Encontro de Pesquisadores Iniciantes Das Humanidades – IH! 2019 (
2019)
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Abstract
O filósofo escocês David Hume é comumente lembrado, por aqueles que não estão familiarizados com sua obra, como o autor que iluminou Immanuel Kant e como uma figura de grande importância no empirismo. Mas estamos preocupados neste texto é com uma outra parte dos seus engenhos. Pretendemos ver neste autor algo que era comum em parte de seus contemporâneos, a saber, preocupações com o cenário em que se incluía com seus compatriotas, com o rumo que a sociedade estava levando, com a influência das artes na vida dos indivíduos e com um melhor caminho para a felicidade individual e geral. É neste sentido que a polidez ganha um espaço importante na obra do escocês. Para Hume, no momento que um indivíduo tiver sido educado o suficiente para ser polido, tendo cultivado em si o gosto por artes, filosofias, literaturas e poesias, terá paixões adequadas para cada situação, será capaz de ter conversas adoráveis sobre os mais diversos e eruditos temas, terá amizades mais duradouras e agradáveis, não irá deixar que qualquer frivolidade da vida comum o abale, terá o juízo fortalecido a ponto de não ser abatido pelas paixões mais violentas, e, tendo todas essas qualidades de caráter, não poderá deixar de ser justo e virtuoso uns para com os outros. Dito isso, o presente texto pretende elucidar como o que Hume defende como polidez seria capaz de educar o homem por meio do cultivo das letras, da poesia, da escrita, da arte e da conversação,
elevando-o no âmbito intelectual e no do convívio.