A (DES)CENTRALIZAÇÃO DO EGO NA FENOMENOLOGIA DA VIDA DE MICHEL HENRY DO NASCIMENTO TRANSCENDENTAL À CONSTITUIÇÃO (2nd edition)

Intuitio 17 (Jan.-Dez. 2024):1-19 (2024)
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Abstract

: Este trabalho busca elucidar a constituição do ego transcendental na Fenomenologia da Vida de Michel Henry (1922-2002). Inicialmente, apresentaremos brevemente a constituição de sentido a partir do ego transcendental conforme proposto por Edmund Husserl (1859-1938). Em seguida, discutiremos a problemática deste ego transcendental, visto que, para Henry a fenomenologia husserliana deixa obscura a região de ser do próprio ego. Henry argumenta que o ego transcendental não se constitui por si mesmo; ele é secundário em relação ao que o constitui. O que precede e possibilita o próprio ego transcendental é a região de ser que Michel Henry denomina como Vida. Deste modo, o ego não se autoconstitui, mas ele surge passivamente desta região ontológica a partir do nascimento transcendental. Uma vez que esta Vida é o fundamento, ela é a condição ontológica que possibilita toda a manifestação. Para este estudo, serão utilizadas as obras L’Essence de la manifestation (2011), Phénoménologie de la vie: Tome I, De la phénoménologie (2003), e Phénoménologie de la vie: Tome III, de l’art et du politique (2003). Portanto, é necessário compreender como opera a radicalização na Fenomenologia da Vida de Michel Henry para alcançar o sentido do fundamento que constitui o ego transcendental, identificado como região ontológica da Vida.

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