Abstract
Correlacionando-a à sociedade contemporânea, o artigo em questão acena com a leitura dos ídolos da caverna [Bacon], detendo-se especificamente na questão que envolve a natureza do indivíduo, cuja tendência não se impõe senão para adaptar ao arcabouço de sua perspectiva o conteúdo resultante do processo de endoculturação, convergindo, em suma, para as fronteiras da dogmatização, conforme assinala a emergência do cientificismo materialista que, em nome do progresso, institui a crença nos pressupostos tecnocientíficos, propondo a credibilização das referencialidades do arcabouço da ciência e da circunscrição da técnica como condicionalidades determinantes da emancipação social, caracterizando-se, pois, como uma falsa noção, tal como atestam as suas consequências.