Porto Alegre, RS, Brasil: Editora Fi (
2019)
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Abstract
Nosso objetivo não é refutar o ceticismo, nem mesmo provar
que ele é falso, ou até mesmo afirmar que ele é falso. Aceitamos a
diferenciação entre um tipo de filosofia que pretende provar algo e
outro tipo que pretende explicar como algo é possível. Nesse
sentido, pretendemos explicar, através de uma teoria
contextualista, como é possível o conhecimento – ainda que o
cético nos acuse de aceitar o fato de que é logicamente possível que
estejamos sonhando ou sejamos um cérebro numa cuba. Na
tentativa de concretizar essa tarefa não precisamos, contudo,
convencer o cético, uma vez que podemos introduzir hipóteses que
serão negadas por ele. No entanto, o que nos parece mais
importante é explicar que consideramos tais hipóteses aceitáveis e
plausíveis, mostrando que elas descrevem a possibilidade do
conhecimento que, por sua vez, se enquadra com a possibilidade
lógica que o cético aponta, através do princípio de fechamento.