Abstract
O presente artigo deseja entender como a lógica diegética de Salò, último filme de Pier Paolo Pasolini, engendra um fascismo pulsional. Isso é demonstrado a partir da lógica lacaniana do desejo centrado na figura conceitual do fantasma. Com a leitura sexual do conceito feita por Contardo Calligaris, o artigo mostra que o fascismo que Pasolini critica não precisa ser apenas o político, mas também pode ser posto em uma situação econômica tal como aquela que o capitalismo midiatizado coloca em movimento.