Abstract
Em Hobbes, a natureza é colocada em uma perspectiva mecanicista, e o homem, antes de ser apresentado na vida política, é apresentado em sua condição natural para ser entendido; a física dos movimentos ganha força como um modo de entender a natureza e, por conseguinte, a natureza humana. A linguagem registrando os eventos ocorridos na natureza e sendo condição de possibilidade para a ciência, parece relacionar-se com a força que a física dos movimentos ganha na obra do filosofo de Malmesbury. O objetivo deste artigo, em vista disso, será apresentar que, em última instância, todo o sistema hobbesiano pode ser fundamentado na linguagem, e apresentar, ainda, que essa leitura pode acarretar algumas tensões na obra do autor quando entendemos a relação da prudência com as palavras, e a relação do mundo dos falantes com a natureza. Palavras-chave : Hobbes; linguagem; mecânica; causalidade; universo dos falantes.