A beleza do marfim e da pedra: notas sobre Hípias Maior

Analogos 1:20-35 (2022)
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Abstract

Este estudo tem por objetivo principal abordar a segunda definição de belo (καλός) oferecida pelo sofista Hípias de Élis no diálogo Hípias Maior de Platão. Após o fracasso da primeira tentativa, de que o belo seria uma bela donzela (Hp. mai. 287e), Sócrates introduz um novo elemento à investigação: a ideia de que é preciso descobrir a forma (εἶδος) que, quando acrescentada (προσγένηται), fará com que um ser surja (φαίνεται) belo (Hp. mai. 289d). Diante dessa nova compreensão, Hípias desenvolve a tese de que o belo é na verdade o ouro (χρυσός), pois o ouro, ao ser acrescido a um objeto, é capaz de torná-lo belo e valioso. A fim de melhor esclarecer essa hipótese, o presente estudo divide-se em um comentário de duas partes: uma primeira, em que se aborda a tese áurica do sofista, suas peculiaridades, motivações e dificuldades preliminares e uma segunda, em que se discute a refutação da tese de Hípias e o problema do conveniente (πρέπων), levantado por Sócrates, tendo como exemplo a escultura de Fídias. Palavras-chave: Platão; beleza; ouro; Hípias de Élis; eidos.

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Beatriz Saar
Federal University of Rio de Janeiro

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