Os tópicos e problemas filosóficos discutidos no volume são de natureza bastante variada: a natureza da complexidade computacional no processamento de uma língua natural; a relação entre o significado linguístico e o sentido Fregeano; as conexões entre a a agência e o poder; o conteúdo semântico da ficção; a explicação dos impasses éticos; a natureza dos argumentos cépticos; as conexões entre as dissociações cognitivas e o carácter modular da mente; a relação entre a referência e o significado. Estes tópicos deixam-se (...) subsumir num tema mais geral, o tema das ligações múltiplas entre a cognição e o conteúdo, mental ou linguístico. O tópico do conteúdo, a questão de determinar como é que muitas das nossas elocuções e muitos dos nossos estados mentais são dotados de conteúdo, representam algo (correcta ou incorrectamente), e o tópico da cognição, a investigação da natureza e dos mecanismos envolvidos na cognição humana, no processamento de informação tipicamente proveniente do exterior, são inegavelmente tópicos centrais da investigação filosófica, presente ou passada.Dado o carácter inclusivo e pluridisciplinar dos tópicos cobertos, não é surpreendente que os ramos da Filosofia representados no presente volume sejam igualmente diversificados: a Filosofia Moral, a Filosofia da Linguagem, a Teoria do Conhecimento, a Filosofia da Mente, os Fundamentos da Ciência Cognitiva. E também não é surpreendente que nele também estejam representados outros ramos do conhecimento cuja relevância para o estudo do conteúdo e da cognição é conspícua: a Psicologia Cognitiva; a Linguística Computacional e a Inteligência Artificial. Os autores dos ensaios são de proveniências diversas. De um lado, há um conjunto de especialistas nacionais a trabalhar na tradição analítica em Filosofia, como João Branquinho, ou a trabalhar em algumas áreas filosoficamente importantes da Ciência Cognitiva, como António Branco (Processamento da Língua Natural), José Frederico Marques (Psicologia Cognitiva) e Helder Coelho (Inteligência Artificial). Do outro lado, há um conjunto de especialistas estrangeiros de elevada reputação internacional: Allan Gibbard, da Universidade de Michigan, autor de livros influentes na área da Ética e Filosofia Moral; Stephen Schiffer, da New York University, uma das principais figuras actuais da Filosofia da Linguagem e da Semântica Geral; Paolo Leonardi, da Universidade de Bolonha, um especialista nas áreas da Filosofia da Linguagem e Filosofia da Comunicação; e Manuel García-Carpintero, da Universidade de Barcelona, um dos grandes vultos da Filosofia Analítica praticada em Espanha e na Europa Continental. (shrink)

The cognitive neuropsychological understanding of a cognitive system is roughly that of a ‘mental organ’, which is independent of other systems, specializes in some cognitive task, and exhibits a certain kind of internal cohesiveness. This is all quite vague, and I try to make it more precise. A more precise understanding of cognitive systems will make it possible to articulate in some detail an alternative to the Fodorian doctrine of modularity (since not all cognitive systems are modules), but it will (...) also provide a better understanding of what a module is (since all modules are cognitive systems). (shrink)

Normal children learn tens of thousands of words, and do so quickly and efficiently, often in highly impoverished environments. In How Children Learn the Meanings of Words, I argue that word learning is the product of certain cognitive and linguistic abilities that include the ability to acquire concepts, an appreciation of syntactic cues to meaning, and a rich understanding of the mental states of other people. These capacities are powerful, early emerging, and to some extent uniquely human, but they are (...) not special to word learning. This proposal is an alternative to the view that word learning is the result of simple associative learning mechanisms, and it rejects as well the notion that children possess constraints, either innate or learned, that are specifically earmarked for word learning. This theory is extended to account for how children learn names for objects, substances, and abstract entities, pronouns and proper names, verbs, determiners, prepositions, and number words. Several related topics are also discussed, including naïve essentialism, children's understanding of representational art, the nature of numerical and spatial reasoning, and the role of words in the shaping of mental life. Key Words: cognitive development; concepts; meaning; semantics; social cognition; syntax; theory of mind; word learning. (shrink)