A Colônia de Formigas está consciente?

Dissertation, Universidade Federal de São João Del Rei (2022)
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Abstract

A semelhança entre o padrão de interação dos neurônios do cérebro humano e a colônia de formigas torna esta última objeto da hipótese de ser uma estrutura apta a ter uma consciência. Assim, a definição de Thomas Nagel da consciência como algo que é ser para um organismo se torna basilar para o exame dela como um possível sujeito experiencial. A colônia de formigas, se considerada um organismo, poderia ser um sujeito apto a ter experiências internas. No entanto, a falta de um princípio geral de organização psicofísica afeta a ideia de mente na teoria de Nagel. Por isso, desenvolvemos com base no Pampsiquismo, critérios de análise da colônia, apresentando quais características ela deve atender para ser qualificada como consciente. Dessa maneira, ela se torna um modelo apropriado para o exame do argumento de Nagel. Não defendemos que a colônia de formigas é um organismo genuíno, mas que, caso seja, terá algum tipo de experiência consciente. No tratamento dessa questão, examinamos a abordagem enativa para o sistema vivo, a fim de verificar se a colônia é um indivíduo biológico, e, em seguida, à luz do combinacionismo, se é possível que as mentes das formigas embasem a mente da colônia. Concluímos que, a partir do modo de interação das partes com o todo, pode haver mais de uma resolução para o problema, i.e., a consciência da colônia depende do modo como seus componentes estão física e fenomenalmente integrados.

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Anderson Fonseca
Universidade Federal do Ceará

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2024-03-20

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