Dissertation, Unioeste, Brazil (
2015)
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Abstract
Não é raro quando se trata da Lógica pensar na lógica aristotélica e toda a tradição que se efetivou posteriormente, sendo esta considerada como uma ciência finalizada e que, qualquer acréscimo lhe parece desnecessário. O que este trabalho busca mostrar é um modo diferente e possível para se pensar a lógica, sem que essa fique presa a uma construção puramente formal e fechada. Para tal tarefa, será definida a perspectiva que Hegel dá a essa ciência. A Lógica hegeliana possui desdobramentos que a distingue do que se vinha concebendo, desde Aristóteles, por “Lógica", por não se tratar de uma lógica puramente subjetiva, mas cuja verdade efetiva foi assentada na união autodeterminadora ao mesmo tempo do sujeito e do objeto, o que pode ser compreendido como dar vida aos processos lógicos. Constitui o norte dessa pesquisa e percorrer os seus desdobramentos, contrapondo e analisando em paralelo algumas abordagens anteriores da Lógica (como em Aristóteles, Kant e Fichte). Trataremos de expor o desenvolvimento da Lógica Objetiva, explicitada nos livros primeiro e segundo da Ciência da Lógica de Hegel. Trata-se de mostrar que a realidade é pensada como desenvolvida no pensar do Conceito enquanto unificação dos opostos. Para isso o Lógico tem de ser concebido como um movimento do pensar, como junção do ser e do pensar, do objeto e do sujeito, da forma e do conteúdo, sendo que se apresenta nessa união o elemento que dá vida ao Lógico, pois este é o movimento no qual se realiza a verdade do Conceito. E é neste contexto que o Silogismo é inserido como elemento mediatizante, cuja função por vezes passa despercebida, mas que tem um papel significativo no conjunto. O silogismo dá o elo que vinha faltando quando se pensava na conciliação de elementos opostos, o que acabava os transformando em opostos inconciliáveis.