Abstract
No presente verbete faço a revisão crítica de algumas entre as mais expressivas tentativas de resolver o chamado ‘problema da dinâmica cognitiva’. De acordo com Kaplan (1989) – que é responsável pelo próprio apelido, a questão que se coloca é: o que significa dizer de uma pessoa que expressou uma crença particular num determinado contexto de proferimento que ela reteve ou mudou de crença fora desse contexto? E caso ajustes (linguísticos, psicológicos) sejam necessários para manter a relação com o conteúdo semântico original, quais são nossas intuições a respeito de casos em que um sujeito cognitivamente saudável perdeu temporariamente a noção do tempo e/ou a capacidade de rastrear
objetos no espaço? Exploro diversas respostas a essas perguntas com o intuito de dizer se elas conseguem acomodar os fatos (semânticos, epistêmicos, cognitivos) aí envolvidos.
Abstract: In this paper I review some of the most significant attempts to solve
the so-called ‘problem of cognitive dynamics’. According to Kaplan
(1989), who coined the phrase, the following questions arise – as to
the topic: what does it means to say of an individual who expressed
a particular belief in a given context of utterance that he/she has re tained orchanged his/her mind with respect to it once the context is left? And assuming that (linguistic or psychological) adjustments are
required to keep on being related to the original semantic content,
what are our intuitions about the case of a cognitively healthy subject
who temporarily lost the ability to keep track of time and/or objects in
space? I investigate different ways of answg those questions with a
view to saying whether they accommodate all the relevant (semantic,
epistemic, cognitive) facts or not.