Abstract
Defendendo a união entre a razão e a experiência como a possibilidade de instauração do desenvolvimento científico, Bacon se contrapõe à indução aristotélica enquanto procedimento que implica a enumeração de casos particulares tendo em vista o objetivo de encontrar o geral existente em todos e em cada um deles em um processo que se detém na soma de fatos, limitando-se à comunicação, na medida em que não tem capacidade de empreender a descoberta do conhecimento. Dessa forma, sobrepondo-se ao acúmulo de fatos sem método, Bacon institui a indução por subtração enquanto processo baseado na eliminação sistemática de experiências inconclusivas, que converge para atribuir valor às experiências negativas e impede as generalizações prematuras, instaurando o experimento enquanto experiência guiada e disciplinada pelo intelecto na fundação do empirismo moderno.