Abstract
Este artigo trata de três objeções à teoria do propósito. Essa teoria afirma que o único sentido que a nossa vida pode ter é satisfazer um propósito que Deus nos atribuiu. A primeira objeção que trabalharei afirma que seria incompatível com a bondade de Deus que Ele nos punisse por não cumprirmos o seu propósito. A segunda sugere que a oferta de um céu por cumprirmos o seu propósito seria ofensiva, poderia ser encarada como exploração. Por fim, a última é a acusação feita por Kurt Baier de que o próprio fato de Deus nos atribuir um propósito seria ofensivo. Metz responde a essas três acusações em seu artigo "Poderá o propósito de Deus ser a única fonte de sentido para a vida?" acreditando escapar dessas acusações. Meu objetivo é mostrar que, embora Metz escape das duas primeiras, sua resposta ao argumento de Baier leva-o a ter que aceitar que Deus é injusto.