Dissertation, Universidade Federal de Sergipe (
2024)
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Abstract
Defendo que a linguagem, em Thomas Hobbes, por ser o fundamento de sua filosofia, pode ser entendida, em última instância, como um pacto de entendimento e de vontades. Sendo assim, não apenas os nomes e a verdade decorrem da convenção linguística, mas todos os tipos de regras e princípios são fruto de um contrato linguístico que atende às necessidades, às convenções e às vontades dos humanos. Com o objetivo de provar esta hipótese, foi necessário provar, primeiro, como a linguagem ocupa o lugar de fundamento na filosofia de Hobbes. Sendo assim, partiu-se de uma investigação dos primeiros escritos do filósofo, passando pelos ecos que a tradição e os seiscentos podem ter proporcionado para seus argumentos maduros, bem como pela forma como o filósofo pode ter incorporado a geometria em seu método. Desse percurso (e, no geral, ao longo dele), foi possível apresentar não apenas como a linguagem recebe uma crescente atenção e aprofundamento da parte do filósofo de Malmesbury, como a sua filosofia da linguagem se estabelece, mas, também, extrair que a própria linguagem é um pacto — do que se abre uma nova entrada para investigar os argumentos a respeito da natureza propostos por Hobbes.