Abstract
O texto versa sobre o tema do pensador autônomo, Selbstdenker, e sobre o ensino da filosofia sob a ótica do pensamento de Schopenhauer. Uma das questões analisadas é a da possibilidade de se pensar ou fazer filosofia autonomamente. Com isso, no entanto, depara-se com outra problemática concernente à história da filosofia: é possível conservar um grau de independência em relação à tradição quando se objetiva um pensamento autônomo? Aos olhos de Schopenhauer, se a história da filosofia fosse considerada como essencial, seria impossível não rejeitar à condição de se pensar a partir de problemáticas próprias. No entanto, o próprio pensador escreve seus Fragmentos sobre a história da filosofia e indica uma saída: a história pode ser considerada somente na medida em que se percebe nela uma afinidade com outra teoria que, por sua vez, deve ser autônoma.