Abstract
Investigo a noção schopenhaueriana de destino e os dois tipos de fatalismo especificados pelo filósofo, o demonstrável e o transcendente, para, em seguida, considerá-los ante a aposta na ideia geral de uma sabedoria de vida, e vice-versa. Como seria possível admitir, por exemplo, o papel da sabedoria, referente à capacidade de o indivíduo conduzir a vida do modo mais agradável e prudente possível, no horizonte de uma filosofia que especula sobre a atuação de um destino e de um fatalismo, que tudo poderiam determinar na vida deste mesmo indivíduo? Haveria espaços concomitantes e não conflitivos para estes dois componentes no interior da filosofia schopenhaueriana? Ou se trataria de uma aporia?