Abstract
Neste trabalho, abordamos a concepção de tempo em Agostinho. Tal
concepção, encontra-se fundamentada em sua obra: Confissões, livro XI. O desafio
principal do bispo de Hipona é a busca de uma solução para o problema deixado pelos
maniqueus, que é a respeito da ocupação de Deus antes de criar o céu e a terra. Por isso,
o filósofo, de uma maneira muito especial, fala do tempo estabelecendo novas
terminologias importantes para a compreensão dele. O objetivo dessa pesquisa é chegar
a uma compreensão do que seja o tempo tal qual o concebemos pela faculdade da alma
humana. A importância está em percebermos aonde está este objeto, o que ele significa,
qual é a sua dignidade e o seu valor ôntico. Desse modo, procuramos problematizar o
valor ontológico do tempo, fundamentalmente quanto à sua referência à eternidade. Isto
é, no Ser de Deus, Ele que é o criador de todas as coisas.