Abstract
Este artigo tem como objetivo apresentar as principais abordagens em que a psicologia social clássica norte-americana teorizou sobre o preconceito racial, o racismo e o antirracismo e, a partir delas, trazer os estudos críticos da branquitude como possibilidades para superar os limites identificados nessa corrente, que ora apresenta um indivíduo fora da estrutura, ora a estrutura sem indivíduos. Para isto, neste artigo definimos três abordagens propostas pela psicologia social norte-americana: teste de associação implícita (Greenwald & Banaji 2013); teoria do contato intergrupal e racismo aversivo (Pettigrew 1997, Gaertner & Dovidio, 1986); e emoções específicas (Leach et al., 2002). A partir daí mostramos como os estudos críticos da branquitude se apresentam como uma síntese entre essas duas posições opostas, que oscilam entre o indivíduo e a estrutura. Nesta perspectiva, a estrutura se manifesta na própria experiência subjetiva do indivíduo, que se torna capaz de identificá-la em seu próprio campo experiencial.