Abstract
Este artigo investiga as diferentes concepções de “Sujeito” de acordo com o corpus teórico do filósofo Paul B. Preciado. As categorias analisadas são: os processos subjetivos e técnicos de sujeição social e servidão maquínica na era farmacopornográfica; o sujeito Playboy e petrosexorracial; a Multidão, seus múltiplos devires e as micropolíticas de resistência à opressão; a metamorfose dos sujeitos em agentes revolucionários e os simbiontes políticos, postulados por Preciado em seu mais recente livro publicado, Dysphoria mundi. Como Preciado articula todas estas concepções, considerando ainda as linhas de fuga da submissão, isto é, o horizonte filosófico de resistência onto-epístemo-política, metamorfose e até a possível superação da dominação capitalística? Os procedimentos metodológicos foram baseados na pesquisa bibliográfica (livros, artigos e crônicas), de modo a evidenciar o contraste, as semelhanças, diferenças e interstícios entre a teoria de Preciado e as suas principais referências. Os resultados obtidos indicam uma linearidade consistente entre-categorias, os desafios em materializar as teorias revolucionárias na realidade cotidiana, bem como estratégias práticas que contribuem para a organização ontopolítica proposta por Preciado.