Abstract
No artigo “Wittgenstein: universalismo, lógica, gramática y lenguaje”, Alejandro Tomasini Bassols afirma que o problema com que Wittgenstein se depara ao fim do Tractatus ”“ as proposições do livro serem elucidações e contrassensos ”“ teve origem em seu erro de considerar a lógica, e não a linguagem, como o mais universal. Bassols afirma ainda que o assim chamado “paradoxo do Tractatus” não foi uma ameaça à segunda filosofia wittgensteiniana porque nela Wittgenstein não cometeu o mesmo erro. Neste artigo argumenta-se que as proposições do Tractatus são contrassensos como consequência direta da teoria pictórica do significado, independentemente da ontologia tractatiana. Além disso, divergindo da opinião de Bassols de ter havido “genuíno progresso filosófico” entre a primeira e a segunda filosofia de Wittgenstein, ressalta-se como o mais sério problema que marca a primeira filosofia wittgensteiniana também marca a segunda: o contrassenso de que Wittgenstein nunca seguiu os próprios métodos filosóficos.