com o caso dos nomes próprios. Usamos nomes cotidianamente para selecionar ou fazer referência a objetos particulares, e depois podermos dizer algo sobre eles. Talvez o leitor diga a um colega que gostaria de estar tomando um café em Paris, ao invés de gastar tempo lendo mais um livro de filosofia. Neste caso, estará usando o nome “Paris” para se referir a um lugar específico do universo. O que você acaba de fazer não é meramente proferir um som, mas proferir um som que de alguma forma lhe permite selecionar uma localidade específica dentre todas as outras do universo. É desta localidade que você fala. Mas como isto é possível? Que tipo de mecanismo garante a alguém o poder de proferir um nome e, com isto, selecionar um particular específico dentre todos os outros do universo? Este é o problema da referência singular dos nomes próprios. O presente livro é sobre este problema.