Abstract
Na peça Huis Clos (Entre quatro paredes), acompanhamos três personagens: Garcin, Inès e Estelle, que são trancados juntos em uma sala após suas mortes. À espera de enxofre, fogo e tortura física no além-vida, surpreendem-se ao notar que o suposto inferno é, na verdade, a simples convivência constante com o outro. Neste cenário, por meio de uma análise das características desse inferno criado por Sartre, buscamos entender questões caras para a filosofia do autor, em especial, o papel do olhar enquanto instrumento de reconhecimento e as dimensões conflituosas da existência do outro.