Intuitio 11 (1):19-32 (
2018)
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Abstract
O argumento zumbi negativo parte das premissas de que p ∧ ¬q é idealmente negativamente concebível, de que o que é idealmente negativamente concebível é possível e de que o fisicalismo é incompatível com a possibilidade de p ∧ ¬q para concluir que o fisicalismo é falso. No argumento, p é a conjunção das verdades e leis físicas fundamentais e q é uma verdade fenomenal qualquer. Uma sentença φ é idealmente negativamente concebível sse um raciocinador ideal não acredita que ¬φ em reflexão priori. Uma versão da tese da escrutabilidade pressuposta pelo argumento afirma que, para todo φ que sobrevém em p, o raciocinador ideal acredita que p → φ em reflexão a priori. Nesse artigo, argumento que, dado algumas interpretações relevantes da noção de probabilidade (pr(.)), o raciocinador ideal acredita verdadeiramente, para todo φ, que p → pr(φ) = x em reflexão a priori. Mas então, dependendo do valor de pr(q) e das correlações entre q e outras sentenças, o raciocinador ideal também acredita (provavelmente, verdadeiramente) que p → q em reflexão a priori. Então, para alguns qs relevantes, p ∧ ¬q não é idealmente negativamente concebível e o argumento zumbi tem uma premissa falsa. A escolha de um q adequado dependeria de informação empírica, o que faria o argumento zumbi não ser nem conclusivo, nem a priori. ENGLISH: The negative zombie argument has as premises that p∧¬q is ideally negatively conceivable, that what is ideally negatively conceivable is possible, and that Physicalism is incompatible with p∧¬q being possible and as conclusion that Physicalism is false. In the argument, p is the conjunction of the fundamental physical truths and laws and q is an arbitrary phenomenal truth. A sentence φ is ideally negatively conceivable if and only if an ideal reasoner does not believe that ¬φ on a priori reflection. The argument presupposes a version of the scrutability thesis stating that, for all φ that supervene on p, the ideal reasoner believes that p → φ on a priori reflection. In this paper, I argue that, given relevant interpretation of probabilities, the ideal reasoner believes truly, for all φ, that p → pr(φ) = x on a priori reflection. But then, depending on the value of pr(q) and the correlations between q and other sentences, the ideal reasoner also believes (probably, truly) that p → q on a priori reflection. For some relevant qs, p∧¬q is not ideally negatively conceivable and the zombie argument has a false premise. The choice of an adequate q depends on empirical information, what makes the zombie argument neither conclusive nor a priori.