We discuss at some length evidence from the cognitive science suggesting that the representations of objects based on spatiotemporal information and featural information retrieved bottomup from a visual scene precede representations of objects that include conceptual information. We argue that a distinction can be drawn between representations with conceptual and nonconceptual content. The distinction is based on perceptual mechanisms that retrieve information in conceptually unmediated ways. The representational contents of the states induced by these mechanisms that are available to a (...) type of awareness called phenomenal awareness constitute the phenomenal content of experience. The phenomenal content of perception contains the existence of objects as separate things that persist in time and time, spatiotemporal information, and information regarding relative spatial relations, motion, surface properties, shape, size, orientation, color, and their functional properties. (shrink)

We adjust the notion of typicality originated with Russell, which was introduced and studied in a previous paper for general first-order structures, to make it expressible in the language of set theory. The adopted definition of the class ${\rm NT}$ of nontypical sets comes out as a natural strengthening of Russell's initial definition, which employs properties of small (minority) extensions, when the latter are restricted to the various levels $V_\zeta$ of $V$. This strengthening leads to defining ${\rm NT}$ as the (...) class of sets that belong to some countable ordinal definable set. It follows that ${\rm OD}\subseteq {\rm NT}$ and hence ${\rm HOD}\subseteq {\rm HNT}$. It is proved that the class ${\rm HNT}$ of hereditarily nontypical sets is an inner model of ${\rm ZF}$. Moreover the (relative) consistency of $V\neq {\rm NT}$ is established, by showing that in many forcing extensions $M[G]$ the generic set $G$ is a typical element of $M[G]$, a fact which is fully in accord with the intuitive meaning of typicality. In particular it is consistent that there exist continuum many typical reals. In addition it follows from a result of Kanovei and Lyubetsky that ${\rm HOD}\neq {\rm HNT}$ is also relatively consistent. In particular it is consistent that ${\cal P}(\omega)\cap {\rm OD}\subsetneq{\cal P}(\omega)\cap {\rm NT}$. However many questions remain open, among them the consistency of ${\rm HOD}\neq {\rm HNT}\neq V$, ${\rm HOD}={\rm HNT}\neq V$ and ${\rm HOD}\neq {\rm HNT}= V$. (shrink)

In this paper we address the issue of grounding for experiential concepts. Given that perceptual demonstratives are a basic form of such concepts, we examine ways of fixing the referents of such demonstratives. To avoid ‘encodingism’, that is, relating representations to representations, we postulate that the process of reference fixing must be bottom-up and nonconceptual, so that it can break the circle of conceptual content and touch the world. For that purpose, an appropriate causal relation between representations and the world (...) is needed. We claim that this relation is provided by spatial and object-centered attention that leads to the formation of object files through the function of deictic acts. This entire causal process takes place at a pre-conceptual level, meeting the requirement for a solution to the grounding problem. Finally we claim that our account captures fundamental insights in Putnam’s and Kripke’s work on “new” reference. (shrink)

Is perception cognitively penetrable, and what are the epistemological consequences if it is? I address the latter of these two questions, partly by reference to recent work by Athanassios Raftopoulos and Susanna Seigel. Against the usual, circularity, readings of cognitive penetrability, I argue that cognitive penetration can be epistemically virtuous, when---and only when---it increases the reliability of perception.

O debate acerca de qual é a natureza do conteúdo da experiência perceptiva ganhou novos contornos nas últimas décadas ao se introduzir a questão de se este conteúdo é conceitual ou não conceitual. Essa questão metafísica acerca da natureza da percepção é geralmente pressionada por uma outra de índole epistêmica: como a experiência perceptiva pode justificar crenças acerca do nosso entorno? John McDowell sustenta que, se a experiência já não tem um conteúdo conceitual de modo a apresentar o mundo como (...) sendo de uma determinada maneira, acarretando assim um elo comum entre percepção e pensamento, então é difícil ver como a experiência poderia justificar uma crença, especialmente se entendemos a justificação em termos internalistas, como faz McDowell. Contrapondo-se a essa posição, Athanassios Raftopoulos alega que se a experiência perceptiva envolve conceitos intrinsecamente e, portanto, é penetrada cognitivamente, então a experiência não é independente das nossas crenças de fundo e, desse modo, não pode funcionar como um tribunal neutro de justificação, pois o apoio evidencial fornecido pela experiência é circular e epistemologicamente viciado. Neste texto, eu defendo uma explicação de como a experiência perceptiva mantém uma relação racional com o pensamento empírico. Na primeira parte, vou elaborar duas teses que são centrais para explicar o papel de justificação da experiência perceptiva segundo uma perspectiva minimamente internalista, a saber, a tese do conteúdo comum entre a percepção e a crença e a tese da independência da percepção em relação à crença. Indicarei as dificuldades que estão envolvidas na tentativa de conciliar essas teses. A primeira parece requerer o conceitualismo de conteúdo, enquanto a segunda parece implicar sua rejeição. Apesar de declarações em contrário, eu argumento que McDowell falha em fazer justiça à segunda tese em Mind and World. Na segunda parte, apoiado na teoria enativa da percepção, de Alva Noë, defendo uma leitura menos intelectualista da primeira tese, descomprometida com o conceitualismo de conteúdo, e mostro como ela pode ser conciliada com a segunda. Finalmente, explico como atos perceptivos que nos dão acesso direto a objetos podem coagir racionalmente o pensamento empírico acerca do mundo circundante. Essa explicação pretende fazer justiça a um internalismo que qualifico como mínimo. (shrink)